Projeto Ampulheta - Capítulo 18

Meu corpo é prensado ainda mais contra o balcão enquanto uma mão do Uchiha vai para meus cabelos e a outra envolve meu corpo na cintura me puxado ainda mais para sí. Meus pés quase não tocavam o chão e minhas mãos sobem para seus cabelos onde eu puxo os fios com um pouco de força e ouço um pequeno gemido escapar dos lábios do homem.

A mão que envolvia minha cintura desliza por minhas costas de forma lenta e possessiva, subindo sôfrega, enquanto a mão que estava nos cabelos, envolve os fios puxando-os levemente. A minha mão que estava nos cabelos do Uchiha vai para a nuca dele enquanto a outra mão desce por seu ombro e eu deslizo suavemente as unhas por seu peitoral sentindo-o estremecer levemente.

E isso parece fazê-lo acordar do torpor em que estava.

Como se tivesse levado um choque, ele se afasta de mim com brusquidão e as costas dele esbarra no fogão. Estávamos ofegantes, assustados, excitados... Ele me olhava com os olhos esbugalhados, os lábios muito inchados, o rosto da cor de um tomate, o peito subia e descia descompassado e os olhos negros eram pura luxúria.

E eu não acho que esteja tão diferente.

Meu corpo estava muito quente. Minhas pernas estavam bambas, meu coração palpitava e um ponto importante entre minhas pernas estava quente. Muito quente. Com cautela, firmei os pés no chão (já que ainda estava na ponta dos pés).

- E-e-e-e-eu... – ele passa as mãos nos cabelos e desliza pelo rosto lentamente, me olhando – céus. – sussurra.

- É. – sussurro de volta.

- D-descul-pa... – pigarreia - E-eu realmente não... – pigarreia novamente – droga, eu queria, mas... – passa as mãos nos cabelos novamente.

- Tudo bem. – desencosto do balcão – Tudo bem, de verdade. – Prendo meus cabelos de qualquer jeito – Escolhemos meu tempo... Não é? – mordo o lábio indecisa.

- É... bem... é... – franzi o cenho e coça a parte de trás da cabeça – Ainda assim... Eu... – ele ainda estava ofegante  -Eu preciso de um pouco de ar.

E sem falar mais nada o Uchiha caminha até a porta automática, desativa ela e passa pela mesma indo para a área da piscina. Fico olhando um tempo para aonde ele havia ido e respirando fundo, retiro a pizza do micro-ondas e começo a arrumar a mesa, mas não demora muito e eu vejo o Uchiha voltar pisando duro, me olhando determinado. Acabo franzindo o cenho para a atitude dele. Arqueio as sobrancelhas quando o mesmo espalmas as mãos no balcão e me olha sério como se estivesse pronto para proclamar a República.

- É o seguinte, Senhorita Sakura Haruno: Não sou nenhuma criança e muito menos a Senhorita. Já chega de ficar agindo assim. – ele faz um gesto com a mão esquerda no ar como se estivesse pondo um fim à algo e eu pisco incrédula – Precisamos deixar algo bem claro aqui. – espalma a mão no balcão novamente.

- Pensei que já estivesse... – já ia me defender, mas ele me interrompe.

- Decidimos que vamos seguir seu tempo, porém... – levanta o dedo indicador e começa a andar de um lado para o outro com as mãos para trás – Vamos deixar umas coisas bem claras. Primeiro: Como já havia informado eu sou o homem da casa. Não quero aquele sujeitinho por aqui. – me olha rapidamente.

- Está falando do Kabuto? – franzi o cenho.

- Senhor Kabuto. – me corrige e eu pisco incrédula – Segundo: Espero que a Senhorita entenda que eu não estou acostumado com certas coisas de seu tempo, portanto, seja compreensiva; Terceiro: Quero que me diga quando eu lhe faltar com respeito, como agora a pouco por exemplo, não permita que eu seja tão ousado como eu fui.

- Mas você não foi. – informo.

- Não? – franzi o cenho.

- Não. – troco o peso da perna – Na verdade... seria muito bom se não tivesse parado.

- Você não colabora. – murmura e me dá as costas passando as mãos nos cabelos – Eu estou tentando manter o controle e você...

- Que se dane o controle! – dou a volta no balcão e paro na frente dele – Você não me beija daquele jeito e me pede pra ter controle, Sasuke. Porque eu sinto fogo, fome, sede, mas controle é algo que eu desconheço. – eu já estava ficando nervosa com aquele papo. Ele fica paralisado me olhando e pisca algumas vezes.

- E-eu vou para meu quarto. – ele passa por mim e começa a caminhar rumo as escadas.

- EI. Você não vai jantar? – viro, vendo-o começar a subir as escadas.

- Caralhos de jantar! – esbraveja – Quero ficar bem longe de você!

- VOCÊ FALOU PALAVRÃO! – levo as mãos à boca – REPETE. POR FAVOR, REPETE!

- EU NÃO ESTOU BRINCANDO! – passa pelo mezanino.

- SASUKE!

Corro pela casa subindo as escadas de duas em duas e praticamente voo pelo mezanino e o alcanço na porta do quarto, ele já estava fechando a porta, mas eu coloco a mão bem a tempo de evitar que ele fechasse a porta. O Uchiha se assusta e dá um passo para dentro do quarto e eu entro também.

- Sasuke, para com isso.

- Não, fica bem longe de mim. Você está brincando com coisa séria.

- Eu não estou brincando com coisa séria, homem. Estou falando a verdade.

- Eu estou falando sério, Sakura. Não quero lhe desrespeitar, entenda. – Caminha pelo quarto de forma desesperada – Aquilo lá em baixo estava saindo do controle.

- Mas você não estava me desrespeitando. – sento na beirada da cama já ficando tonta de vê-lo caminhar de um lado para o outro.

- Talvez não para você, mas para mim sim. – Ele para de caminhar e se ajoelha em minha frente segurando minhas mãos – Não me permita passar do ponto com você, por favor.

- Ai meu santo das causas impossíveis. – murmuro olhando para nossas mãos – Não me pede para lhe controlar porque eu não sou capaz nem de ME controlar.

- Sakura... – murmura.

- Eu tô falando sério. – olho nos olhos negros que me olhavam desesperados –Eu entendo você estar ai meio assustado. Você querer se controlar eu também entendo numa boa, agora me pedir para lhe controlar é pedir pro álcool apagar o fogo.

- Isso não vai dá certo. – sussurra fechando os olhos e balançando a cabeça.

- Claro que vai. – solto uma mão da dele e acaricio seu rosto. Ele me olha com o cenho franzido – Vamos fazer assim, vamos viver um dia de cada vez. Vamos esquecer o tempo, vamos esquecer tudo isso... Vamos apenas viver. Se sentirmos que algo incomoda, nós paramos. Se você fizer algo que eu não goste, eu lhe informo e se eu fizer algo que você não goste, você me informa. Tudo bem?

- Promete? – Coloca uma mão por cima da minha que estava em seu rosto.

- Uhum.

- Tudo bem então. – suspira e beija minha mão.

- Certo. Agora vamos comer porque eu estou azul de fome e quando eu estou com fome sou praticamente uma assassina.

Com um sorriso, ele levanta e me ajuda a levantar. Seguimos para a cozinha mantendo uma distância segura já que a conversa ainda se mantinha recente sobre nosso descontrole. Claro que vez ou outra trocávamos beijinho aqui e alí, mas nada de muito quente. Depois de jantarmos, decidimos que era melhor ir dormir já que no outro dia pela manhã iríamos fazer compras.

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Agora são exatamente 9:19 da manhã e eu estou sentada no sofá de couro negro com as pernas cruzadas, enquanto a menina limpa a área da piscina e o bonitão do Sasuke está se embelezando. Rapaz, eu nunca pensei que um homem demorasse tanto para se arrumar, mas esse tal do Uchiha demora demais!

Passei as mãos no short pela milionésima vez e refiz o rabo de cavalo. 09:23. Escuto passos na escada e levanto dando graças aos céus por finalmente esse homem tá pronto. Pego a bolsa e coloco no antebraço e quando o vejo quase caio novamente no sofá. Ele estava com uma calça jeans, uma camisa preta e um tênis. ENTÃO POR QUE ESSE HOMEM DEMOROU TANTO?

- Vamos? – passa uma mão nos cabelos, olhando desconfiado para a mulher que estava parada ao lado da piscina olhando para ele de boca aberta.

- Vamos antes que ela tenha um troço. – resmungo, passando pelo Uchiha e indo para fora de casa.

Todo o trajeto foi bem tranquilo. Talvez ele estivesse simplesmente ignorando ou não estivesse mais tão surpreso com o meu tempo, mas o Uchiha se manteve calado. Estacionei o carro o mais próximo da entrada do supermercado e todo o silêncio dele foi embora assim que saímos do carro. Os olhos negros foram para o letreiro do mercado e ele olhou ao redor vendo toda a movimentação e eu percebi o receio quando seus ombros ficaram rígidos.

- Tudo bem. – sorri tentando mantê-lo confortável – Só me segue. – peguei na mão dele e o puxei rumo ao mercado.

Ainda na entrada do mercado, peguei um carrinho de compras e segui empurrando. Assim que entramos a primeira reação do Uchiha foi paralisar e escancarar a boca diante de tudo o que via. Os olhos dele piscavam atordoados e quando umas mulheres passaram vestindo roupas curtas demais ele desviou o olhar e eu vi seu rosto ficar da cor de uma beterraba. Fiz sinal com a cabeça para que ele continuasse andando e o mesmo me seguiu rumo o primeiro corredor do mercado. Ele parecia uma criança, pegava tudo, lia os rótulos, cumprimentava as pessoas O TEMPO TODO.

Já estávamos a mais ou menos quinze minutos no mercado, o carrinho já estava com algumas coisas dentro e eu via a validade de um detergente quando escuto uns risinhos alí perto. Olho ao redor vendo o Uchiha a dois metros de mim, de costas. Ví três meninas olhando para ele e sorrindo enquanto o mesmo revirava algo nas mãos. Desconfiada, coloquei o detergente no carrinho e fui até o Uchiha e quando me aproximei senti meu rosto queimar. Ele estava com uma caixa de O.B. nas mãos. Detalhe: A caixa estava aberta e um O.B. estava SEM O PLASTICO, COM A CORDINHA ESTICADA E ABERTO!

E para piorar, ele estava segurando o O.B. pela cordinha na altura dos olhos enquanto analisava o objeto meticulosamente.

- Sasuke! – sussurrei sentindo meu sangue fugir do corpo – O que está fazendo?! – como um flash, tomei o O.B. da mão dele e a caixa também.

- Senhorita! – franzi o cenho – Só estava observando isso... – olha para a prateleira onde tinha mais – O.B... – murmura e então me olha – Para que serve?

- Ai Deus! – passo uma mão na testa enxugando o suor. Escuto mais risinhos e olho feio para as meninas. O Sasuke segue meu olhar.

- Senhoritas... – faz uma mensura. As meninas ficam de boca aberta.

- Que “Senhoritas” O que! – jogo a caixa aberta do O.B. dentro do carrinho- Tão olhando O que? Perderam algo aqui? – Coloco as mãos na cintura olhando feio para elas.

As meninas fazem careta e vão embora. O Sasuke me olha espantado, provavelmente por minha grosseria. Inclino a cabeça para o lado e respiro fundo. Paciência, Sakura. Ele é uma criança no supermercado. Paciência.

- Olha, isso que você estava olhando, é algo que nós mulheres usamos em nossas partes intimas quando estamos menstruadas. Você sabe o que é menstruação? – franzi o cenho- Provavelmente não. Menstruação é sangue que sai de nossa vagina. Enfim... Colocamos isso lá dentro e quando tá cheio de sangue, tiramos. – Expliquei rapidamente.

Ele fica sério. Piscando como se eu não tivesse contado absolutamente nada, exceto por sua cor que vai mudando gradativamente de bege para rosa, lilás, vermelho, vermelho podre, beterraba, beterraba berrante. E então eu imagino que ele vai morrer alí mesmo. Começo a abanar as mãos em frente ao rosto dele, já entrando em pânico.

- Tudo bem, Sasuke. Respira. Só respira. – e como se o gradiente fosse se desfazendo, ele vai perdendo a cor, ficando cada vez mais pálido – Em nome de Odin, homem. Res-Pi-Ra! – peço, segurando no braço dele, olhando para os lados. Eu preciso de ajuda. Ele vai morrer aqui mesmo.

- Não sinto minhas pernas. – sussurra, piscando abobado.

- Ai meu Santo dos homens frouxos! Sasuke, respira! – vou para a frente dele e com as mãos, afasto os fios negros do rosto e dos olhos dele, aproveito e levanto um pouco a cabeça dele – Tá tudo bem, é normal. Isso é normal. Só respira tá.

Ele fecha os olhos e balança a cabeça afirmando. Seu peito sobe e desce enquanto ele puxa o ar de forma controlada. Pouco a pouco ele vai voltando a cor e eu agradeço aos céus por aquilo. Que homem mais traumático, credo! Quando finalmente ele está recuperado, seguimos pelo corredor de produtos de limpeza e higiene agora com ele ao meu lado empurrando o carrinho. Preferi manter as mãos do Uchiha ocupadas. Os olhos dele continuavam analíticos e quando eu pegava algum produto ele logo se aproximava com aquela pergunta “Para que serve? ”. Agora por exemplo, acabei de pegar um shampoo e colocar no carrinho, ele arqueou as sobrancelhas e pegou o frasco.

- Shampoo. – leu. – É o que você usa nos cabelos?

- Uhum.

- Hun. – ele vai até a prateleira e pega mais três frascos e joga dentro do carrinho.

- Sasuke...

- Eu gosto do cheiro. – dá de ombros – Não acho que você deva deixar faltar.

Reviro os olhos, mas não consigo conter o sorriso diante daquilo, mas ele nem parece ter percebido o que falou, afinal, continua analisando os produtos nas prateleiras. Balanço a cabeça e continuo. Pego alguns barbeadores descartáveis e jogo dentro do carrinho e mais uma vez as mãos ágeis do Uchiha pegam os barbeadores.

- Barbeador... Barbeador...

- Para você fazer a barba. – explico, lendo a descrição de um pós barba, mas não gosto, coloco na prateleira e pego outro.

- Para mim? – arqueia as sobrancelhas. – Estou gostando dela. – passa a mão no queixo onde jazia uma barba não tão grande.

- Não serve só para barba. – devolvo o pós barba depois de saber que ele não pretendia se barbear e sigo pelo corredor.

- E para que eu vou precisar então? – coloca o barbeador dentro do carrinho e começa a empurrá-lo, me seguindo.

- Você pode usar para tirar os pelos pubia.. – paro de falar e olho para o Uchiha que me olhava curioso – Acho melhor deixar para o Naruto ou o Gaara te explicar isso...

- Por quê? – franzi o cenho.

- É que não sei muito bem... – minto – Enfim... – viro para as prateleiras e pego um cotonete e um sabonete líquido íntimo e jogo dentro do carrinho – Não pega! – alerto quando vejo-o já ir com a mão direto para o sabonete íntimo.

- Ah... – ele pisca atordoado e recolhe a mão desconfiado – Por quê?

- Coisas de mulher.

Com um aceno de cabeça muito calculado, ele respira fundo e segue empurrando o carrinho. Continuamos pelo corredor e eu pego escovas de dente, creme dental e fio dental e claro que ele tinha cismado com o fio dental.

- Para que serve isso, “fio dental”?

- Para limpar os dentes. Auxilia na higiene bucal.

Depois de muito explicar, muito analisar e muito tentar evitar coisas absurdas por conta da criança chamada Sasuke Uchiha, finalmente seguimos para o caixa, mas para minha infelicidade eu havia esquecido os tomates e haviam três pessoas em nossa frente então pedi para o Sasuke ficar na fila e fui correndo até a parte de hortifrúti.

Para minha total desgraça.

Quando voltei tinha nada mais, nada menos que NOVE mulheres na frente do Sasuke e todas com um sorriso de orelha a orelha. ELE ERA O ÚLTIMO DA FILA! Assim que me aproximei, praticamente joguei os tomates dentro do carrinho enquanto ele me olhava com aquela cara de paisagem de bom moço que ele tinha quando fazia algo do qual se orgulhava.

- Mas o que aconteceu aqui, Sasuke Uchiha? – Sibilei com as mãos na cintura.

- Nada. – sorri lindamente.

- Então por que cargas d’água você está no rabo da fila?! – eu já falava entredentes.

- Perdão? – franzi o cenho.

- Por que porra você é o último da fila? – passo as mãos no rosto.

- Senhorita... Controle-se. Não há nada demais. – ele dá um passo à frente e segura minha mão, beijando-a logo em seguida – Veja, estas Senhoras estavam na fila e eu como um bom cavalheiro não poderia ficar na frente delas. – Ele olha para as mulheres que nos olhavam e faz uma mensura.

- Pro caralho com o cavalheirismo! – perco a paciência e as mulheres ficam com os olhos esbugalhados.

- Senhorita Haruno! – me repreende.

- Nem vem com essa! Eu vou alí pegar tomates e você passa a torcida do Corinthians na minha frente! Porra, Sasuke!

- A Senhorita está muito malcriada. Deveria usar o fio dental para melhorar! – me repreende.

Na mesma hora o local fica um silêncio total. Todos ficam nos olhando com espanto diante daquilo. Claro que ele não entendia o duplo sentido na própria frase e eu acabei caindo na gargalhada. O Uchiha franziu o cenho, provavelmente me achando maluca, enquanto eu me apoiei no carrinho tentando não cair de tanto rir.

- Sakura...?  - me chama baixinho, constrangido.

- Ai céus! – coloco a mão na barriga enquanto com a outra enxugo as lágrimas que se acumulavam no canto dos olhos – É o fio dental pra dente, gente.

As pessoas parecem voltar a realidade e ele continua me olhando desconfiado. Percebendo que eu não iria responder nem tão cedo, o Uchiha volta a se distrair com as coisas de dentro do carrinho. Pouco a pouco vou me controlando. Pego o celular na bolsa e começo a mexer olhando as novidades da semana. A fila segue andando enquanto eu fico olhando sobre algumas melhorias que poderia fazer no bebê, sem falar que o dólar havia baixado e isso era muito bom. Já estava perto do caixa quando percebo que minha criança estava quieta demais. Olho para a frente e vejo o Sasuke ao lado do carrinho em frente aquelas prateleiras que ficam próximo ao caixa, ele tinha três pacotes de camisinha nas mãos. Cada uma de uma marca diferente e olhava para elas com o cenho franzido.

- O que...?

- Hun? – me olha – Ah... Veja... Isso aqui brilha no escuro. – balança um dos pacotes que tinha escrito “brilha no escuro” - Não sei para que serve, mas acho que vai ser legal usar na próxima festa da piscina... –Ele devolve os outros dois pacotes para a prateleira e é exatamente nessa hora que chega nossa vez no caixa – Bom dia, Senhorita. – sorri gentil para a caixa.

- Bom dia. – ela devolve o sorriso cheia de dentes.

- Como vai? – inclina a cabeça para o lado, iniciando o papo gentil com a mulher. Ele coloca o pacote de camisinha em cima do balcão e a mulher arqueia as sobrancelhas para o gosto “exótico” dele.

- Bem. – ela murmura.

- Sasuke... – murmuro ainda estática – Tem certeza que quer levar... Isso?

- Claro. Aqui contém... – ele lê APENAS a parte frontal da embalagem – Três unidades. Viu: Um para mim, um para o Gaara e um para o Naruto... Acho que devemos levar outro pacote para você, a Senhorita Yamanaka e a Senhora Uzumaki. – reflete, indo para a prateleira e pegando outro pacote de camisinha neon e colocando no balcão sorrindo para a mulher.

- Noite animada hein... – ela sorri, passando os pacotinhos no leitor.

- Festa na piscina. – Ele informa com um sorriso cheio de dentes.

- "Que a força esteja com você." - Ela murmura, sorrindo.

Solto um gemido sabendo que de agora em diante vou ter que procurar outro mercado para fazer minhas compras. Nunca mais eu faço a loucura de vir fazer compras com ele. NEM MORTA!

Depois de estar tudo pago, ele me ajuda a levar as compras para o carro e seguimos para minha casinha. Durante todo o caminho, o Sasuke foi falando sobre como era diferente esse lance de compras com o tempo dele enquanto eu só pensava na porcaria da camisinha que brilha no escuro e como explicar para ele para que serve aquilo sem ele ter um infarto, ataque cardíaco ou AVC.

Qual o Santo que protege os homens vindo do passado hein?

~> Continua