Pub - Drink 19

Ficaram deitados incontáveis minutos até que finalmente a respiração de ambos acalmou. Ele fazia um carinho suave na base da coluna dela enquanto ela estava quietinha, acariciando os gominhos do abdome dele, deixando-o arrepiado o tempo todo, mas não era um arrepio de excitação, mas sim devido ao carinho. Sentiu ele respirar um pouco mais fundo, relaxado e acabou sorrindo. Aquela havia sido uma noite formidável, no mínimo. Nunca imaginou que um velhote como ele fosse tão bom com os dedos, língua e pênis. Era como acertar na loteria.

- Sabe... - começou baixinho.

- Hun?

- Você me surpreendeu. - confessou.

- Mesmo?

- Sim. Não pensei que você tivesse esse fogo todo...

- Foi um elogio?

- Claro que foi. - se acomodou um pouco mais nele.

- Não é pra tanto. - murmurou - Mas devo confessar que você foi o melhor sexo que já tive.

- Jura? - espantou-se, mas se sentiu extremamente orgulhosa.

- Sim... - beijou o topo da cabeça dela.

- Hun... Eu sou foda, né! - sorri e escuta ele sorrir - Mas sério... Você merece um prêmio.

- Não acho.

- Claro que sim. - rebateu - É tipo... ganhar na mega sena!

- Não. Não é.

- Aaaaah vai, qual é… qualquer homem que faz uma mulher gozar três vezes em menos de uma hora é digno de ter todos os desejos satisfeitos.

- Hum… - resmungou.

- Você não concorda comigo... - resmungou.

- Não... Não há motivos para isso.

- A única coisa que nã… - parou de falar e olhou assustada para ele. A mente da jovem trabalhava a todo o vapor. Sem querer a boca dela abriu em choque e logo após, um sorriso zombeteiro surgiu - NÃÃÃÃOOO…

- Sakura… - murmurou já sabendo o que viria.

- Tá de sacanagem… - ela se ajeitou na cama- HAHAHAHAHA… - deixou o corpo cair - Tá de brincadeira comigo, não é?

- Merda, Sakura! - reclamou e levantou da cama nervoso.

- Ei! Volta aqui! Tio Mad… Eu não tenho culpa! Ei… Eu não queria te zoar só porque você ficava no papai e mamãe, pow!

- Não é o que parece. - reclamou e saiu do quarto. A jovem levantou também e seguiu ele pelo pequeno apartamento que ao chegar na sala parou e virou para ela. Ele estava constrangido e um pouco chateado - Nem todas as mulheres curtem fazer loucuras, sabia?

- Aaaaah não… - balançou a cabeça - QUALQUER mulher que é bem comida curte uma fantasia… a não ser que ela seja louca.

- Acho que você está errada! - olhou ao redor procurando pelas roupas.

- Nem vem, Mad! - sentou no sofá e cruzou as pernas - É um fato… Um bom sexo é capaz de fazer milagres.

- Fale por você.

- Conhecimento! - piscou e mordiscou o lábio para controlar o riso - Agora vem cá… Nem uns tapinhas rolava?

- PORRA SAKURA! - volta a caminhar pela casa indo em direção ao quarto.

- Madara! - o chama levantando rápido e correndo na direção dele - Não posso ter essa curiosidade? Porra, sexo só no papai e mamãe deve ser tipo… mó merda! - chega no quarto e o encontra se vestindo - Deixa disso, vai!

- Você não sabe conversar sério. - a olha de lado e abotoa a calça. - Você simplesmente não leva nada a sério!

- Caramba não é pra tanto! - cruza os braços e caminha para dentro do quarto.

- Olha só… - vira para ela colocando o cinto - Nem todo mundo curte algo assim, algumas mulheres são mais reservadas, preferem algo mais simples e nem por isso são infelizes.

- Duvido muito. - resmungou olhando para o lado - Mas tanto faz... só acho que não precisa desse seu show.

- Não é show. - passa as mãos nos cabelos, ajeitando-os - Mas são seus comentários… E você nem sabe se era bom ou não... Foram cinco anos. Acha mesmo que não nos satisfazíamos? - estreita os olhos.

- Acho. - deu de ombros - Você mesmo que disse que fui o melhor sexo de sua vida.

- Nem sempre o melhor é o mais indicado… - senta na beirada da cama, calça os sapatos e levanta - ...Ou correto. - passa por ela indo na direção da sala.

- Pode não ser, mas sempre vai ser o melhor até que surja outro. - segue ele até a sala e o vê olhando ao redor conferindo se não estava esquecendo nada até que encontra a camisa social e a veste. - E eu sou insubstituível! - arqueou as sobrancelhas quando ele mirou-a de cima à baixo, vendo que ela ainda estava nua. E mesmo estando com raiva, ele não podia negar. Ela era uma tentação. - Pode falar… Eu sei que sou.

- Foi só sexo, menina. - murmura desviando o olhar e caminhando até a porta - Foi bom, mas foi só isso.

- Alguém aqui disse que foi algo à mais? - abre os braços olhando ao redor - Acho que não. - sorri colocando as mãos na cintura - Você me usou. Eu te usei. Você gozou. Eu gozei… Estamos quites nisso.

- Que bom. - a olha de cima à baixo novamente - Assim não há cobranças.

- Nem talento pra financeiro eu tenho. - dá de ombros, sorrindo - Mas óh, vai um aviso: Você está indo embora, então depois quando vir me procurar, porque você vai, lembra de trazer chocolate, flores e… - colocou o dedo no queixo pensando - Um bom vinho… Sou uma puta cara, sabe como é, né!?

- Não vou lhe procurar. - abre a porta - Só erro uma vez na vida. - saiu e fechou a porta.

- Hum… - murmurou sozinha, sorrindo enquanto caminhava para o quarto - Ele vai me procurar mais rápido do que é capaz de admitir. - soltou uma gargalhada - Ai, ai, Madarinha, Madarinha… Hun...hun… - cantarolou - Você agora está fodidamente dependente de miiiiiiiim...

Sorrindo, ela foi para o quarto, rodopiou e deixou o corpo cair na cama depois engatinhou pela mesma até deitar a cabeça no travesseiro onde ele havia deitado e abraçando-o respirou fundo sentindo o cheiro dele. Tudo bem, ele havia sido uma ótima foda, mas o homem era dramático demais. Agora iria ficar contanto quanto tempo ele levaria para voltar e se ela seria muito difícil ou seria pouco difícil. Mordiscou o lábio inferior e olhou pela janela vendo que o sol começava a nascer. Oh droga viu, havia perdido muitas horas de sono. Com um resmungo, revirou na cama, puxou o cobertor e decidiu dormir, afinal, teria que ir estudar e trabalhar naquele mesmo dia.