Contos da Nyx

A cigana sentia o peito ofegante. O homem a olhava com uma admiração tão grande que chegava a sufocá-la. Não conseguia acreditar que havia permitido que ele visse seu rosto. Não conseguia compreender de onde veio toda a confiança que sentia nele, mas sentia. Sentia que poderia contar com ele em algum momento. Sentia que aquele homem não iria lhe fazer mal, diferente dos outros. Ele piscou mais algumas vezes enquanto engolia em seco, sentindo-se inútil diante da jovem cigana. Ela era bela demais. Algo que não havia comparação. Nenhuma mulher que já tivera o prazer de conhecer se comparava a ela: Uma bela mistura de perigo e sutileza, uma química perfeita entre a sensualidade e a ingenuidade. Ela era perfeita. Os olhos verdes que vacilavam tímidos e a postura ereta dela que fazia contraste com tudo aquilo que ela havia sido até o presente momento. - Allah! - sussurrou novamente e pigarreou - Rom... Como se despertasse, ela segurou no véu e cobriu o rosto novamente, quebrando aq

Quentinho. Macio. Cheiroso. Confortável. Estava tão envolvida naqueles sentimentos que tudo o que fez foi se encolher ainda mais e abraçar o travesseiro macio onde estava apoiada sua cabeça. Os olhos continuavam fechados enquanto ela ronronou baixinho e suspirou. Sentia-se relaxada, mas preguiçosa. Não queria levantar nunca mais, não mesmo. Respirou profundamente e sentiu o cheiro de algo que a fez gemer baixo e abrir os olhos. Café. O cheiro de café recém passado a fez abrir os olhos e piscar contemplando o ambiente com a iluminação baixa,   sentindo o estômago roncar, . Que horas era? Se remexeu na cama e esfregou os olhos. Abriu eles novamente e só então compreendeu onde estava. Com flashs, a noite anterior passou por sua cabeça e quando se deu conta de onde provavelmente estaria, girou o corpo na cama e a primeira coisa que viu foi a enorme cortina que emoldurava alguma porta ou janela, já que tímidos raios de sol ultrapassavam o bloqueio da cortina e iluminava de

- Doutora Haruno? - batidas soaram na porta enquanto ambos abriam os olhos de forma lenta - Doutora? - Hun… - piscou os olhos de forma preguiçosa até que sentiu algo mover embaixo de sí a ao olhar, viu o Uzumaki com o cenho franzido, meio acordado, meio dormindo - Já… vai! - Deixa que eu resolvo. - passou uma mão no rosto enquanto rolava no colchonete, passava por cima da médica, levantando. Ele passou as mãos nos cabelos de forma desleixada, pegou a calça e vestiu rapidamente. Botoando-a, seguiu até a porta e a abriu sem se importar em estar com o dorso nu. Ela não conseguia vê quem estava do outro lado, de onde estava, via apenas os pés do soldado por entre as pernas do Uzumaki - Bom dia… 29. - Capitão!? - a voz do soldado era no mínimo surpresa - Ah… Bom… dia. - Qual o problema? - ele manteve a porta entre aberta. Ela observava as costas largas dele adornada por algumas sardas. - É que… - pigarreou - Alguns dos soldados que estavam em estado crítico aco