Fugitivos - Capitulo Oito






Parabéns!
Você acertou nossa charada de iniciação. (...)

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A mensagem lida ontem a noite ainda ecoava em minha mente. O dia começava a clarear e a rua estava deserta. Sentada no pequeno sofá que havia próximo a minha janela, eu contemplava a leve garoa da manhã. Abraço minhas pernas e deito a cabeça nos joelhos. Toda a lembrança dos últimos dois dias me invadindo a mente. Primeiro a festa. Eu me lembrava de tudo. Que droga! Para piorar, o fato de acordar no outro dia com minha mãe dando chilique.

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Mebuki – Sakura Haruno! *Escuto um grito e abro os olhos rapidamente vendo minha mãe parada à minha frente com as mãos na cintura*

Sakura – Mãe... *resmungo e sento, sentindo uma dor de cabeça dor infernos, além de olhar ao redor e perceber que eu estava na... Sala!?* O que...?

Mebuki – Raaaa... Agora resolveu ter consciência?

Sakura – Han? *tento focar a imagem da minha mãe, mas meus olhos doíam muito. Levo ambas as mãos para a lateral da cabeça* Ai...

Mebuki – Quero saber de tudo o que aconteceu naquela festa. Quem é Sasuke. Quero saber o motivo de ele ter lhe trazido aqui. Quero saber o que você fez na festa. Vamos desembucha!

Sakura – Mãe... *resmungo* Sasuke? *olho para ela com um olho fechado e o outro aberto. Talvez se eu usar um olho por vez eles doam menos* Pera, faz uma pergunta de vez.

Mebuki – Ai meu Deus! *ela batia o pé no chão* Vamos lá. Quem é Sasuke?

Sakura – Um... Colega(?) da escola. *abro o olho que estava fechado e fecho o que estava aberto*

Mebuki – De quê?

Sakura – Uchiha. *passo uma mão na testa, tirando a franja dos olhos*

Mebuki – Uchiha... *ela coloca um dedo na boca pensando* Pera. Uchiha? *suas sobrancelhas se erguem*

Sakura – É.

Mebuki – Hun... *ela morde o lábio inferior* Interessante. *sua voz ganha ¼ de animação* Por que ele te trouxe ontem e por que você estava dormindo?

Sakura – Bom... *pensa, pensa. Ai minha cabeça!* Hum... *fecho o olho que estava aberto, pensando* Eu estava cansada e queria vir embora, as meninas decidiram ficar um pouco mais. Eu ia pegar um táxi, mas o Sasuke disse que não seria seguro então decidiu me trazer. *Isso!*

Mebuki – Hun... *ela franzi o cenho* E por que você não acordou quando chegou?

Sakura – Ah mãe. *Resmungo. Oh velha difícil viu!* Eu estava com muito sono, pergunte a ele o motivo de ele não ter me acordado. *levanto* Eu preciso de um banho!

Mebuki – Você bebeu naquela festa. *ela acusa*

Sakura – Não. *SIM!*

Mebuki – Bebeu sim. *ela aponta o dedo acusador para mim* Eu senti cheiro de bebida.

Sakura – Claro, lá tinha bebida e tinha um carinha que estava rodando uma latinha no alto, o que fez espirrar cerveja para todos os lados.

Mebuki – Sakura...

Sakura – Mãe... *me aproximo dela e dou um tapinha leve no seu ombro* eu não bebo.

Mando beijo e antes que ela proteste eu caminho para as escadas, subindo o mais rápido que as pontadas na minha cabeça permitiam.

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É claro que o interrogatório não terminou ai. Na hora do almoço ela quis saber tudo sobre Sasuke Uchiha, mas o que eu poderia dizer? Meu pai estava em uma viagem de negócio o que ajudou bastante. Claro que minha mãe não se deu por vencida quanto as minhas informações e decidiu iniciar uma investigação mais profunda e disse que seria interessante eu me tornar amiga de um Uchiha.

Lá vem ela com essas coisas de classe social.

A noite, perto de dormir, recebi um e-mail da tal da Ceita e havia acertado a charada. Eu me perguntava se deveria realmente ir. E se isso fosse uma brincadeira? Será que as menina haviam recebido o e-mail também? Bom, eu vou deixar quieto. Se não era pra falar eu não iria falar, a não ser que uma delas falassem, o que acho bem difícil. Escuto o despertador tocar e levanto. Desligo o mesmo e vou para o banheiro fazer minha higiene matinal.

Depois que terminei, vesti o uniforme (o básico do colégio mesmo) e peguei uma roupa para a aula de dança. Coloquei tudo na mochila e o jaleco também, hoje teríamos aula de química. Assim que estava pronta, desci e tomei meu café da manhã sozinha, visto que meu pai só iria voltar na quinta e minha mãe estava fazendo sabe-se lá o que.

Assim que ouvi a buzina do ônibus, levantei preguiçosa e me dirigi para fora de casa. Dentro do veículo estava um silêncio só. De cara ví a Ino com óculos de sol e a cabeça encostada na janela do ônibus. A Hinata dormia com a cabeça encostada no ombro da Tenten.

Sakura – Bom dia. *resmungo, sentando ao lado da Ino*

Tenten – Bom dia, Saky.

Ino – Bom. *resmunga*

Tenten – Viva a segunda feira.

Ino – Iaê babaloo, como foi com sua mãe? Você estava chapadona na festa.

Tenten – Eu sonhei ou o Uchiha ficou de babá?

Sakura – Nem me fale. Ele me levou em casa acredita? *elas olharam surpresas para mim* Cheguei lá apagadona e acordei no sofá de casa. Minha mãe disse que ele me carregou até o sofá, mas não deu informação o que de certa forma eu achei bom. Disse a minha mãe que estava cansada e ele decidiu me trazer e que o cheiro de bebida era porque tinha um cara jogando cerveja para cima.

Ino – Ela acreditou?

Sakura – Ela ficou mais interessada no sobrenome Uchiha. *dou de ombros*

Todo o resto do caminho foi fofoca sobre a festa, mas ninguém falou sobre A Ceita. Assim que chegamos na sala o professor entrou e nos encaminhou para o laboratório. A aula era de química orgânica: Destilação. Cada pessoa estava em sua área do laboratório, uma enorme mesa com ocupante dos dois lados, mas cada um com seu material. Ao final da sala estava o professor Nagato. Ele tinha toda uma estrutura e vidrarias de laboratório à sua frente. Ao meu lado esquerdo estava a Hinata e a Tenten, ao meu lado direito estava a Ino, a minha frente o Sasuke, ao lado do Sasuke e em frente a Ino estava o Naruto. Ao lado do Naruto o Gaara e ao lado do Gaara o Sai.

Nagato – Pois bem, destilação é a separação de componentes. Uma das matérias primas mais usadas na destilação é o petróleo. *ele ligou um slide e apareceu uma simulação de extração de petróleo*Vimos na aula anterior desde a formação até a extração. Agora vamos ver sua destilação. Uma vez que o petróleo é recolhido pela plataforma e transferido para o cargueiro, ele é levado para a refinaria. Uma vez que chega na refinaria, ele é encaminhado para uma grande fornalha onde é aquecido, é através desse calor que vai ser feita a separação dos componentes na torre de destilação. Após aquecido, os materiais menos densos sobem para a parte mais alta da torre e assim segue a sequência até o mais denso que fica na parte mais baixa da torre. A separação é a seguinte, de cima para baixo: 6- Gás; 5- Gasolina; 4- Querosene; 3- Óleo combustível; 2- Óleo lubrificante; 1- Resíduos (parafina, borra, asfalto). Vejamos o vídeo a seguir.

E então aparecei um vídeo detalhado sobre a destilação do petróleo. O professor apaga as luzes do laboratório deixando apenas a luz do vídeo iluminando o local. Todos os olhos estavam no vídeo então aproveitei para abrir meu caderno e peguei minha caneta escrevendo em seguida:

Posso falar com você depois?

Com todo o cuidado do mundo, rasguei a folha e a dobrei ao meio. Olhei ao redor e vi que ninguém havia notado minha ação, então estiquei um pouco o braço e arrastando o papel sobre a mesa, o fiz tocar nos dedos do Sasuke que apenas moveu os olhos para a mão. Quando ele viu o papel, levantou os dedos, me deixando colocar o papel em baixo de sua mão. Puxei minha mão de volta, olhando para o vídeo, mas percebi pelo canto dos olhos que ele virou o rosto para a mesa. Alguns segundos depois, senti algo tocar meus dedos e os levantei sentindo o papel tocar minha mão. Esperei um pouco e então voltei minha atenção para o papel de forma discreta. Desdobrei:

Sobre o que exatamente?

Peguei minha caneta e respondi:

Queria te agradecer.

E então refiz a ação de colocar o papel na mão dele. Segundos depois, ele me devolve o papel:

Já o está fazendo, não acha?

Pisquei algumas vezes tentando raciocinar. Nossa. Eu só queria ser educada. Mordo o lábio inferior tentando conter um xingamento e respondo:

Nossa, eu só queria ser educada, mas tudo bem se não quiser. Obrigada mesmo assim.

E então devolvo, dessa vez eu não deixo minha mão em cima da mesa, cruzo os braços e encosto os cotovelos na mesa dando minha total atenção para o vídeo. Assim que o mesmo terminou, o professor nos mandou fazer algumas anotações. Quando as anotações terminaram, o Nagato nos mandou pegar um Becker e assim fizemos, depois nos entregou arroz e nos mandou pegar um balão. Pegamos. Também coluna de destilação, condensador, um forno e uma proveta. Um tripé e cano. Seguindo as ordens dele, montamos nossa pequena torre de destilação. O professor nos entrega água e misturamos no arroz, depois de tudo pronto, esquentamos o balão com arroz dentro e um tempo depois, um cheiro de álcool invade o laboratório. A destilação começava a ser feita.

Todos os alunos estavam empolgados, aula prática era sempre muito divertida. Quando a aula terminou, arrumamos tudo, o que levou um bom tempo, mas quando por fim terminamos, recolhemos nosso material e saímos do laboratório. O momento de sair era sempre agitado, vários alunos tentando passar pela porta. Estava aguardando minha vez de sair, quando sinto algo tocar minha mão. Olho para baixo e vejo uma mão com um papel. Subo o olhar pela mão, braço, ombro e vejo o Uchiha. Ele olhava para frente, mas o papel continuava alí. Estranhando, pego o papel e quando o faço, ele coloca as mãos no bolso da calça e sai. Fico alí parada tentando entender, abro o papel e leio:

Me encontre em baixo da arquibancada 1 no ginásio após o almoço, antes das oficinas.

Pisco algumas vezes tentando compreender. Em baixo da arquibancada 1? Será que ele tinha em mente me matar? Guardo o papel dentro do sutiã rapidamente e caminho para o refeitório com uma Tenten animada ao meu lado falando sobre uma remeça nova de livros que a oficina de literatura havia ganho. Assim que chegamos no refeitório pegamos nosso almoço e sentamos em nossa costumeira mesa.

Não ousei olhar para a mesa em que o Uchiha comia, então assim que terminei meu almoço, disse que iria sair antes pois precisava pegar um livro. Levantei e ví que ele não estava mais no refeitório. Levei minha bandeja até a rampa e segui para fora do local. O corredor estava movimentado, mas à medida que eu segui apara o ginásio, a quantidade de aluno ia diminuindo.

Virei um corredor e ele estava praticamente vazio. Apenas três garotos caminhavam por ele indo para o ginásio. Os olhos curiosos caíram sobre mim, mas eles logo me ignoraram quando eu fiz careta. Eles seguiram para o ginásio e eu peguei o caminho à direita, caminhei um pouco mais e dobrei a esquerda chegando na arquibancada, a princípio eu não o ví, mas após dar mais alguns passos, ví uma sombra no final da arquibancada, ela se moveu e tomou a forma do Uchiha. Ele mantinha as mãos no bolso da calça.

Segurei as alças da mochila que estava em minhas costas e respirei fundo, caminhando ao seu encontro. Ele fez o mesmo. A iluminação alí era baixa, devido ao fato de a única luz a entrar ser a que passava pelas brechas dos acentos da arquibancada. Assim que ficamos frente a frente, paramos. Tive que levantar um pouco o rosto para poder olha-lo. Só agora eu percebia que ele era uma cabeça mais alto que eu. Seu porte era bem atlético. Os braços ficavam marcados na camisa social que fazia parte da farda. A gravata estava frouxa.

Sasuke – Então? *seu rosto era sereno*

Sakura – Bom... *olho para o lado vendo (por entre as brechas) os alunos de futebol treinando* Na verdade eu queria saber por que mudou de ideia. *olho para ele novamente*

Sasuke – Educação. Você queria ser educada e eu te respondi com educação também. *ele dá de ombros*

Sakura – Educação? *revirei os olhos* Claro, depois de ser super grosso.

Sasuke – Hum... *ele troca o peso de perna* Apenas queria um real motivo para vir.

Sakura – Nossa... Que importante. *ironizo* Deveria ter marcado dia e hora.

Sasuke – Você é mais gentil quando está bêbada. *ele levanta as sobrancelhas e sorri de canto*

Sakura – Ah... *abro a boca e fecho algumas vezes, até conseguir falar sem gritar* O que te fez agir daquele jeito?

Sasuke – Hum... *ele tira as mãos dos bolsos e vira para a arquibancada, levantando os braços e segurando na estrutura de ferro da mesma* Não estamos aqui para você agradecer?

Sakura – Sim. *me defendo e viro na direção dele* M-mas...

Sasuke – Mas você é curiosa demais para apenas fazer isso. *ele vira o rosto na minha direção*

Sakura – É. *murmuro*

Sasuke – Entendo... *ele solta a estrutura e vira definitivo para mim* Apenas fiz porque não achei certo te deixar sair do jeito que estava.

Sakura – Por quê?

Sasuke – Não sei. *ele dá de ombros e olha para o lado, mas depois olha para mim novamente* Sua mãe ficou bolada?

Sakura – Você não faz ideia. *sorrio*

Sasuke – Imaginei que fosse ficar. *ele sorri também e balança a cabeça*

Sakura – Uhum, mas o show dela não durou muito.

Sasuke – Por quê? *ele me olhou curioso*

Sakura – Bom... *abro a boca pensando se conto ou não a verdade. Acho melhor não* Eu sei como dobrar minha mãe.

Sasuke – Entendo... *ele olhou para cima, observando a estrutura da arquibancada e então olhou para mim novamente* Posso te perguntar algo um pouco particular?

Sakura – Perguntar pode, só não sei se irei lhe responder.

Sasuke – Certo. Por qual motivo resolveu agir daquele jeito?

Sakura – Como assim? *franzi o cenho*

Sasuke – Bem, você não faz o tipo festeira nem rebelde, então... *dá de ombros*

Sakura – Entendo... *caminho um pouco ficando ao seu lado e seguro a estrutura de ferro da arquibancada, mas na altura da minha cintura, olhando os meninos do time* Já sentiu como se você precisasse muito fugir de algo?

Sasuke – Sim.

Sakura – Foi exatamente por isso. Eu não posso terminar meu último ano aqui sendo apenas quem fui: A menina estudiosa, que é exemplo, orgulho dos pais e que apenas segue a vida. Não estou reclamando, longe disso. Mas... *sorrio e olho para ele* Tem que ter algo além disso sabe?

Ele fica me olhando um tempo em silêncio, suas feições eram de reflexão, mas em nenhum momento cortamos o contato visual. Ele olha para o pessoa de futebol e respira fundo, voltando a olhar para mim novamente*

Sasuke – Sei. Sei exatamente.

Sakura – Hum... *mordo o lábio tentando controlar minha curiosidade* Bom... De qualquer forma estamos aqui para eu lhe agradecer e eu te digo: Muito obrigada.

Ouvimos um grito e ele olha para trás, inclino o corpo vendo apenas que eram os garotos que estavam no ginásio brincando. Solto a estrutura de ferro e ele volta a olhar para mim. Seus olhos ficam analíticos, mas ele não fala nada. Me sentindo deslocada, passo uma mão nos cabelos tentando conter o desconforto, mas quando vejo que ele não abriria a boca, suspiro derrotada e começo a caminhar, porém sinto meu braço ser segurado e viro, ficando de lado.

Sasuke – Não precisa agradecer por isso. *ele segurava meu braço pouco a baixo do cotovelo*

Sakura – Tudo bem. *murmuro e olho para sua mão no meu braço. Ele o solta* Bom, vou indo. Tchau.

Sasuke – Tchau!

Dei três passos para trás, ainda de frente para ele e então viro refazendo o mesmo caminho que fiz a poucos minutos atrás e não demora muito, já estou dentro do vestiário feminino trocando de roupa. Haviam poucas garotas alí, a maioria já deveria estar em suas oficinas. Visto uma calça moletom cinza de gancho longo, uma camiseta vermelha e pego minhas sapatilhas. Fecho o armário e saio de lá rápido. Corro até a oficina de dança e quando abro a porta alguns olhos se viram para mim. A Mei me olha com o cenho franzido.

Mei – Sakura! *ela coloca as mãos na cintura* Pensei que não viria hoje.

Sakura – Desculpe. Tive um imprevisto. *caminho até o sofá que havia no fundo da sala e sento já começando a colocar as sapatilhas*

Mei – Tudo bem, faça seu aquecimento e venha para ensaiarmos.

Assenti e segui para o aquecimento. Infelizmente não fiz o aquecimento que sempre gosto de fazer, mas apenas o necessário para não me prejudicar. Assim que terminei, segui para o ensaio que hoje foi mais leve, pois, iríamos passar a parte do corpo de ballet, a maior parte do ensaio ficamos apenas observando e nos movíamos quando tínhamos que fazer a parte da junção.

Quando o ensaio acabou, seguimos para o vestiário novamente. Tomei um banho rápido e segui para o ônibus. Assim que cheguei lá, apenas a Ino estava. Ela batia o pé nervosa no chão e abriu os braços de forma dramática quando me viu.

Ino – Menina o que houve? Você sumiu!

Sakura – Tive que resolver um probleminha ai, depois te conto.

Ino – Hum... *ela olha para o lado e então sorri* Lá vem nossos amores.

Olho na mesma direção que ela e vejo a Hinata e a Tenten conversando animadas. Elas nos veem e sorri. Sorrimos de volta, mas meus olhos capturaram o trio que vinha logo atrás delas. Seria uma olhada rápida apenas de percepção, mas meu olhar demorou um pouco mais quando percebi que o Uchiha olhava para mim, enquanto caminhava. Franzi o cenho me perguntando se ele realmente estava olhando para mim, mas minha curiosidade não foi respondida, visto que, ele virou à esquerda e foi em direção ao estacionamento.

Tenten – Viadas vocês não sabem! *ela passa por nós duas, indo para o ônibus*

Ino – Fala logo. *resmunga enquanto sobe os degraus do busão*

Tenten – Amanhã, segundo fiquei sabendo, o pessoal de luta vai fazer a parte da apresentação deles.

Sakura – Sério? *subo também e sigo para meu lugar sentando com a Hinata ao meu lado*

Hinata – Sim. Ouvimos aquele garoto Uzumaki falando sobre “amanhã esse colégio saber o que é a arte da luta”...

Tenten – E logo em seguida ouvimos o Uchiha mandando ele fechar a boca.

Sakura – O que será que eles vão aprontar? *acomodo minha mochila em meu colo, vendo os últimos alunos subirem no busão*

Ino – Seja lá o que for, eu vou adorar ver suor, luvas e abdomens.

Olho espantada para a Ino, ela era maluquinha por caras que lutavam. Lembro quando ela teve uma quedinha por um carinha no primeiro ano. Eles ficaram e tals, mas ela demorou bastante para superar o que segundo ela, eram os maiores bíceps que o mundo poderia presenciar. Nenhuma delas comentaram o meu sumiço antes da oficina e a Ino pareceu esquecer, o que pensando bem, foi até melhor.

Quando cheguei em casa, minha mãe não estava, então fui para o quarto e tomei um banho demorado. O que será que o pessoal de luta estava tramando? Eu ainda não sei e para falar a verdade também nem sei como vai ser o de dança. Precisávamos pensar em algo, urgente. Pego um livro na minha prateleira e sento no sofá perto da janela. Encosto as costas no braço do sofá e coloco as pernas para cima apoiando-as na janela.

Parte do restante do meu dia se resumiu em leitura. Uma outra parte em responder algumas atividades da escola e a outra em um jantar sozinha dentro de casa. Por volta das 22:20 eu deitei em minha amada cama e fiquei olhando para o teto, repassando contra minha própria vontade, cada segundo da festa.


~> Continua

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