Pelotão 28 - Capítulo Trinta e Quatro


"Nunca recuar, nunca se render. Essa é a lei de Sparta”



Não conseguiu dormir depois da saída do Uzumaki. A todo instante sua mente vagava para o pesadelo que tivera e quando não aguentou mais ficar ali sofrendo sozinha, levantou, vestiu a roupa de médica, saiu da tenda e foi para o posto. O sol começava a raiar quando chegou no local e olhou ao redor. Todos os pacientes dormiam, menos um. 


Os olhos negros estavam no teto da tenda. Ele estava paralisado, sua respiração era pesada. Quando percebeu a movimentação na entrada da tenda, inclinou a cabeça e encontrou os olhos verdes. Sakura lançou um sorriso tímido e recebeu outro de volta. Sasuke meneou a cabeça, chamando-a e em silêncio, ela foi. Ao longo do caminho, olhava os pacientes aqui e ali, tentando vê se algum precisava dela, mas estavam todos dormindo tranquilos. Ao chegar ao lado da cama do Uchiha, ele deu um tapinha na cama e ela sentou na beirada. O moreno estava sério, estudando a médica.


- Ele vai ficar bem.


- Como você sabe? - perguntou, surpresa.


- Ele passou aqui. - sorri minimamente - Me pediu para cuidar da Doutora.


- Uzumaki chato. - murmurou, mas sorriu. Ela respirou fundo e mordiscou o lábio inferior - Estou com medo... Ele é teimoso, não pensa muito bem quando está de cabeça quente...


- Mas é o melhor Capitão que temos aqui. - Sasuke sorri e da de ombros - Cabeça dura, teimoso, mas o melhor... 


- E se... - não conseguiu completar.


- Sakura. - chamou baixo e com delicadeza, segurou a mão da médica - o Naruto faz isso aqui por amor. Ele não queria no início, mas depois, acabou se tornando o exército. Ele não vai morrer, mas... - respirou fundo - Se acontecer... Terei duas certezas. A primeira é que ele levou o maior número de inimigos que pode junto consigo e a segunda é que ele morreu feliz.


- Por que ele tem que ser assim? - desviou o olhar - Seria bom ter conhecido ele em outro momento... Em um cinema, no shopping talvez...


- Certamente não seria o Naruto. - sorri - Ele não é dado a cinema nem a shopping... Seria mais fácil conhecê-lo numa livraria, numa praça...


- Que difícil esse homem. - murmurou e sorriu - Vocês são muito amigos, não é?


- Irmãos... - corrige e suspira de forma sonhadora enquanto solta a mão dela e olha pro teto - o Naruto só se alistou por minha causa... O meu irmão, Itachi, havia se alistado e morreu na guerra...


- Sinto muito.


- Obrigado. - pigarreou - Eu me alistei na intenção de vingar meu irmão, estava cego de ódio. Ser militar era meu sonho, já o do Naruto era ser professor.


- Quê!? - Sakura esbugalhou os olhos - Com essa paciência que ele tem? Mataria os alunos ainda na porta do colégio!


- Concordo. - sorri- Mas aí, minha mãe com medo, foi até ele pedir para ele tentar me impedir de vir para o exército. Ela tinha medo de perder mais um filho para a guerra... O Naruto, como um bom garoto, foi tentar me impedir, mas eu estava tão cego de ódio que não desisti, então ele se alistou e prometeu a minha mãe que iria tomar conta de mim... - engole em seco e olha para a médica - Ele vem mantendo a promessa a minha mãe até hoje, por isso ficou tão bravo com você... Ficou com medo de que eu morresse.


- Sasuke... - sussurrou e respirou fundo.


- Se ele morrer... Terei culpa em sua morte. - lamentou e olhou para o lado - Ele não pode morrer.


- Não vai. - sorri e dá uns tapinhas no ombro bom dele - Aquele ogro é uma muralha. 



- É. - sorri.


Depois daquela conversa, ficaram conversando mais algumas trivialidades, mas ambos com medo. A manhã passou lenta e com ela, muitos feridos chegaram ao posto médico. A guerra estava em seu auge e segundo as informações, o inimigo estava ganhando território. Aquilo fez Sakura se sentir ainda mais tensa.


Estava cansada, seu jaleco repleto de sangue, suas luvas também. A equipe estava agitada atendendo feridos aqui e ali. Os soldados que estavam estáveis, receberam alta, isso incluía Sasuke que estava estável, precisava apenas de medicamentos e cuidados, então Sakura o liberou com o combinado dele ir ao posto cinco vezes ao dia para se medicar. Deixou ordens imediatas de que ele não poderia ir ao campo. 


O outro médico havia ido para o campo para tentar ajudar os feridos, restando apenas ela de médica no posto. Cada enfermeiro tinha sua função e os atendimentos estavam indo muito bem. Infelizmente, alguns soldados não resistiram aos ataques do inimigo e morreram no meio do atendimento médico, outros, graças aos céus, conseguiram aguentar tudo e agora aguardavam uma melhora. 


Almoçou no posto mesmo. Tinha cirurgia para fazer. Aquela seria a terceira do dia e ainda eram duas da tarde. Após a cirurgia, estabilizou os outros soldados e quando já era três da tarde, viu que tudo estava calmo. Os outros feridos chegariam apenas a noite. Decidiu usar aquele tempo para descansar, tomar um banho, trocar de roupa... Organizou os enfermeiros em turnos para que assim, todos pudessem descansar também e então seguiu para a própria tenda.


Ao chegar lá, retirou as roupas e entrou na banheira de madeira sentindo a água gelada bater contra a carne, gemendo alto. Estava precisando daquilo. Não era muito dada a banho quente, por isso, agradeceu mentalmente pela água gelada. Lavou os cabelos, vestiu uma roupa leve e deitou na cama. Colocou o relógio para despertar e se permitiu dormir.


Seus músculos doíam.


Acordou ouvindo batidas na porta da tenda e seu nome ser chamado. Coçou os olhos e olhou para o relógio no pulso, vendo que faltava meia hora para o despertador tocar. Soltou um suspiro alto e levantou de forma preguiçosa. Caminhou até a porta e abriu o zíper, dando de cara com um soldado.


- Perdão, Doutora, mas o Major solicita sua presença na sala de planejamento.


- O... Major? - franziu o cenho quando o soldado afirmou - Tudo bem... Já estarei indo. Obrigada.


- De nada. - meneou com a cabeça e se mandou.


Sakura fechou o zíper da tenda e foi trocar de roupa. Vestiu sua roupa costumeira, prendeu os cabelos em um rabo de cavalo e saiu da tenda. A noite que começava a cair, estava fria e ela se abraçou para tentar aliviar o ar gélido. Poucos soldados andavam pela base, afinal, estavam no campo. Sakura se sentiu mal pelas famílias que receberiam a triste notícia de que um ente querido havia caído em guerra. Ao chegar no galpão principal da base, caminhou pelo enorme saguão vendo tanques, carros e jatos serem preparados e dispensados para a batalha. 


Atravessou o saguão com calma. As mãos dentro do bolso do blusão camuflado, os olhos atentos a tudo, a respiração tranquila. A verdade é que estava nervosa. Naruto havia ido para o campo de batalha. Muitos soldados voltaram feridos ou mortos de lá, mas até agora ela não tinha recebido nenhuma notícia dele. A última informação que tivera foi logo cedo, um dos soldados que chegou disse que ele havia ido para a linha de frente. Isso fez o coração dela apertar, mas tudo bem, estava confiante. Passou por umas portas e seguiu por alguns corredores, até que chegou em frente a porta de planejamento. Parada em frente a porta, ouviu várias vozes lá dentro e respirou fundo. Eles pareciam estar com os nervos a flor da pele. Ergueu a mão e deu leves batidas na porta e então as vozes se calaram. Segundos depois, a porta foi aberta e a primeira pessoa que ela viu foi o Hatake. Ele a olhou com o certo carisma e meneou a cabeça, dando um passo para o lado, permitindo sua entrada.


- Doutora, boa noite.


- Boa Noite, Tenente. - entrou na sala e viu que lá dentro haviam vários homens. Cada um com a cara mais fechada que o outro. Ela era a única mulher. Viu o Major no fundo da sala, com as mãos espalmadas sobre uma mesa que comportava vários papéis, mapas, armas, dentre outros - Senhores... Major...


- Doutora. - cumprimentaram.


- Doutora, que bom que não demorou. - o Major cumprimentou e deu a volta na mesa, se aproximando dela e estendendo uma mão que a médica loco tratou de apertar - Deve estar se perguntando o motivo de ter sido chamada.


- Certamente. - foi direta e quando o Major soltou sua mão, ela colocou-as dentro do bolso do blusão novamente.


- Pois bem, como deve saber o Dr. Lee está no campo. - a médica meneou a cabeça - Bom, a questão é que ele está um pouco perdido quanto ao plano de ação. Ele nos mandou um áudio informando o estado de como está e eu gostaria que a Senhorita ouvisse e nos ajudasse a desenvolver um plano de resgate. - respirou fundo e indicou a mesa, fazendo assim, Sakura se aproximar da mesma onde havia vários rádios, o Major pegou um deles e olhou pra médica - Sabemos que a Senhorita está muito atarefada no posto, porém, sua ação no campo foi muito boa, então decidimos ter sua ajuda para melhorar a ação lá, minimizando assim, nossas perdas aqui. Tudo bem?


- Sim. - respondeu baixo. Não havia muito o que fazer e o Major estava correto. Grande parte das mortes e agravamento dos ferimentos se dava ao mal transporte e plano de resgate. Se resolvesse o problema na fonte, diminuiria suas perdas. A matemática era simples.


- Ótimo! Quero que escute com bastante atenção. - pontuou e então apertou um botão no rádio de onde surgiu a voz de Lee.


- Major, a situação é tensa. Há muitos feridos, os riscos são enormes. Tenho poucos homens a minha disposição. Poucos materiais. A maioria chega com mutilação e não há um suporte digno para esses homens. Já trocamos de esconderijo três vezes e isso faz com que os feridos fiquem em situação grave. Minha base de medicamentos é limitada. Possuo quase nenhuma maca. Apenas dois tanques a disposição para trinta e cinco homens feridos. Tenho nove mortos. Desses feridos, vinte e sete estão em estado grave. Desses vinte e sete, dez não devem vê o sol nascer. Estou com cinco homens a minha disposição. Os medicamentos estão acabando. Os soldados não sabem como se dispor ao ponto de atacar e nos defender ao mesmo tempo. Nosso maior problema é a hemorragia. Torniquete é uma ação desesperada, mas que ando fazendo, apesar de relutar. Os gritos são ensurdecedores. A dor é constante. Os homens se desesperam mediante a situação, o que complica no atendimento. Isso aqui é um verdadeiro caos. Não dá para estabilizar, medicar, atender, tranquilizar e transportar esses homens. Eu não sei mais o que fazer. Preciso de ajuda. Urgente!


Após o "bip" final. Todos na sala ergueram os olhos para a médica que permanecia em silêncio olhando para o rádio. A cena descrita era terrível, muito parecida com a que conviveu, apesar de não ter ido para a linha de frente. Precisava pensar com cautela. Colocar os pingos nos "is".


- Doutora? - A voz do Tenente Hatake se fez ouvir e Sakura apenas ergueu uma mão, pedindo silêncio. No mesmo instante, Kakashi se calou.


Ela precisava pensar. Colocar tudo em pauta. Pouca medicação. Desespero. Dor. Poucos homens. Muitos feridos. Transporte reduzido. Hemorragia. Medo... Lee estava com medo de arriscar... Mas era necessário. Ainda em silêncio, Sakura olhou sobre a mesa e viu alguns papéis e lápis, sem pedir autorização, pegou um dos papéis, um lápis e começou a escrever rapidamente. Estava tão concentrada que ninguém intervia. Ficou em total concentração por longos sete minutos, escrevendo todo o plano de ação enquanto os homens naquela sala mantinham total silêncio e apenas trocavam olhares.


Ou ela estava louca, ou estava elaborando um plano de ação muito bem planejado.


Claro que era a segunda opção.


Quando terminou, girou o papel na direção do Major e repousou o lápis sobre a mesa, respirando fundo e ficando ereta.


- Ai está todo o plano de ação. - cruzou os braços.


- Hun... - Jiraya pegou o papel e começou a ler, não demorou três segundos para erguer as sobrancelhas - Uso de morfina, desmaio planejado, torniquete, reorganização de feridos... Uso dos soldados feridos? - franziu o cenho olhando para ela.


- Sim... O Lee possui uma quantidade boa de morfina lá, então vai usar sem medo. Os soldados que não estiverem em situação de pânico vão tomar a morfina e ficar acordados, os demais, serão apagados.


- Sabe que não há medicação para isso, não é? - um dos homens questionou e a médica olhou para ele, séria.


- Sim. Sei que esse tipo de medicamento não vai para o campo, mas ele está lá no meio de vários soldados. Um golpe na nuca deve servir. - deu de ombros como se fosse a coisa mais normal do mundo - Isso vai controlar a dor e o pânico. Dessa forma, ele poderá trabalhar melhor. Ele vai separar os feridos nos graus 1,2,3 e 4. Os feridos de grau 1 não serão mandados para cá. E eles vão ajudar o Lee lá. São soldados que estão com ferimentos leves. Os de nível 2 e 3 vão vir para cá, dando prioridade aos de grau 3 que serão transportados ainda hoje, desmaiados. - olhou para o Major - Peça para vir alguém junto que possa apagar os soldados caso algum acorde durante o trajeto, mas quero que seja enviadas algumas morfinas caso necessário para eles. Os de grau 2 vem amanhã. sob efeito de morfina. Os de grau 4 só vão vir, se resistirem. Não podemos fazer o transporte desses homens ou eles morreriam antes mesmo de ter qualquer chance. Com os de grau 2 e 3 sendo enviados para cá, Lee vai poder focar nos de grau 4. - passou a lingua entre os lábios - Vamos enviar mais remédios para ele... fica difícil cuidar de alguém naquele inferno sem nenhum remédio... Vai ser necessár...


- Capitão Uzumaki, Pelotão 28, reportando. - a voz conhecida pela médica soou de um rádio e no mesmo instante ela parou de falar. Seu coração bateu acelerado ao ouvir a voz dele. O Major Jiraya pegou o rádio e apertou um botão.


- Major Jiraya na escuta. Prossiga.


- Major, a situação é muito complicada. - uma pausa quando o barulho de tiros soou através do aparelho - Estamos perdendo muitos homens.


- Onde você está? - o Major olhava para o rádio como se pudesse vê o Uzumaki.


- Linha 1, Senhor. - a voz do Uzumaki baixou dois tons e quando ele voltou a falar, Sakura percebeu uma tristeza - Perdi metade dos meus homens. O pelotão 26 e 27 entraram na linha 0 e poucos recuaram... O inimigo avançou com rapidez. - uma explosão foi ouvida e então gritos. O Uzumaki suspirou pelo rádio e soltou vários palavrões.


- Qual sua análise, Capitão? - Jiraya ficou mais sério que o normal, sua mão esquerda estava fechada em forma de punho.


- Roleta Russa. - respondeu baixo.


- Ficou louco, Uzumaki? - o Major ficou bravo - Você não vai se matar. 


- Posso morrer, mas levo todos eles comigo, Major. - a voz do loiro saiu autoritária - Estou em uma boa localização, vejo todos... Se eu cair atirando, levo mais da metade.


- De forma alguma! Não posso perder mais nenhum dos meus. Muito menos de forma proposital.


- Major, me desculpe, mas não cheguei até aqui para vê esses filhos da puta ganharem essa guerra. - ele estava decidido.


Jiraya ficou em silêncio por longos minutos sendo observado por todos. Ele estava ofegante, afetado por toda aquela situação. Sakura por sua vez, apenas ouvia tudo sentindo as mãos suarem. Naruto estava pedindo autorização para se matar? Era isso?


Não! 


Ele não podia! Sentindo a boca ficar seca, a médica passou a língua entre os lábios e respirou fundo sentindo os dedos dos pés e das mãos formigarem. Ela sentia o corpo começar a tremer. Precisava se manter firme. Todos ali estavam chocados. Era um absurdo aquilo que Naruto pedia. O Major não podia permitir. Não podia!


- Uzumaki, recue agora mesmo. Isso é uma ordem! - a voz do major saiu trêmula, lenta, mas autoritária.


- Padrinho... - a voz baixa e ofegante
 do Uzumaki se fez ouvir - Perdoe-me, mas não posso... Meu pelotão tomou uma escolha. "Nunca recuar, nunca se render" lembra? 


- Naruto... - O major sussurrou, fechando os olhos. Sakura viu quando os ombros do Major tremeram e ele respirou fundo várias vezes, tentando se controlar. Os homens na sala baixaram a cabeça e murmuraram. 



Sakura não conseguia acreditar.


- Não se preocupe, padrinho. Não há medo, nem lamento. - sorriu baixo e barulho de tiros foram ouvidos muito próximo - Apenas coragem crescente.



- Você é um bom Capitão, meu filho. Um bom amigo e um bom afilhado. - sorriu brevemente.



- Obrigado... - um silêncio se fez, mas que foi quebrado por um suspirar - O ruim disso tudo, é que vou precisar quebrar uma promessa que fiz. - sorriu nasalado - Se eu morrer, vou morrer mais de uma vez.



- Do que está falando, Naruto? - o major abriu os olhos e franziu o cenho. Ele não entendeu, mas Sakura sim. Naruto falava dela. Da promessa que havia feito a ela. Isso fez a médica fechar os olhos, sentindo-os queimarem com lágrimas.



- Nada... Mais uma coisa. - respirou fundo - Lembra dos pedidos que lhe fiz?


- Sim. - sussurrou.


- Preciso que cumpra o terceiro pedido com cuidado... Espere o dia amanhecer. Após o café... Deve ajudar.


- Não se preocupe com isso. - o Major respondeu baixo e então olhou por sobre o ombro para a Haruno. Os olhos do Major eram puro sentimento... Ele sabia... Ele sabia sobre eles... - Seus três pedidos serão atendidos.


- Obrigado. - respondeu baixo - Vou precisar desligar, Major... - pigarreou e outro suspiro foi ouvido - Sua bença, padrinho.


- Deus te abençoe, meu filho. - o Major respondeu com a voz embargada.



O "bip" final foi ouvido e com lentidão, Jiraya pousou o rádio sobre a mesa. Os minutos seguintes foram de puro silêncio. Ninguém ousava falar nada, todos olhavam para o rádio. Sakura permanecia paralisada. Não sentia suas pernas, nem suas mãos. Sua vista estava embaçada mediante as lágrimas acumuladas. Sua boca estava seca, sua garganta fechada, sua respiração era pesada... Não conseguia acreditar. Torcia para que ele não morresse. Sabia que o que ele iria fazer era arriscado ao extremo, mas ainda assim torcia. Ele não podia morrer! Não podia!



Fechou os olhos no intuito de aliviar toda a carga, mas a cada segundo passado sem noticia, em total silêncio, ela se sentia mais distante dele. Era como se sentisse a vida dele indo embora e isso fez um bolo de formar em sua garganta. Ainda de olhos fechados, começou a rezar baixinho, pedindo para que Deus o livrasse da morte, mas sabia que era um pedido complicado, principalmente porque ele havia escolhido dar a vida naquela ação. Estava tão perdida na própria oração que quando o rádio deu um "bip" ela deu um solavanco, assustada e seu peito se encheu de esperança de que fosse o Uzumaki reportando sua vitória... Infelizmente, a voz que surgiu no rádio não era a dele.


- Aqui é a Air-07 reportando... - a voz feminina que Sakura reconheceu ser de Kerollen soou triste do outro lado. 



- Major Jiraya na escuta. Prossiga, Sakamoto.


- Major... - Um pigarro foi ouvido junto com um soluço de choro - Pelotão 28... Exterminado.








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