Fugitivos - Capitulo Doze






Que garoto ridículo!

AAAAAAAAAAAAAAARGH!

Eu queria matar aquele Uchiha dos infernos!

Como ele pode fazer tudo aquilo? E o que foi AQUILO??? Ele é louco ou oque? Como ele ousou agir daquele jeito? E o que foi aquele aperto e toda aquela sensualidade? E aquele desafio e PIOR: O QUE FOI AQUILO QUE ELE FEZ NA MINHA NUCA???

Dou vários murros no meu travesseiro e enfio a cara no mesmo abafando um grito. O pior ainda é que a porcaria do meu corpo reagiu.

TRAÍRA!

Eu nunca senti aquilo por um garoto. Claro que já namorei, mas o cara não foi tão ousado como aquele maluco! Já ficando sem ar, levanto minha cabeça e respiro fundo. Calma Sakura, respira, você pode manter o controle.

AI QUE DOR DE CABEÇA!

Apesar de que foi bom, pois, ví que eu e o Sai havíamos conseguido o que queríamos: Deixamos ele maluquinho.

Claro que, agora estamos nesse pé de guerra, mas acho que tudo é fogo de palha... Falando em fogo de palha, eu não estou nem a fim de ficar em casa. Pego meu celular e resolvo falar com as meninas.


~As Quatro Patetas on~

Sakura:
Algum viado vivo?

Ino:
Aqui õ/

Tenten:
Presente, querida professora.

Sakura:
Palhaça!

Hinata:
Diga.

Sakura:
Jantar fora hoje. Já no Paradise?

Ino:
Que bicho te mordeu?

Sakura:
Na verdade não mordeu, mas chegou a quase. Então?

Hinata:
Eita... A coisa tá séria. Blz, que horas?

Sakura:
19:00.
Ino:
Ok.

Tenten:
Blz.

Hinata:
Fechado!

Sakura:
Ok. Beijos.

~As Quatro Patetas off~


Agora mais animada, resolvo me arrumar. Ainda era cedo, mas eu não iria ficar aqui muito tempo. 
Por volta das 17:30 decido me arrumar. Tomo um banho demorado e saio do banheiro enrolada em uma toalha. Abro meu guarda roupas e pego um tubinho em renda vermelha de forro preto. Uma calcinha preta e visto. Vou até o espelho e penteio meus cabelos. Levo-os até o alto da cabeça e faço um coque folgado prendendo com um grampo. Jogo a franja para o lado e calço um scarpin nude. Passo um lápis nos olhos e faço um delineado de gatinha.

Sorrio com o resultado. Pego uma bolsinha a tira colo preta e coloco o celular, carteira e chaves dentro. Saio do quarto tranquila e ao descer as escadas, vejo minha mãe na cozinha. Ela conversava animada ao celular e seus olhos foram analíticos para mim. Ela nem se quer perguntou aonde eu ia, afinal, fazia menos de uma hora que tínhamos brigado.

Só de olhar para a cara da minha mãe eu já sentia toda a raiva me tomar novamente. Ela não podia interferir assim no meu futuro desse jeito. Não mesmo. E para piorar, agora me vinha uma cólica terrível. Aaaah que ótimo! TPM chegando. Um enjoo surgiu, o que me fez ir até a cozinha, pegar a caixinha de remédios e tomar um para evitar o enjoo.

Faço isso já com arrependimento, esses remédios sempre me deixam sonolenta e meio lenta.
Assim que saí de casa, caminhei um pouco e não demorou para um táxi aparecer. Entrei e disse o nome do restaurante. O mesmo dirigiu em silêncio até lá. Cheguei no restaurante 40 minutos antes do combinado. Entrei e segui para uma mesinha no canto. Alguns minutos depois, o garçom veio até minha mesa e eu informei que estava esperando uma amigas, mas que ele poderia trazer um suco para mim. Ele assentiu e saiu.

Passo meus olhos pelo salão e então sinto um frio na barriga. A pessoa sai para se distrair e tirar o capeta da mente, mas o capeta não sai. Lá do outro lado do salão estava o Uchiha e mais alguns garotos e senhores. Ele não estava olhando, mas para evitar qualquer coisa, apenas o ignoro e resolvo ir ao banheiro para me recompor.

Levanto calmamente, pego minha bolsinha e sigo para o corredor que dava acesso aos banheiros. Entro e me apoio na bancada da pia. Respiro fundo algumas vezes lembrando que essa noite eu serei uma dama. Que ele não vai me tirar do sério. Ligo a torneira, eu precisava molhar meu rosto para afastar o sono que começava a chegar e fiquei feliz em ter seguido o conselho da Ino sobre “maquiagem à prova d’água”. Encho minhas mãos com água e abaixo o rosto. Mas antes da água tocar minha pele, escuto tiros.

PERA, TIROS?

Ai-meu-Odin!

Eu sou muito nova pra morrer.

EU NÃO QUER MORRER!

AI MEU SANTO THOR!

EU AINDA NEM CONHECI TONY STARK.

EU QUERO SER MÃE DE UM FILHO DO JOHNNY DEPP.

Em desespero, corro de um lado para o outro dentro do banheiro. Olho ao redor e então lembro que a saída de emergência não era no banheiro. Respiro fundo tomando coragem. Os tiros lá fora parecem ter cessado. Era minha oportunidade. Com cuidado, abro a porta do banheiro e a primeira coisa que vejo é um vulto passando. Recuo um pouco, mas então reconheço o vulto. Calma, Sakura. Você é uma pessoa controlada.

CONTROLADA NADA!

OBRIGADA REMÉDIO PARA ENJOO, VOCÊ CONSEGUIU ME DEIXAR LERDA!

Em um impulso de loucura, abro a porta e saio do banheiro cheia de coragem.

Sakura- Não vai conseguir sair por ai. *falei para o garoto que ia subindo as escadas que davam acesso ao telhado do local*

Ele para no meio das escadas e olha para trás com o cenho franzido. Seus olhos negros vacilam de mim para o topo da escada, ele sobe mais um degrau e eu desencosto da porta da qual tinha acabado de sair, dando as costas a ele.

Sasuke- Como sabe disso? *sua voz soa grave e trêmula*

Sorrio, virando para trás e observando que ele havia descido dois degraus. Seus olhos estavam semicerrados, apenas dou de ombros e sorrio.

Sakura- Sabendo.

Sasuke- Merda! *ele resmunga*

Não demora e escutamos um barulho de algo quebrando no andar de baixo e depois ouvimos gritos de ordem pelo local. Ele olha para além de mim, o corredor que dava acesso ao grande salão. Suas mãos apertavam o corrimão. Ele parecia angustiado.

Sakura- Precisando de ajuda? *cruzo os braços, me encostando na parede ao lado da porta*

Sasuke- Não preciso de sua ajuda! *ele me olha com desprezo*

Sakura- Ok então. Boa sorte na sua quase fuga! *desdenho e desencosto novamente, voltando a caminhar pelo corredor, mas sinto meu corpo parar quando ele segura meu braço*

Sasuke- Droga. *ele resmunga novamente* Talvez... Talvez eu precise.

Sakura- Hum... *viro para ficar de frente para o mesmo*

Sasuke- Você não deveria ter medo de mim? Posso ser culpado. *seus olhos negros me olhavam intimidadores*

Sakura- Não. Acho que no momento, eu sou mais perigosa que você. *devolvo o olhar intimidador*

Sasuke- E por quê?

Sakura- Porque eu tenho a sua liberdade em minhas mãos.

Seus olhos ficaram arregalados e então ele fechou os olhos respirando fundo. Sabia que eu estava certa. Naquele momento, ele dependia de mim para ficar em liberdade ou ir para a delegacia. Eu sabia que ele era inocente, mas estava adorando fazer esse joguinho com ele. Era bom saber que um dos garotos mais temidos, era na verdade, um garoto que temia.

- Polícia! Mãos para o alto!

Os gritos de ordem só aumentavam e eu me sentia aliviada. Se a polícia estava aqui e os tiros tinha cessado, significava que estava tudo sob controle.

Ou seria o efeito do remédio ainda?

Tanto faz. Seus olhos negros continuavam na direção do salão e eu canso de esperar. Dou as costas novamente e começo a caminhar pelo corredor. O mais rápido que conseguia. Passo pela porta do banheiro masculino e antes de dobrar para sair do corredor, coloco a mão na maçaneta de uma porta e giro. Sorrio quando a mesma abre.

Meu corpo é empurrado para dentro e o baque da porta sendo fechada entra por meus ouvidos. Viro rápido e vejo que quem tinha me empurrado era o Uchiha.

Sakura – O que...? *minha voz sai esganiçada*

Sasuke – Ok. Eu aceito sua ajuda, mas o que estamos fazendo... *ele olha ao redor* Aqui?

Sakura – A saída. *reviro os olhos*

Estávamos na dispensa do restaurante. Era um lugar bem grande, cheio de corredores formados por estantes, armários e uma câmara fria. Ele olhava ao redor tentando entender o motivo de estarmos alí e parecia bem nervoso. Eu também estava, acredite, mas o remédio estava me deixando lesada demais para qualquer reação.

Sasuke – A Saída? Aqui?

Sakura – Deixa de reclamar e vem!

Sem paciência, pego no pulso dele e começo a puxa-lo pelo local. Passamos por prateleiras e armários em direção a câmara fria. Passo por ela também e dois metros depois, estamos em frente a uma porta. Giro a maçaneta e ela não abre. Resmungo baixo e olho ao redor. Vejo pendurado em um suporte na parede um molho de chaves.

Solto o punho do Uchiha e vou até lá, mas ele estava alto demais. Fico na ponta dos pés, mas ainda assim não consigo.

Sakura – Droga! *resmungo*

Tento mais uma vez, sem sucesso e então sinto uma mão segurar minha cintura e depois um corpo por trás do meu inclinar e a mão masculina pegar o molho de chaves. Ele balança as chaves na minha frente.

Sasuke – Anã. *murmura atrás de mim*

Sakura – Suas bolas!

Sasuke – Pensei que elas fossem Maria e Chiquinha.

Viro, pego as chaves e mostro o dedo do meio para ele. Caminho até a porta novamente e me inclino para olhar a fechadura. Tento três chaves até acertar, e então a porta abre nos dando a visão dos fundos do restaurante. Jogo as chaves no chão e saio de lá sendo seguida pelo Uchiha que fecha a porta quando passa.

A rua atrás do restaurante era um pouco abandonada, já que era a rua que servia mais como “fundo” de tantos outros restaurantes e lojas. A iluminação é precária, típico daquelas ruas abandonadas que víamos em filmes.

Sasuke – E agora?

Olho para trás e ele estava com as mãos nos bolsos da calça. O que mais ele queria? Que eu pagasse de babá com ele? Ah meu Odin! Olho ao redor e parece que a paisagem não acompanha tudo. Só então lembro que além de ter tomado o remédio, fazia mais de sete horas que eu não comia nada.

Sakura – Agora... *olho para ele* Eu não sei.

Sasuke – Como não sabe? *franzi o cenho*

Sakura – Eu disse que iria te ajudar a sair. E você saiu. Então... Tchau!

Dou as costas para ele e começo a caminhar pela rua ajeitando a alça da minha bolsa. Piso em falso e cambaleio um pouco, mas logo recupero o compasso. Preciso falar com o médico sobre esse remédio, ele é forte demais.

Mas para aonde eu vou agora? Ai caramba, eu preciso avisar as meninas. Paro no meio da rua e pego minha bolsa. Abro ela e pego meu celular. Abro na página do grupo:


~As Quatro Patetas on~

Sakura:
Meninas, deu merda aqui. O maior babado. Depois conto para vocês. Podem voltar para casa. Beijo nessas bundas brancas.

~As Quatro Patetas off~


Guardo o celular novamente e coloco a bolsa no ombro. Coloco as mãos na cintura e olho ao redor. O Uchiha estava no mesmo lugar me olhando com o cenho franzido.

Sakura – O que é?

Sasuke – Você está bêbada?

Sakura – Não.

Sasuke – Não acredito... Mas que merda!

Ele caminha até mim e segura meu punho me puxando.

Sakura – Ei!

O Uchiha me ignora e continua me puxando, agora para o outro lado da rua.

Sasuke – Para que lado fica à frente do restaurante?

Faço bico e aponto na direção oposta à que estávamos. Sendo puxada por ele, sigo tropeçando e xingando-o também, mas sou totalmente ignorada. Assim que chegamos no início da rua, podemos ver várias viaturas de polícia em frente ao restaurante. O Uchiha segue na mesma direção deles e eu penso que ele está maluco, mas antes de estarmos próximos, ele para ao lado de um carro e pega uma chave no bolso, desativando o alarme.

Sem esperar ou perguntar, ele dá a volta ainda me puxando, abre a porta do carona e praticamente me empurra para dentro do carro. Fecha a porta e dá volta, entra no lado do motorista e liga o carro já arrancando com ele.

Sakura – Cara, você definitivamente ama me sequestrar. *resmungo*

Sasuke – Acredite, eu não gosto nadinha disso. *resmunga com os olhos no trânsito*

Sakura – Você mente muito mal.

Sasuke – Estou apenas retribuindo o favor. Não vou lhe deixar bêbada e sozinha naquele lugar.

Sakura – Eu não estou bêbada!

Sasuke – Não é o que está parecendo.

Sakura – Eu só estou um pouco dopada. *dou de ombros*

Sasuke – Então você se droga? *me olha rápido e levanta as sobrancelhas*

Sakura – CLARO QUE NÃO! *minha voz sai mais aguda que antes* EU TOMEI REMÉDIO PARA ENJOO!

Sasuke – Então está grávida? *para em um sinal e me olha espantado*

Sakura – QUÊ? *viro rapidamente meu copo para ele, olhando espantada*

Sasuke – Ué... *dá de ombros e volta a dirigir*

Sakura – COMO ASSIM GRÁVIDA? *eu já estava gritando* COMO EU FIQUE GRÁVIDA? TA MALUCO!?

Sasuke – Como é que se fica grávida? As pessoas ficam peladas e depois elas começa a...

Sakura – JÁ CHEGA! *tapo meus ouvidos* EU SEI COMO AS PESSOAS FICAM GRÁVIDAS, MAS EU NÃO ESTOU GRÁVIDA!

Sasuke – Como pode ter certeza disso?

Sakura – EU SOU VIRGEM!

Meu corpo é jogado para frente com a freada brusca que o carro sofre. Ouvimos buzinas atrás de nós, mas eu estava tão estarrecida que nem me importei. Vários motoristas passam pela lateral nos xingando e eu continuo olhando para o painel do carro com as mãos no para brisa.

Meu coração está acelerado e meu rosto começa a esquentar. Que merda! Entreguei o ouro ao bandido. Ele agora sabia do meu segredo.

BOSTA!

Sinto o carro voltar a se mover e eu tento levar meu corpo para o assento novamente. Sentia meus músculos todos tensos, mas tive que olhar para ele.

O Uchiha estava com os olhos fixos na rua enquanto suas mãos apertavam o volante, mas seu maxilar estava marcado de forma rígida. Um silêncio se fez durante boa parte do caminho e eu começo a reconhecer o rumo que estávamos tomando.

Minha casa.

E eu não queria ir para lá, não agora, não sabendo que minha mãe estava acordada e não sendo levada, mais uma vez, pelo Uchiha.

Sakura – Para alí por favor. *aponto uma pracinha que havia mais à frente*

Sasuke – Vou te levar para casa. *sua voz era plácida*

Sakura – Não. Pode me deixar alí. *peço calma*

Sasuke – Tudo bem, eu te levo lá...

Sakura – Eu não quero ir para casa. *olho séria para ele que me olha de canto*

O Uchiha apenas assente e continua dirigindo, até que estaciona o carro ao lado do parque e um silêncio constrangedor se faz ainda mais presente. Ajeito minha franja e pigarreio.

Sakura – Obrigada pela carona.

Sasuke – Obrigado pela fuga.

Assinto e ficamos nos olhando alguns segundos. Dou de ombros e saio do carro. Fecho a porta e ajeito o vestido respirando fundo. Okay. Eu precisava comer e depois esperar o tempo passar. Olhei ao redor e ví mais à frente um fud truck. Seria alí que eu mataria minha fome. Vou caminhando na direção dele.

- Sakura?

Escuto meu nome e viro. O Sasuke vinha caminhando tranquilo em minha direção. As mãos nos bolsos da calça e o cenho franzido. O que ele queria agora?

Sakura – Hun?

Sasuke – Vou te fazer companhia.

Sakura – Não precisa.

Sasuke – Você não jantou, não é? *pergunta quando está à minha frente, ignorando minha negativa*

Sakura – Não, e não precisa me acompanhar.

Sasuke – Dá pra deixar de ser chata e apenas aceitar? *sua voz sai um pouco ignorante*

Sakura – Nossa... Mandão!

Sasuke – Cala a boca!

Resmunga e começa a caminhar na direção do fud truck. Reviro os olhos e caminho também tentando acompanha-lo.

Assim que chegamos no local, peço um X-tudo e um suco. Ele pede uma água e sentamos em uma mesinha enquanto eu como e ele observa. Se eu estava desconfiada? Claro que estava. Ele nunca foi bonzinho assim e depois das farpas que trocamos na escola é que não era pra ser mesmo.

Mas ele estava sendo “gentil” e eu começava a ficar com medo disso.

Sasuke – Preciso te perguntar algo que está me matando. *respira fundo*

Sakura – Manda.

Sasuke – O que fazia no restaurante? Digo... *olha para o copo com água e depois para mim* Você estava sozinha lá e parecia bem tranquila quando me encontrou na escada.

Sakura – Hum... *limpo o canto da minha boca que estava suja com o molho do sanduíche* Eu estava sozinha, mas não iria ficar sozinha. Marquei com as meninas lá... E minha tranquilidade, em partes, foi pelo remédio. Eu entrei em pânico dentro do banheiro, mas depois quando ouvi que tudo ficou calmo, decidi sair de lá. Então te encontrei. *dou de ombros*

Sasuke – Hun... *ele coça o maxilar e só então percebo que ele tinha uma barba por fazer*

Sakura – Mais alguma dúvida? *levanto as sobrancelhas, bebendo um pouco do suco*

Sasuke – Como sabia da saída?

Sakura – Demorou para perguntar. *sorrio* Bom... Quando era mais nova, costumava ir lá com meus pais... E um dia, houve um assalto ao restaurante... Eu estava indo ao banheiro quando fui puxada para o local por uma funcionária. Ela me guiou até o lado de fora. Eu estava louca por conta dos meus pais, mas o ladrão foi preso e meus pais ficaram bem.

Sasuke – Entendo... *bebe água*

Sakura – Agora eu preciso te fazer duas perguntas. *o Uchiha faz um gesto com a mão para que eu prossiga* 1ª O que fazia lá; 2ª Por que está sendo legal comigo?

Sasuke – Bom... *Ele olha para o lado, parecia pensar* Eu estava lá a... trabalho. *franzi o cenho e sorri*

Sakura – Então os boatos sobre seu pai são verdadeiros? *mordo o x-tudo*

Sasuke – Ai já são 3 perguntas... *me olha, divertido* E eu não estou sendo exatamente legal com você. Só estou fazendo aquilo que acho certo.

Sakura – Hum...

Ficamos em silêncio por um tempo e eu aproveito para terminar minha comida. Assim que terminamos, começamos a caminhar pela praça. Eu: mais para passar o tempo, já ele eu não fazia ideia. Fazia quase meia hora que estávamos alí e não falamos mais nada. Paramos perto de uma pisca de skate e ficamos observando as pessoas. Minha curiosidade era grande demais.

Sakura – Preciso te fazer uma pergunta.

Sasuke – Não eram apenas duas? *se encosta em uma grade de proteção*

Sakura – Eram, mas...

Sasuke – Tudo bem, mas ai eu também terei esse direito.

Sakura – Certo. *me encosto também* Por que implica tanto comigo?

Sasuke – Hun... *ele fica um tempo em silêncio. Olho para frente e vejo um carinha fazer uma manobra com o skate. O Uchiha respira fundo* Não é implicância.

Sakura – Não? *olho para ele*

Sasuke – Não. Você apenas foi ousada demais, então resolvi... rebater.

Sakura – Ousada? *franzi o cenho e virei para ele*

Sasuke – Sim. Você nomeou minhas bolas, lembra? *me olha franzindo o cenho, mas sorrindo*

Sakura – Você foi bem mal educado. *rebato*

Sasuke – Não fui. Apenas fui... Frio.

Sakura – Nossa... Que jeito mais estranho de ser “frio”. *faço aspas com os dedos*

Sasuke – Talvez... Como está o efeito do remédio?

Sakura – Acho que passando.

Sasuke – Hun...

Sakura – Acho melhor ir embora...

Sasuke – Tudo bem.

Voltamos a caminhar de volta para o carro. Ele se ofereceu para me levar em casa e dessa vez eu não neguei. Mesmo que minha mãe estivesse acordada eu teria que ignorar. Durante todo o caminho ficamos em silêncio. Era muito estranho essa nossa “cordialidade”.

Eu não estava acostumada com essa gentileza dele e muito menos ele com a minha. Agora eu me perguntava o motivo disso tudo. Certo que ele disse que estava fazendo o que achava certo, mas ainda assim era muito estranho.

Quando chegamos em frente à minha cama, ele desligou o carro. Ficamos um pouco em silêncio enquanto ele tamborilava os dedos no volante do carro, parecia inquieto. Respirei fundo, pronta para sair quando escuto sua voz:
Sasuke – Minha terceira e última pergunta é: Como sabia, hoje no restaurante, que eu era inocente?
Fico olhando para o Uchiha um tempo. Seus olhos estavam em mim, esperando tranquilamente por uma resposta. Olho para trás dele vendo minha casa. Respiro fundo pela trilionésima vez nesse dia e volto meus olhos para ele.

Sakura – Porque somos parecidos.

Ele franziu o cenho com minha resposta. Claro que não entendeu nada do que eu falei e iria custar a entender. Desejei “boa noite” e ele me respondeu com um “boa noite” tão empolgado quando o meu.
Enquanto fechava a porta, ouvi seu carro se afastando pela rua. A sala estava escura, graças a Odin minha mãe não estava alí. Subo rapidamente para meu quarto e jogo minha bolsinha em cima da cama, sentindo o cansaço me invadir.

Essa havia sido, com certeza, uma noite complicada, agitada e no mínimo inusitada. Tudo o que eu precisava agora era de um bom banho e uma boa noite de sono. Além de ter que explicar para as meninas amanhã o que aconteceu no restaurante.


~> Continua

Comentários

  1. Depois de varias teorias l, finalmente o pq Sakura estava no restaurante!!! Cara vc arrasa!!! Ansiisa pelo próximo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. kkkkkkk... Várias teorias foram montadas xD
      Nenhuma foi a verdadeira.

      Excluir
  2. Pois é pensei em muitas coisas e nenhuma foi o que pensei, muito pelo contrário, ela é tão inocente e pura quanto imaginei que seria.
    Na hora em que ela teve a crise de pânico dela, sei bem onde vc se inspirou kkkkkk
    Eu sei bem como é esse remédio para enjôo, pois eu tomo direto, não posso com carro e ônibus sem ele, mas não fico lesada como a Sakura, acho que já acostumei kkkk
    Adorei o capítulo Bru :-*

    ResponderExcluir
  3. Viado... Eu fico kkkkkk
    Pareço uma drogada xD
    E ela é inocente *0*
    Valeu por comentar <3

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Gypsy - Fagulha 35

Pelotão 28 - Capítulo Quarenta e Nove

Gypsy - Fagulha 1