Projeto Ampulheta - Capítulo 30

~No Capitulo Anterior ~



- Você... - solucei afundando ainda mais o rosto contra seu peito - Vai partir...


- Sim, eu vou. - murmurou beijando o topo de minha cabeça - Mas por enquanto...


- Amanhã. - sentencio, calando-o.



~Agora ~



Silêncio...


Silêncio...


Silêncio...


A única que coisa que me faz saber que ele está vivo é seu peito que sobe e desce e sua mão em minhas costas que parou o afago. Um pigarreio, um respirar fundo... As mãos dele seguram meus ombros e me afastam minimamente de si, apenas o necessário para poder me olhar nos olhos. Seu cenho estava franzido, sua respiração era controlada, mas ele estava sorrindo. Havia um sorriso em seus lábios, um sorriso que não lhe alcançava os olhos. Era um "sorriso sem graça". 


- Está tudo bem, Sakura. - pronuncia baixo - Não há motivos para chorar.


- Há sim! - fungo sentindo a nuvem de lágrimas embaçar meus olhos, por isso, pisco rápido - É amanhã, Sasuke!


- Eu sei. - continua sorrindo. Uma mão dele toca a lateral de meu rosto com suavidade - Sabíamos que isso iria acontecer.


- Eu sei, mas...


- Mas... Vamos apenas aceitar. - o polegar dele fazia carinho em minha bochecha - Por favor, não chore. Não gosto de vê-la tão triste.


- Eu só... - mordisco o lábio inferior sentindo-me envergonhada - Não queria que fosse tão rápido. - murmuro.


- Nem eu. - dessa vez, o sorriso lhe alcança os olhos e ele me envolve em seus braços novamente, beijando o topo de minha cabeça - Queria poder ficar um pouco mais, mas não tem como, não é?


- Não. - afundo o rosto contra seu peito, abraçando-o forte.


- Então... Vamos apenas aproveitar o tempo que temos.


- Mas é tão pouco. - sussurro olhando-o nos olhos.


- O tempo é pouco apenas para aqueles que não sabem aproveitar, Minha Sakura. - acaricia minha bochecha com o polegar - Mas não para nós dois. - ele sorri de forma contida - Com você todos os segundos são eternos.


- Sasuke... - sussurro e ele me da um selinho demorado.


- O que a senhorita acha de tomar um banho e depois prepararmos algo para comer?


- Acho... Acho que sim... - fungo e passo as mãos nos cabelos - Um banho quente.


- Sim, senhorita. - sorri - Estarei lhe esperando aqui, ansiosamente. - pega a minha mão e beija o dorso.


- Tá. - dou um leve sorrindo e subo a escada em direção ao meu quarto vendo-o aos pés dela, com as mãos no bolso da calça me olhando.


Ao entrar em meu quarto, fui direto para o banheiro onde tomei um banho demorado e quente, relaxando meus músculos e me trazendo uma certa paz. Aquela paz que duraria pouco tempo. Após o banho, vesti um vestidinho de algodão solto, que se sustentava por duas alças finas nos ombros, era um pouco justo no busto, mas ficava soltinho no quadril, terminando pouco à cima dos joelhos. Era confortável e "casual". Trazia paz. Deixo os cabelos soltos e molhados, mas penteados com a intenção de que eles secassem de forma natural.


Descalça, saio do quarto e passo pelo mezanino vendo o Uchiha na cozinha, mexendo na geladeira, procurando por algo. Desço as escadas e quando estou perto, ele olha por cima do ombro me olhando. Seus olhos passeiam por meu corpo de cima à baixo de forma lenta, analisando de forma sutil cada curva minha, seus olhos transpassavam desejo, mas também uma admiração que chegava a doer, como se visse algo sublime, algo perfeito. Enquanto me analisa, ele vai ficando de pé, até estar totalmente ereto e virado para mim. Me aproximo dele e lhe lanço um pequeno sorriso.


- Oi, Senhor Uchiha.


- Senhorita... - sussurra e pigarreia - Melhor?


- Uhum. - Me abraço - O que faz? - me aproximo.


- Pensando em algo, mas bem... - suspira olhando para a geladeira - Não tenho grandes talentos na cozinha.


- E o pão? - questiono arqueando as sobrancelhas.


- Hun... - dá de ombros - Minha especialidade... e única.


- Tudo bem. - sorrio e passo por ele olhando os ítens dentro da geladeira. Uma ideia me surge e começo a pegar alguns ingredientes e vou entregando para ele - Vai colocando na bancada, por favor.


- Sim, Senhorita! - ele me ajuda empolgado - O que vamos fazer?


- Escondidinho de carne. - fecho a geladeira com o pé e vou até o armário pegando mais ingredientes.


- E é bom? - encosta o quadril no balcão e cruza os braços.


- Muito. - coloco tudo em cima do balcão - Então, vai me ajudar ou ficar apenas me olhando?


- Posso fazer os dois sem problema algum, Senhorita. - da um sorriso de canto - Com todo o prazer.


- Você não colabora, Uchiha. - balanço a cabeça sorrindo. Pego uma faca e entrego para ele que dá a volta no balcão ficando à minha frente - Comece cortando os legumes, vou preparar a carne.


- Sim, Senhorita. - com um pequeno sorriso, ele pega a faca e começa a cortar os legumes.


Cada movimento do Uchiha era cuidadoso, ele fazia aquilo com dedicação e vez ou outra seus olhos saíam de sua tarefa e focavam em mim. Ele me lançava um arquear de sobrancelhas rápido e voltava os olhos para os legumes.


O tempo passou rápido e quando percebi já era quase meia noite. Estávamos sentados na área de piscina conversando baboseiras, como por exemplo, o tempo de escola, como decidimos o que iríamos fazer quando adultos, nossos sonhos para o futuro e tudo o mais. Uma garoa começou a cair então decidimos que era melhor entrar e ir dormir. Durante todo esse tempo, não tocamos mais no assunto "partida" o que deixou o clima leve e fácil para se aturar. Deslizamos as luzes do andar de baixo e quando passamos pelo mezanino e chegamos em frente à porta do quarto, paramos e ficamos frente a frente, enfrentando uma realidade que pouco a pouco deixava o ambiente pesado, sufocante.


Os olhos negros ficaram nos meus e ali, pela primeira vez, vi o medo. Ele também temia pela partida. Temia por ter que ir e nunca mais nos vermos. Em silêncio, o Uchiha me estendeu a mão em um convite silencioso e eu fui. Segurei sua mão e me permiti ser guiada para dentro de seu quarto em total silêncio. Todo o falatório de minutos antes havia cessado porque não havia necessidade para palavras. Não naquele momento. Não quando sabíamos que se falássemos, tudo mudaria. Ali precisávamos apenas um do outro. Precisávamos gravar o máximo possível do outro, porque seria a última vez que estaríamos juntos. Seria a última vez que iríamos nos sentir.


Ele fechou a porta às costas enquanto eu permaneci parada no meio do quarto. O Uchiha veio por trás de mim e segurou meus cotovelos, depois deslizou a ponta dos dedos por meu braço indo até meus dedos onde entrelaçou-os. Fechei os olhos quando senti seu corpo colar às minhas costas de forma quente e suave, me causando um arrepio gostoso. Um beijo casto e demorado foi depositado em meu ombro, depois outro, depois outro. Aos poucos, o beijo ia subindo em direção ao meu pescoço e quando chegou na curva do mesmo, ele parou, sua mão direita deixou a minha e ele a ergueu até meus cabelos, afastando-os para o lado, deixando assim, meu pescoço exposto.


Seus lábios quentes tocaram a pele de forma carinhosa e todos os pelos de meu corpo arrepiaram. Inclinei a cabeça para o lado dando à ele mais liberdade. A outra mão do Uchiha foi para minha barriga, deslizando lentamente, gravando cada milímetro daquele lugar até que ela me rodeou, colando ainda mais meu corpo ao seu. Sua boca beijava, lambia, sugava o local tão lento quanto nossas respirações. Tão lento como o tempo que passava. Deslizo uma mão até seu braço e o seguro, mantendo-o junto de mim, minha outra mão desliza para cima em busca de seus cabelos. E eu encontro. Envolvo meus dedos em seus cabelos enquanto a boca dele sobe um pouco mais e mordisca meu lóbulo me fazendo ofegar.


Jogo a cabeça para trás apoiando-a em seu ombro e sua mão (a que estava em minha barriga) começa a acariciar o local de forma circular. Com cuidado o Uchiha aperta minha cintura, acaricia, aperta, arranha. Sua mão sobe acariciando meu braço e repousa em meu ombro, sua outra mão também vai para meu outro ombro e ele segura as alças do vestido, deslizando-as por minha pele e a solta, fazendo o mesmo deslizar por meus braços enquanto o vestido caía centímetro por centímetro, expondo minha pele arrepiada. O vestido caiu aos meus pés de forma suave, formando uma "poça" no chão. Fico apenas de calcinha. Escuto-o ofegar discretamente enquanto segura em minha cintura e me vira. Fico de frente para o Sasuke e ele me olha nos olhos com luxúria e admiração. Sua língua passeia pelos lábios de forma lenta enquanto suas mãos sobem até meu rosto. Seus polegares fazem um carinho em minhas bochechas e um pequeno sorriso desenha seus lábios.


- Nunca esquecerei o quão perfeita és, Minha Sakura. - sussurra.


Sou incapaz de proferir qualquer coisa naquele momento, por isso, meneio a cabeça de forma positiva enquanto seguro em seus braços e deslizo a ponta dos dedos pela pele morena até os ombros largos. Colo meu corpo ao dele e dou um beijo em seu queixo, depois outro, dou um beijo em seu maxilar, depois bochecha. Ele fecha os olhos aproveitando cada pedaço de pele que era beijada. Suas mãos deslizam até minha cintura e sutilmente ele me empurra para trás até que a parte de trás de meus joelhos tocam na cama e eu deito. Engatinhando, vou até o centro da cama e ele sobe na mesma, deitando por cima de mim. Uma mão sua sustenta seu peso enquanto a outra vai para meu quadril segurando-o com delicadeza. Ele toma meus lábios em um selinho, depois outro, depois outro e então me beija de um jeito sufocante, apaixonado, repleto de dor e saudade. Ergo minhas mãos até seus ombros enquanto sua mão segura meu quadril com força, com determinação.


Deslizo minhas mãos por suas costas, tirando sua camisa, depois voltou a colocar as mãos em suas costas fazendo um carinho suave. Os lábios dele deixaram minha boca e começaram a passear por meu rosto, depois linha do maxilar, pescoço, lóbulo. Uma mordida foi dada em minha orelha e eu ofeguei mediante o ato. Seus beijos continuavam descendo, passando por meu ombro (onde ele lambeu e mordeu), depois clavícula até chegar entre os seios. Ele respirou fundo, e deu um beijo demorado na curva do seio, depois outro mais para o centro e então passou a ponta da língua pelo meu mamilo, fazendo meu corpo tremer e um gemido escapar por meus lábios.


Mais uma vez ele passou a língua pelo ponto entumecido e meu corpo arrepiou com violência. Ofeguei e arqueei o corpo no mesmo momento em que ele abocanhou minha carne, sugando o ponto rosado e mordiscando. Um gemido manhoso escapou de minha boca enquanto eu arranhava as costas dele. Sua mão deslizou pela lateral de minha costela e agarrou meu outro seio, massageando-o de forma lenta. Seu hálito quente batia contra minha pele extra sensível me causando uma tortura gostosa. O barulho de sua boca me sugando deixava meu cérebro tão dormente que era difícil me manter no chão. Ele beliscou meu mamilo e começou a descer a mão, passeando-a por minha barriga até chegar no cós da calcinha.


Sutilmente, adentrou a mão na última peça de roupa e todo meu corpo retesou quando seu dedo médico tocou meu clitóris com leveza. Mordisquei o lábio inferior sentindo-o acariciar meu ponto com dedicação e suavidade, deixando claro suas intensões naquele lugar. Joguei a cabeça para trás quando senti seu dedo deslizar e adentrar em mim, me causando um arrepio gostoso que começava ali e terminava nos dedos dos pés. Sua boca deixou meu mamilo e começou a descer por minha barriga. Segurei seus cabelos quando outro dedo adentrou dentro de mim tão lento que eu cheguei a sentir os nós de seus dedos. Ofeguei me contorcendo quando sua boca beijou os grandes lábios.


Toda ação dele era era carinhosa, sutil e delicada.


Com cuidado, ele me beijou de formas inexistentes para mim até então e quando sua língua tocou meu clitóris, foi impossível não gritar. Um choque gostoso fez meu corpo tremer no mesmo instante em que ele começava a acelerar as estocadas dos dedos. Em contra partida, sua língua e boca me sugava, lambia e mordia vagarosamente, como se a ação estivesse sendo feita por duas pessoas totalmente diferentes: Uma que apreciava a calmaria e outra que queria algo mais urgente, mais selvagem.


E como aquela mistura era deliciosa.


Fechei os olhos sentindo-o inserir mais um dedo e seus dentes capturaram meu clitóris. Puxei seus cabelos e empurrei sua cabeça de encontro a minha carne úmida e como se entendesse o recado, ele sugou com força, me arrancando um último suspiro exagerado, me fazendo contorcer e então me derramar em seus dedos e língua. 


- Oh, Sasuke. - sussurrei.


Não era capaz de falar mais nada que não fosse seu nome ou gemer. Ele retirou os dedos de dentro de mim me fazendo sentir um vazio absurdo. Sua boca voltou subindo por meu corpo enquanto distribuía beijos até que alcançou minha boca e tomou meus lábios em um beijo ardente. Diferente do beijo anterior, esse era puro desejo, mas rapidamente sua boca deixou a minha e ele afastou minimamente o rosto me permitindo respirar. Todo meu corpo tremia devido o recém orgasmo, mas isso não importava para nós dois. Seus olhos negros eram puro desejo, ele me olhava como se estivesse diante de um banquete. Um sagrado banquete.


- Quero você dentro de mim. - sussurrei de forma arrastada.


- Vou estar, Senhorita. - acariciou meu rosto de forma suave - Vou entrar em você de um jeito que não seja possível sair nunca mais.


E seus lábios tomaram os meus novamente. Envolvi seu corpo, abraçando-o e o puxando para mim, mas senti ele começar a tirar a camisa, por isso, o ajudei e nossas bocas separaram apenas para que ela saísse e quando a mesma passou por sua cabeça, nossas bocas colaram novamente. Ele apoiou uma mão na cama enquanto com a outra me abraçava já eu comecei a tirar sua calça moletom junto com a cueca e usei os pés para tira-las totalmente. Seu membro bateu duro conta minha virilha e ele gemeu em alivio. Seu corpo colou ao meu e ele começou a se esfregar em mim fazendo o pênis roçar contra meu clitóris, arrancando gemidos de nós dois.


Segurei seus cabelos quando senti ele afastar minhas pernas com os joelhos e se colocou entre elas. Sua glande raspou em minha entrada e eu perdi o ar em ânsia de uma penetração que veio logo depois. Lenta. Suave. Delicada. Centímetro por centímetro eu o sentia entrar dentro de mim até que não houvesse mais nenhuma parte fora. Era delicioso. Seu membro duro pulsava dentro de mim, me levando para um lugar que nunca imaginei estar, mas do qual não queria nunca mais sair. Sua boca deixou a minha e ele me olhou nos olhos de um jeito profundo.


Seu quadril de movimentou em uma onda gostosa e um grunhido ecoou por sua garganta. Aquilo era fantástico!


Puxei seus cabelos e ele estocou suavemente, prolongando aquele ato o máximo possível. Suas narinas estavam dilatadas, seu peito subia e descia devido a respiração descompassada, as veias de seus braços se expandiam e contraiam a cada vez que ele entrava e saia. Escorreguei minhas mãos por suas costas cravando minhas unhas ali, querendo que aquilo fosse eterno, porque te-lo dentro de mim era como chegar no paraíso e permanecer lá. Seus olhos negros ainda estavam nos meus, buscando por mim, querendo me manter ali, me passando uma mensagem silenciosa de eternidade. O modo como ele me olhava, me tocava, me sentia era algo que beirava a santidade e foi então que a ficha caiu.


Ele estava silenciosamente dizendo que me amava.


Da forma mais bela possível, ele dizia que não queria ir. Dizia que era meu e certamente ele via em meus olhos que eu pertencia a ele também.


Porque eu via nos olhos negros amor.


E sentia amor.

Senti meus olhos embaçarem e antes de perceber, ofeguei. Não pelo sexo, mas pelo bolo que se formou em minha garganta me impedindo de respirar. Enquanto ele movia o quadril, virei o rosto para o lado sentindo as lágrimas embaçarem meus olhos ainda mais, escorrerem por meu rosto e caírem no travesseiro. As estocadas pararam e ele apoiou a testa em meu ombro. Vi sua mão apertar o lençol com força, mas não era por prazer. Com certeza não era.  Sua mão solta o lençol e ele dá um soco na cama com frustração. Ele afasta o rosto de meu ombro e cola a testa em minha têmpora. Sua respiração era ofegante bem como a minha.

- Eu preciso que você seja forte, Sakura. – sussurra contra minha bochecha. – Porque eu não consigo fazer isso sozinho.

- Eu sei. – sussurro fechando os olhos e respirando fundo. – É só que...

- Xiiii... – desliza o nariz por minha bochecha e volta sussurrar contra a mesma – Por favor, não fale.

- Sasuke...

- Por favor... – me corta. Vejo sua mão segurar o lençol com força – As palavras possuem um poder incalculável, e eu sou fraco demais para lutar contra as suas palavras.

- Então... – engulo o bolo de minha garganta – Então me diz o que fazer, Sasuke. Por favor, me diz, porque... Porque eu não sei.

- Você não precisa fazer nada, Minha Sakura. – a mão dele solta o lençol e vai para meu queixo. Meu coração vibra dentro do peito ao ouvi-lo falar “Minha Sakura“. Ele vira meu rosto para si e deixa a testa encostada na minha enquanto me olha nos olhos – Absolutamente nada... Mas deixe-me lhe mostrar. Deixe-me lhe fazer sentir. Dê-me a honra de poder lhe fazer esquecer-se de tudo. Deixe-me cuidar de você uma última vez. Por favor.


Sem conseguir proferir uma única palavra, meneio a cabeça de forma positiva e ele desliza a ponta do nariz pelo meu e então toma meus lábios. O beijo não era de desejo, mas de saudade, de amor. Era um beijo tão puro que me arrebatou para um lugar inesquecível: Seu coração.


Correspondia ao beijo levando-o para o meu e o guardando ali. Se aquela seria nossa última vez juntos então que fosse inesquecível. Ele voltou com as estocadas e eu movimento o quadril, ajudando. Arranhava suas costas, puxava seus cabelos, gemia contra sua boca, pedindo mais, querendo mais.


E ele me dava.


Ele me dava tudo o que tinha, tudo o que era. Simplesmente se entregava sem negatividade nenhuma e foi numa dessas entregas que meu corpo flutuou tão alto que as estrelas se tornaram nítidas e eu cai numa queda livre lindamente controlada, repousando nos braços do homem que eu amava e que se derramava dentro de mim enquanto gemia contra minha boca.


- Não existe lugar no mundo que se compare a esse. - sussurrou ofegante depois de alguns segundos.


- Essa cama? - sussurrei de volta.


- Não... - sorri levemente - Você... Estar dentro de você é divino, Senhorita. É sublime.


- Gosto de tê-lo dentro de mim. - murmuro, sorrindo



- Que bom. Fico feliz em satisfazê-la, Senhorita.


Sorri novamente. Nossos corpos tremiam de forma violenta, nossa respiração era irregular, o suor escorria e ensopava a cama enquanto o cheiro de sexo impregnava o quarto tornando aquele ambiente nosso. Nosso lugar no mundo. Nosso lugar no paraíso. Sua boca deixou a minha e ele colocou a testa contra a minha. Seus cabelos estavam colados no rosto devido o suor, mas aquilo não importou. Nada daquilo importou. Sua mão foi para meu quadril e subiu de forma lenta até meu rosto. Permaneci de olhos fechados com ele dentro de mim e minha intimidade apertando-o tão deliciosamente que causava uma dormência em meu cérebro.


Ele saiu de dentro de mim e nós dois gememos devido as intimidades extra sensível. O Uchiha rolou na cama e me puxou para junto de si, me fazendo deitar sobre seu corpo e me abraçou enquanto beijava minha cabeça.


- Eu quero te pedir uma coisa. - sussurra beijando minha mão e apoiando-a sobre seu peito nu.


- O que quiser.


- Apenas me guarde em algum lugar do seu coração. Qualquer um, mas me guarde. - ergo os olhos e vejo que ele me olhava de volta - Quero que você lembre de mim.


- Jamais irei lhe esquecer, Sasuke. Nem se eu quisesse seria possível. - acaricio seu peito - Você já faz parte de mim.


- Que bom, porque levarei a Senhorita comigo até a minha morte. Até meu último suspiro... - o polegar dele passeia por minha bochecha com carinho - Seus olhos será a última coisa que quero ter em minha mente quando meu coração deixar de bater.


Ele beijou o topo de minha cabeça e eu me aninhei mais em seu corpo. Sentindo seu calor, seu cheiro, sentindo o cheiro do amor que tínhamos feito. A última coisa que lembro antes de apagar foi seu carinho suave na base de minha coluna, sua boca beijando minha cabeça e sua voz proferindo:


- Sentirei saudades, Minha Senhora.