Pub - Drink 11





Estava com os olhos fechados. Sentia algo quente e úmido tocando-lhe a barriga, algo macio desenhava as lombadas de seu abdome. Língua. Ele sabia disso. Sentia isso. Mãos pequenas tocaram-lhe na virilha em uma carícia suave enquanto a língua descia seguindo o mesmo caminho das mãos. A respiração dele estava descompassada, seu corpo queimava e o suor se acumulava na testa. Santo Deus, como iria aguentar?  


Todo o corpo vibrou quando ele sentiu a ponta da língua deslizar delicadamente pelo comprimento do membro ereto e ao chegar na glande, a boca tomou seu pênis. Um gemido satisfatório vibrou pela garganta masculina quando a primeira sugada foi dada. Precisava ver aquilo. Precisava olhar o trabalho sendo feito em sí. Ergueu minimamente a cabeça e ao abrir os olhos, encontrou os olhos verdes da jovem, olhando-o fixamente enquanto os cabelos róseos e desgrenhados, emolduravam de forma selvagem o rosto afilado.


Acordou assustado. O peito subia e descia descompassado. Gotículas de suor escorriam pela tempora. Estava ficando maluco! Passou as mãos nos cabelos desesperado e os sentiu molhado pelo suor. Engoliu em seco e fechou os olhos tentando controlar os batimentos cardíacos, pois, chegava a ser doloroso o modo como o coração batia contra a caixa torácica.


O que foi um erro.


Sentiu a calça moletom que usava para dormir apertada e ao abrir os olhos e olhar para baixo, viu que estava duro. Estava incrivelmente duro, e necessitado. Se remexeu na cama e até tentou ajeitar a calça para vê se ficava mais confortável, mas não adiantou. Estava muito duro, sufocado e com sede. Pelos céus, estava morrendo de sede.


Rápido, empurrou o cobertor para o lado e levantou da cama. Não se importou com o piso gélido contra os pés descalços. Seguiu até a cozinha no automático. O apartamento que estava iluminado apenas pela luz da lua que adentrava as frestas da cortina de seda branca, deixava o ambiente agradável. Pegou um copo e o encheu com água gelada, apoiou uma mão no balcão e virou o copo numa golada só.


A água desceu vibrando pela garganta e esfriando o estômago, mas o frescor não chegou no ponto desejado. Um resmungo insatisfeito preencheu a cozinha quando ele foi até a geladeira e voltou a encher o copo, bebendo tudo de uma vez, porém, mais uma vez, não obteve resultado. Frustrado, colocou o copo sobre o balcão de mármore, apoiou as mãos no balcão e baixou a cabeça, respirando fundo. Que merda que estava acontecendo consigo? Se sentia um pedófilo desgraçado por ter pensado aquele tipo de coisa.


Se bem que ele estava sonhando. Não deveria se sentir culpado, mas se sentia. Sentia todo o peso recair sobre os ombros. Fechou os olhos com desgosto, mas se arrependeu porque a primeira coisa que tomou sua mente foi a imagem dela entre suas pernas, com a língua para fora enquanto lambia a glande avermelhada.


PORRA! - deu um soco no mármore voltando a abrir os olhos e trincando os dentes .


Com desgosto, voltou a caminhar pela casa indo direto para o banheiro. Retirou a calça quando chegou no ambiente bem iluminado e extremamente branco e resmungou quando viu o membro em sua ereção orgulhosamente máscula saltar, apontando para cima. Revoltado, estreitou os olhos para o membro como se o mesmo tivesse vontade própria e sem pensar muito, entrou no box, ligou o chuveiro e colocou no modo verão. Sem esperar se jogou embaixo da ducha e sentiu os músculos tensionarem quando a água gélida tocou a pele quente.


Porra! - fechou as mãos em punho e as bateu contra a parede - Merda!


A água escorria pela pele do homem, esfriando todo seu corpo, mas uma certa parte não queria esfriar. Fechou as mãos em punhos socando a parede, o soco foi forte, tanto que o nó dos dedos doeram. Trincou o maxilar com raiva sentindo-se frustrado. Nunca havia passado por aquilo, nem mesmo na sua adolescência. Fechou os olhos e respirou fundo, tentando se controlar. Merecia um prêmio pelo auto controle. Após alguns minutos, finalmente o tão desejado efeito começou a aparecer, seu amiguinho voltava a relaxar e ele suspirou por isso. Estava satisfeito com seu auto controle, aproveitou e tomou um banho demorado.


Depois de alguns minutos, enrolou a toalha branca e felpuda em torno da cintura e saiu do banheiro enxugando os cabelos com uma toalhinha menor. Foi para o quarto e vestiu sua habitual roupa social, abriu sua gaveta de gravatas e pegou uma cinza, foi até o espelho e colocou a mesma. Deu uma olhada no próprio reflexo e gostou do que viu. Estava pronto, apenas um pouco chateado pela noite mal dormida, mas iria superar aquilo, não era criança, nem adolescente, estava se sentindo um dos sobrinhos.



Pegou a pasta de trabalho, a carteira, colocou o relógio no pulso, caminhou até a sala e chamou o elevador particular. Quando o mesmo chegou, entrou distraído enquanto analisava os e-mails que havia recebido no celular.



Não morava muito longe do trabalho, por isso, chegou rápido lá. Estava de mal humor e sabia que sua aparência não era das melhores, a prova disso era que poucas pessoas haviam cumprimentado-o durante todo o percurso até sua sala e mesmo sua assistente, havia apenas lhe desejado um "bom dia" sem sorriso e tudo o mais. O que ele achou muito bom, afinal, não precisaria ficar conversando com ninguém.


Assim que chegou em sua sala, jogou a pasta sobre o sofá de couro e caminhou até a mesa, ligou o notebook e se jogou na cadeira. Passou as mãos pelo rosto sentindo-se chateado sem um motivo aparente, a não ser o maldito sonho que perambulava a mente o tempo todo. Com um muxoxo resolveu focar no trabalho. Não iria ficar perdendo tempo com bobagens como aquela, tinha uma franquia nova para abrir e muito trabalho pela frente, prova disso, eram os vários projetos que havia no hd externo que conectava ao computador. Em questão de segundos, os desenhos abriram e ele começou a desenvolvê-los. Estava decidido: Iria viajar no outro dia para resolver as coisas da franquia.


O tempo foi passando até que a tarde, recebeu a visita do sobrinho mais velho. Este veio para ajudar-lhe no desenvolvimento do projeto para a nova franquia e eles estavam empenhados, mas de tempo em tempo, a imagem da jovem de cabelos róseos surgia na mente do mais velho. Em determinado momento, a imagem veio sutil: Primeiro os olhos, depois o sorriso brincalhão, os cabelos rebeldes, depois a gargalhada dela e pouco a pouco a imagem foi se transformando em outra... Ela deitada ao seu lado, deslizando a mão direita por seu abdome. Com raiva, o Uchiha mais velho fechou as mãos em punho enquanto soltava um rosnado furioso.



- Nossa tio, pra que esse mal humor todo? Abstinência sexual já? - Ergueu uma sobrancelha olhando assustado para o tio que mais parecia um bicho.



- Não estou com disposição, Itachi. - murmurou. Queria apenas ficar em paz. Bufou e voltou os olhos para o computador.



- Qual é, sem disposição!? - arqueou as sobrancelhas - Já tá no grupo da azulsinha? - esbugalhou os olhos.



"Azulsinha... Azulsinha... "




Mais um que o denominava como "impotente". Por Deus, tudo o que ele não tinha era impotência, prova disso foi a dificuldade que teve para "se acalmar" logo pela manhã só por ter tido um sonho mais ousado. Ao lembrar do sonho, bufou esfregando o rosto com raiva. Não era possível estar daquele jeito. Não mesmo!



- Acho melhor focarmos no trabalho, Itachi.


- Tá legal, mas antes preciso te fazer uns alertas. - passou a língua entre os lábios, inclinando-se sobre o tampo de vidro - O uso em excesso pode causar problemas no coração hein... E por favor, Tio, não ingere com bebida alcoólica.



- Já chega, Itachi! - deu um tapa na mesa - Não estou tomando viagra!


- Não é vergonha nenhuma...



- Porra! - reclamou levantando. Não iria aceitar aquilo do sobrinho, não quando estava com tanta impaciência - O problema é exatamente esse, tá legal!? - deu a volta na mesa e caminhou pela sala colocando as mãos na cintura.



- Eeeepa... - com um sorriso de canto, o sobrinho mais velho encarou o tio com os olhos estreitos - Então é fogo acumulado.



- Basicamente. - resmunga respirando fundo.



- Agoooora sim... - cruza uma perna no joelho - Já estava com medo do "fogo Uchiha" ter fugido de você... Agora na boa, nem faz tanto tempo assim né Tio... - coça o queixo - E aquela sua amiga lá...



- Não, Itachi! - balança a cabeça e balança a mão no ar - Não vamos entrar no assunto "minha vida sexual". Vamos focar no trabalho que é melhor. - volta a caminhar pela sala, indo para trás da mesa.



- Então você não transou com a dita cuja? - arqueia uma sobrancelha, virando para o tio - Vai ficar na Friend zone mesmo?



- Vou focar no trabalho, e você deve fazer o mesmo. - pegou um monte de papal e empurrou para o sobrinho - Ou vai ficar até mais tarde trabalhando.



- Sabe que não pode me castigar por querer te ajudar a aliviar o Junior, não é? - arqueou as sobrancelhas enquanto pegava os papéis - Tesão acumulado pode matar... Já ouvi falar de um cara que ficou tão de saco cheio que se matou. - ironiza com um tom sério, mas acaba perdendo o controle e explode numa gargalhada alta, chegando a perder o controle.


- Posso te castigar por nada... Sou seu Tio. - murmurou fuzilando o sobrinho com o olhar - E chefe.


- Na boa... - fungou respirando fundo, tentando se controlar - Vai se divertir, Tio. Dá umas afogadas no ganço, não tem jeito melhor de desestressar do que dá umas voltas no play ground alheio.



- Itachi... - massageou as têmporas - Que tipo de vocabulário é esse?



- O meu. - dá de ombros - Não preciso falar formal o tempo todo, mas se meu jeito tranquilão te deixa sem jeito, posso te aconselhar de forma culta.



- Eu não...



- Vamos lá. - cortou o Tio - Acredito, meu Caro Tio, que saciar sua necessidade hormonal masculina seja uma ótima ideia, afinal, sua testosterona anda bastante aguçada ultimamente.



- Isso já passou dos limites...



- Como estava falando há pouco... - continuou como se não estivesse sido interrompido - Acalmar sua libido seria bastante indicado para sua saúde física e mental mediante o estresse que o Senhor vem sofrendo por conta do trabalho em excesso.



- Já basta, Itachi! - sussurrou entre dentes respirando fundo e encarando o sobrinho - Mais uma palavra e eu te mostro do que o sangue Uchiha é capaz quando está com raiva!



O sobrinho se calou diante do sussurro do tio. Sabia que quando ele sussurrava uma ordem era porque estava perdendo o controle e por isso, apenas por isso, preferiu se calar, afinal, conhecia bem o tio... bem o suficiente para saber que quando ele queria ser mal, ele era. Imaginou que, com tesão acumulado, ficaria ainda pior... Quase como o diabo. Com receio, se encolheu na cadeira, pigarreou e pegou os papéis para desviar os olhos dos do tio que o fitava com os olhos negros estreitos, com uma vontade mortal e palpável de matar o sobrinho.



Lembrava de quando o pai, cansado das brigas entre ele e o irmão, mandava os dois para a casa do Tio. O pai não era muito bom em controlar a discussão dos irmãos e os mandavam para a casa do Madara onde o bicho pegava, mas não no bom sentido. Os jovens, se davam muito bem com o mais velho e o respeitavam instintivamente, mas quando saiam da linha, o Uchiha mais velho colocava-os em uma disciplina quase militar, resultando no que hoje era considerado como "meninos bem criados"... Não sendo por momentos como este onde o mais novo resolvia tirar a paz do mais velho.


O que era até nostálgico.




Comentários

  1. Meninaaaaaa que sonho foi esse?! Aí q calor 🌋
    Aí fiquei com pena do tio Mad kkkkkkkk bem que ele podia seguir o conselho do Itachi kkkkkkkk
    Vai que ele morre de saco cheio msm kkkkkkkk
    Bruna meu amor não demore a postar o próximo capítulo, não aguento tanta ansiedade 😍❤️

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  2. Que sonho em Madrinha.kkkkk
    Adorei ❤
    Espero q se torne realidade logo
    E o Itachi tirando uma com a cara do Madara.kkkkk
    Ansiosa por mais querida!
    :-*

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