Projeto Ampulheta - Capítulo 12

- Sabe, eu acho que deveríamos mesmo era curtir a noite de hoje.

- Quero saber quando você não quer curtir, Ino.

- Não tenho culpa se gosto de aproveitar a vida, Dona Sakura.

- Devo concordar com a Ino. - Naruto coloca o copo com suco em cima da bandeja e segue para uma mesa sendo seguido por mim e pela loira.

- Tá. Eu sei. - Sento na mesma mesa em que já se encontravam o Gaara e a Hinata - Mas a questão é: Como vamos curtir?

- Oba, combinando uma noitada? - Hinata come um pouco da salada.

- Elas estão decidindo, mas eu estava aqui pensando também em uma noite para os homens. - Naruto aponta para o Gaara - Topa?

- Tô dentro. - Eles trocam um “soquinho” camarada.

- Ótimo. E o Uchiha vem com a gente. - o loiro me olha, sorrindo.

- Quê? - o garfo caí de minhas mãos e eu logo o pego novamente. - Quer enlouquecer o cara?

- Gostei da ideia. - o ruivo sorri, bebendo um pouco do suco - Uma noite dos homens, Sakura. Se você vai curtir com as meninas, ele vem curtir com a gente.

- Acho que vou me arrepender disso. - resmungo, comendo um pouco da carne.

- Que nada. Vai ser maravilhoso!

- Tá legal. - resmungo - Mas o que vamos fazer?

- Eu já pensei nisso. Passamos na sua casa às 18:00. - Hinata sorri.

- Eu passo lá ás 18:30. - Naruto se prontifica para ir buscar o Sasuke.

- É sério meninos, peguem leve. Ele não aguenta fortes emoções.

- Ele é homem, Sakura. - Ino come um pouco do arroz.

- E viu um tornozelo pela primeira vez quando chegou aqui!

- Sem superproteção, por favor. - Hinata reclama e eu me calo.

Desde quando ela se posiciona assim? Eu hein… Que injustiça. Todos contra a pobre e indefesa Sakura Haruno! Continuamos nosso almoço e nada mais se falou sobre a noite que teríamos. Quando finalmente terminamos, seguimos todos juntos para o elevador e o Naruto recebeu um chamado do Kakashi para ir até à sala dele. Chegamos em meu andar e saímos eu e a Ino.

- Naruto? - O chamo, vendo-o apertar o botão do andar do Kakashi - Nada de casa de stripper!

O Uzumaki apenas dá um sorriso de canto e uma piscadela. As portas do elevador fecham e eu suspiro alto. Viro e vejo a Ino olhando para a minha cara e sorrindo. Eu tinha muito, muito medo das ideias desses loiros. Eles faziam o tipo terroristas da amizade e isso era bom, mas também era muito, muito ruim.

Toda a tarde no laboratório foi tranquila. Na metade da tarde o Kabuto apareceu por lá, me convidou para sair hoje, mas como eu havia marcado com as meninas precisei recusar a proposta. O Naruto demorou na sala do Kakashi e disse que o Hatake estava querendo saber umas coisas sobre a área do Uzumaki. Como tudo ocorreu muito bem, assim que deu 17:00, as atividades foram encerradas e então todos foram dispensados, inclusive eu.

De volta para casa, acelerei meu Huracán o quanto pude, precisava preparar o Uchiha psicologicamente. Estacionei o bebê e entrei em casa. A mesma estava silenciosa, mas bastou alguns segundos para o homem surgir no meu mezanino com os cabelos molhados, e uma calça de malha com camisa de algodão.

- Boa noite, Sasuke! - Começo a subir as escadas.

- Boa noite, Senhorita.

- Como foi seu dia? - faço sinal com a mão para ele me seguir e assim o faz. Vou para meu quarto e ele fica na porta.

- Calmo, devo dizer, e o da Senhorita?

- Ótimo. - Jogo minha bolsa e jaleco em cima da cama e vou até o closet, abrindo o mesmo e começo a procurar algo para vestir - Ah deixa eu te falar, hoje o Gaara e o Naruto vão vir aqui te buscar para dar uma volta.

- Perdão? - a voz dele saiu apreensiva.

- É que assim, as vezes, resolvemos ter uma noite só para as garotas e uma para os garotos. Eu não queria muito sair, mas eles planejaram algo e bem… Acho que estamos mesmo precisando sair, claro, você não é obrigado à nada. - Pego um macaquito tipo short azul, estampado com preto, e levo-o até em cima da cama.

- Compreendo. - Vejo-o trocar o peso da perna - Devo me preocupar?

- É o Naruto. - olho apreensiva para ele e mordo o lábio inferior - Só… Se algo lhe incomodar, fala tá? Você também não é obrigado a ir. - volto para o closet e começo a procurar um calçado.

- Tudo bem. Acho que sou capaz de sobreviver. - seu tom era bem humorado.

- Não vá se sentindo vitorioso, estamos falando do Naruto. - Pego um sapatinho meia pata, azul camurça, com uma tira no tornozelo. Volto para o quarto, colocando o sapato aos pés da cama.

- Estou ciente disso, Senhorita.

- Ótimo. Agora vamos ao seu closet.

- Como? - franzi o cenho.

- Vamos logo! - vou até o Uchiha e seguro sem seus ombros, virando-o e o empurrando para “seu” quarto. Entramos e então eu sigo para o closet dele. - Tem algo em mente? - o olho por cima do ombro.

- Ah… Não. - murmura.

- Foi o que pensei. - começo a mexer e tiro uma calça jeans, levo a calça até a cama e volto para o closet dele, mais uma mexida e eu acho uma camisa de algodão marrom e bem ao lado dela uma jaqueta jeans de malha leve. Era isso! - Olha que maravilha! - Sorrio animada, colocando tudo em cima da cama - Agora o sapato é com você. Acho que aquele marrom deve combinar.

- Isso é realmente necessário? - Olha para as roupas em cima da cama.

- Claro que é. Você está na minha casa e vai sair com meus amigos. O Naruto pode ser tudo, menos mal arrumado. O Gaara nem se fala, então, conhecendo aqueles dois, aposto que eles vão estar praticamente num desfile de moda, e você - aponto para ele- vai ser o estilista da noite. - pisco marota.

- A Senhorita compreende que eu não consegui acompanhar sua fala, não é?

- Eu disse que você vai ficar bonitão. - reviro os olhos.

- Ah… - as bochechas dele ficam vermelhas. - Agradeço.

- Ok. Agora se arrume. Eu preciso de um bom banho e vou me arrumar também.

Nem espero ele falar e simplesmente saio do quarto dele e vou para o meu. Tomo um banho demorado e lavo bem meus cabelos. Assim que termino o banho, visto meu roupão e seco os cabelos rapidamente com o secador, depois vou para a cama e passo meu hidratante corporal. Visto meu macaquito e sigo para a penteadeira onde faço uma trança lateral nos cabelos, passo um lápis, rímel e deneliador nos olhos e um batom rosa clarinho. Pego um par de brincos compridos, e dourados e coloco, e uma pulseira dourada e coloco também. Levanto e calço meus sapatos, vou até o closet e me olho no espelho grande. Adorei. Pego uma bolsinha tiracolo de jeans e coloco algumas coisas dentro como carteira, chaves e celular. Saio do quarto e vejo que a luz do quarto do Uchiha estava apagada.

Continuo caminhando e do mezanino, vejo-o olhando para a area da piscina. Ele estava em frente a “parede” de vidro da sala com as mãos para trás, estava totalmente vestido, os cabelos meio penteados, meio rebeldes. Desço as escadas e meu salto faz um toc-toc chamando sua atenção. Ele vira e seus olhos passeiam como um scaner por mim e suas bochechas ficam vermelhas novamente. Eu realmente espero que não os garotos não o leve para uma casa noturna, ele não seria capaz de aguentar não.

- Nossa! - caminho até o mesmo - Você está… incrível.

- Obrigado. - a voz dele era baixa, vejo seu pomo de Adão subir e descer - A Senhorita está… -ele abre e fecha a boca algumas vezes, mas não fala nada.

- Vou aceitar sua falta de fala como um elogio. - sorrio - Estende uma mão para mim.

- Por qual motivo, Senhorita? - pergunta, mas estende.

- Vamos melhorar só uma coisinha… - Começo a dobrar a manga da jaqueta, deixando-a na altura do cotovelo - Agora o outro braço… - Ele o estende e eu faço o mesmo. - Ótimo!

- Obrigado. - Sorri. Os olhos dele vão para à porta no mesmo instante em que o barulho de buzina invade a casa.

- Acho que é para mim. - suspiro e vou até a porta, assim que abro a mesma dou de cara com o Porsche Panamera da Hinata e a Ferrari Califórnia da Ino. - Olha só, uma ostentação de carros bem na minha humilde residência! - Sorrio, desativando o alarme do meu Huracán e vejo o vidro das janelas dos carros abrirem.

- Falou a Dona Lamborghini! - Ino revira os olhos. - UAU!

- Caramba! - Escuto a Hinata falar e olho para trás, vejo o Uchiha terminar sua mensura para as meninas da porta de casa.

- Senhoritas.

- Iaê, Uchiha! - Ino dá uma piscadela. - Tá gostoso hein.

- Perdão? - ele franzi o cenho.

- Ignora a Ino. - entro no Huracán e ligo o mesmo.

- O Naruto já está vindo. - Hinata sorri para o Uchiha e dá um aceno com a mão - De moto. Até mais. - sobe o vidro do carro e então arranca de lá.

- Beijo nessa bunda gostosa, Sasuke Uchiha! - A loira grita e sobe o vidro da janela, também arrancando.

- Não liga para a Ino. - peço quando vejo que ele fica da cor de um tomate - Se cuida hein… E só um aviso: quando o Naruto falar “segura firme” é bom você realmente segurar…

- Por quê?

- Apenas segure.

Ele abre a boca para falar, mas eu subo o vidro da janela e arranco de lá, encontrando o carro das meninas na entrada do condomínio. Eu estava preocupada com o Uchiha, principalmente pelo fato de ele estar saindo com os meninos. Eu sabia que eles iriam cuidá-lo, mas minha preocupação é que, em matéria de diversão, aqueles alí enlouquecem. Para falar a verdade, eu queria ao menos ver a cara dele quando o Naruto acelerasse sua BMW S 1000RR 2015 vermelha. O Gaara possuía uma da mesma, mas na cor azul.

Se o Uchiha não morresse do coração só com a moto, certamente não morreria nunca mais. Somos apreciadores de velocidade. Quando mais jovens, participávamos de encontros, corríamos no limite. Gaara e Naruto se conheceram em uma MotoGP. Ambos pilotavam quando mais novos. Eu e as meninas nos conhecemos em uma Stock Car. A amizade só cresceu. Ironia ou não, o quinteto se formou dentro da empresa e quando compartilhamos desse amor por velocidade, a coisa só ficou mais forte.

Ainda bem.

A Hinata ía na frente e pelo caminho tomado, eu já sabia para aonde estávamos indo. À cada quilômetro percorrido, a cidade ia ficando mais para trás e a area rural ia ficando mais próxima. Cerca de meia hora depois, estávamos finalmente entrando na longa estrada de barro que ficava mais distante do local. Aquela estrada ficava perto da propriedade do pai da Hinata: Uma enorme e renomada fazenda.

Mas não estávamos indo para lá.

Mais à frente, a estrada se abria em um tipo de “deserto”. Era um local muito aberto, de barro seco e abandonado. O real motivo ainda não se sabia, mas esse local sempre foi assim, começava com uma subida e depois tinha um retão, no final da estrada, podia-se ver a bela Tokyo lá longe com suas luzes exuberantes e tudo o mais. O final da estrada era como um mirante abandonado. Enfim chegamos no inicio da estrada e a Ino parou ao lado da Hinata e eu parei ao lado da Ino. Baixamos os vidros.

- Preparadas? - Hinata sorri, nos olhando.

- Como nos velhos tempos? - Ino me olhou.

- No 3. - Sorri.

- 1. - Hinata começou contando e o barulho do acelerador se fez ouvir.

- 2. - Ví os dedos da Ino apertarem em torno do volante e eu acionei o botão “corsa”.

- 3.

E nós “três” pisamos no acelerador. Os carros levaram alguns milésimos de segundos para correr, pois, os pneus rodaram selvagens e então dispararam. Os vidros subiram e então apenas a sensação de estar acelerando era o que tomava conta de mim. Estávamos páreo à páreo, as três. Ativo o câmbio manual e passo a marcha, meu pé desce no acelerador e então o carro dispara. Olho pelo retrovisor e apenas a poeira era o que eu conseguia ver. Apesar de as meninas terem carros muito, muito bons, nada se comparava aos meus 610 cavalos.

- Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah! BORA BEBÊÊÊÊ!!! - começo a gargalhar alto.

Vejo pelo retrovisor direito o Porsche da Hinata. Aaaah, mas ela não vai passar mesmo! Enquanto eu me distraía com a Hinata, apenas ví o borrão vermelho da Ferrarí da Ino passando. Filha de uma mãe!

Mais uma vez passo a marcha e piso no acelerador. O motor grita em meus ouvidos, todo o meu corpo treme em antecipação. Como se estivesse deslizando sobre o barro, meu bebê passa pela Ino, levantando uma poeira terrível. Continuo acelerando até que vejo o final da estrada. Desço uma marcha e então, quando estou próximo à chegada, troco a marcha novamente e desativo o modo corsa. O carro muda bruscamente o modo de direção e então eu paro.

O carro da Ino estaciona ao meu lado esquerdo e o da Hinata ao meu lado direito. Começo a sorrir dentro do carro e aciono no painel do carro o modo “resfriamento”. Deslizo as mãos pelo volante e beijo o mesmo. Como eu amo meu bebê! Saio do carro no mesmo momento em que a Hinata e a Ino saíam.

- Como foi comer poeira?

- Vai à merda, Sakura! - Hinata resmunga.

- Calma ai, Hinatinha. - gargalho.

- Ferrari são as melhores.

- Prova isso na corrida, Ino. - pisco enquanto ela cruza os braços.

- Idiota! - a loira me xinga.

Mesmo com esse espírito competitivo começamos a sorrir. Era sempre assim. A Ino começa a tirar umas sacolas do carro e eu e a morena a ajudamos. Ela trouxe alguns energéticos, sucos engarrafados e petiscos. Levamos tudo para mais próximo do penhasco, sentamos em cima de umas rochas e colocamos as coisas à nossa frente. Cada uma pegou um energético e começamos a beber, olhando a boa e velha Tokyo lá longe.

- Fazia tempo. - suspiro.

- Fazia sim. Sinto saudades de correr. - a Uzumaki suspira também.

- Acho que deveríamos fazer isso mais vezes, sabe? Digo, quando tudo se acalmar. As coisas estão muito agitadas por enquanto.

- Podemos sim. - pego uma batata e como. - Nenhuma pista do que os meninos foram fazer?

- Nadinha. O Naruto não disse, apenas falou que iriam se divertir muito. - ela sorri.

- Tenho medo dessas diversões do Naruto, Hinata.

- Você precisa confiar mais nele.

- Difícil - Ino sorri - Mas eu queria muito ver a cara do Uchiha nessa diversão.

- Coitado, Ino!

- Vai dizer que você não queria? - arqueia as sobrancelhas - Esse espírito protetor ai vai além de apenas proteção que eu sei.

- Quê? - minha voz sai aguda.

- É verdade, Saky. A Ino tem razão. Vocês meio que estão mó afinzão e nem perceberam isso.

- Ou perceberam, mas não querem aceitar. - a loira pega uma batata também.

- Agora viraram santas casamenteiras?

- Alguém aqui falou em casamento? - A morena franzi o cenho.

- Já está pensando em casar? - Ino arqueia as sobrancelhas.

- Vão à merda! As duas! - termino meu energético. - Apenas estou acostumada com ele lá em casa.- Dou de ombros.

- Sei bem… - Hinata respira fundo - Já pensou que está perto de ele ir embora?

- Já.

- Como vai ser, Saky? - a Yamanaka vira o corpo levemente em minha direção.

- Como sempre foi. Ele não pertence a esse tempo. A esse mundo. Foi um erro. Um erro muito grave ele ter vindo para cá e eu preciso mandá-lo de volta para o mundo dele, a vida dele.

- Eu acho que vai ser estranho. Você está acostumada com ele. - Hinata passa as mãos nos cabelos.

- Você vai sentir saudades. - Ino pega uma garrafinha de suco e me entrega.

- Vou. - dou de ombros, pego uma castanha e como. - Mas o que posso fazer?

- Aproveita. Ensina algo para esse cara. Ele vai voltar para o tempo dele e tudo o mais… Acho que ele precisa de umas aulinhas particulares antes de ir. -ela pisca de forma sacana.

- Concordo com a Ino.

- Vocês são terríveis. - gargalho - Mas eu não posso.

- Você quer. - Hina aponta.

- Talvez eu… talvez eu esteja levemente atraída por ele.

- Aham… - Ino gargalha.

- Para idiota! Eu estou falando sério… Mas não posso.

- Por quê? - a loira arqueia uma sobrancelha.

- Não posso alterar a vida dele assim, Ino. Compreenda, ele não é assim. O cara veio para cá e deixou duas pretendentes lá.

- Ele está apaixonado por duas? - Hinata fica boquiaberta.

- Antes estivesse, mas segundo ele mesmo as garotas são “damas perfeitas”.

- Deixa eu vê se entendi, ele vai casar apenas porque uma delas é “a dama perfeita”? - Ino vira todo o energético.

- Exatamente. - sorrio desanimada.

- Ele vai ser infeliz. - A voz da Uzumaki fica triste.

- Exatamente. - suspiro.

- Nossa… Sabe, eu andei pesquisando e ví que a vida naquela época não era lá essas coisas, muito menos os casamentos. As mulheres procuravam ser perfeitas e casavam. Geralmente serviam apenas como donas de casa e mães e quando digo mães não quero dizer “por um sexo perfeito”, quero dizer que o marido apenas as procuram para isso, e depois vão atrás de uma amante. - a Ino fala e eu vejo a Hinata estremecer.

- Não acho que ele seria capaz disso. Digo, uma amante. - Hinata sussurra.

- Exatamente. - afirmo o pensamento da Hinata.

- E você vai deixar o cara ser sexualmente frustrado para o resto da vida? - Ino inclina a cabeça para o meu lado. - Dá umas aulas de sexo para o bonitão.

- Você quer que eu ensine o kama sutra para ele?

- Boa ideia! - Hina sorri, animada.

- Claro que não! - Olho para as luzes distantes.

- Ele te deseja. - A loira pega mais batata e come.

- E muito. - Hinata faz o mesmo.

Ignoro os comentários das duas. Continuamos com nossa conversa, dessa vez sobre o Kabuto, sobre as ideias do trabalho. A Ino contou que ela e o Gaara ficaram, e quando a Ino diz “ficar” ela quer dizer “transar”. Não foi nenhuma novidade.

Por volta das 21:00 decidimos voltar para casa e mais uma corrida foi apostada. Eu ganhei novamente. A Ino prometeu que levaria o carro em uma revisão, segundo ela, eu apenas ganhei porque as velas da Ferrari estavam ruins. Uhum.

Os meninos também estavam voltando e eu ainda estava descendo do carro quando ví a moto do Naruto e a do Gaara. Eles pararam ao lado do carro das meninas e o Sasuke desceu da garupa do Uzumaki. Ele estendeu o capacete e o Naruto prendeu no braço.

- Senhoras! - Naruto sorri.

- Iaê, Narutinho. - pisco. - Aproveitaram?

- Muito. - Ele pisca de forma marota para o Uchiha. Olho para o Sasuke com as sobrancelhas arqueadas.

- Certamente. - sorri tímido.

- Ele realmente gostou? - a voz da Ino sai incrédula.

- Não conte nosso segredo, Uchiha! - Gaara aponta o dedo para ele.

- Está guardado. - acena, sorrindo ainda mais.

- Ai meu Deus vocês converteram ele? - Hinata pergunta pasma.

- Apenas nos divertimos. - O Loiro estende o punho para o Sasuke e o moreno dá um “soquinho” no punho do Naruto.

- Até mais, Uchiha. - Gaara também estende o punho e o Uchiha repete o ato.

- Ok. -ergo as mãos - Vocês trocaram o Uchiha!

- Ele deu soquinho? - A loira fica espantada.

- Eu sabia que deixá-lo com os meninos daria em merda. - passo as mãos no rosto.

- Deixa de drama. - Naruto me chama com a mão e eu vou até o mesmo, ele passa um braço em torno do meu ombro e dá um beijo em minha testa – Fica tranquila, cuidamos bem dele.

- Devem ter cuidado mesmo. – resmungo.

Eles se despediram e então a arruaça em frente à minha casa se desfez. Entrei sendo seguida pelo Uchiha. Ví que o mesmo estava com uma aparência mais “relaxada” o que me fez olhar desconfiada para ele, mas o moreno nada falou, apenas me deu um leve sorriso como se estivesse dizendo “não vou lhe contar, mas foi muito bom”.

- Então, o que fizeram? – Me fiz de maluca, enquanto subia as escadas.

- Nada demais. Apenas nos... divertimos. – ele me seguia.

- Hum... Voto de silêncio? – o olho por cima do ombro.

- Prometi que não contaria, Senhorita.

- Isso é muito injusto! – resmungo e quando chego em frente a porta do meu quarto, paro e viro para ele – Você está torcendo para o time adversário.

- De forma alguma. Jamais torceria para um time adversário.

- Então conta. – sorrio matreira.

- Sinto muito.

- Sasukeeeee... – choramingo.

- Perdão. – Ele dá um passo na minha direção e então segura meu ombro com uma mão. Sinto meu estomago despencar dentro de mim quando ele inclina o rosto em minha direção e dá um leve e demorado beijo em minha bochecha direita e então se afasta – boa noite, Senhorita. – Fala baixo enquanto seu rosto se torna púrpuro.

- Boa... – Balbucio.

Ele dá as costas e entra no quarto e eu fico feito uma idiota alí por algum tempo. Entro em meu quarto e então encosto as costas na porta. Ok, se ele não passou por uma lavagem cerebral, ele foi, definitivamente, alterado. Esse cara que mal pegava na minha mão, agora deu um beijo em minha bochecha!

O QUE O UZUMAKI E O SABAKU FIZERAM COM ELE, MEU ODIN!?

~> Continua

Notas Finais:

Opa, Opa. Beijinho na bochecha?