Pub - Drink 32





Parou em frente ao prédio antigo que descascava a cada dia. A neve estava acumulando-se no rodapé do local e na grade de ferro antiga. Com um suspiro, ele abriu a porta do carro, desceu, deu a volta e abriu a porta do carona, ajudando a jovem Haruno a descer. Ela agradeceu com um pequeno sorriso e caminhou até o pequeno prédio onde morava. O Uchiha a acompanhou de perto, sempre com a mão esquerda na base da coluna dela, como uma proteção.


Adentrou no local e subiu as escadas antigas com lentidão. Estava cansada e também com frio. Assim que subiram os lances de escada, ela abriu a porta que soltou um pequeno rangido. O interior estava quente e a Haruno suspirou aliviada. Ela entrou e ele entrou em seguida, caminhando até o sofá e sentando. A jovem arqueou as sobrancelhas para o fato de como ele estava confortável em sua casa, se sentindo em casa, mas o moreno apenas sorriu e abriu os braços no sofá de forma despreocupada.



- Vou lhe esperar aqui, tudo bem?



- Tá... - arqueou uma sobrancelha - Eu ia mandar você ficar à vontade, mas não será necessário.



- Obrigado. - deu de ombros.


Com um balançar de cabeça, a Haruno seguiu até o próprio quarto, pegou uma mochila de costas e começou a colocar algumas roupas dentro. Nada demais, apenas três mudas de roupa, roupas íntimas, material para higiene pessoal e mais algumas coisinhas que julgou necessário. Aproveitou a oportunidade e tomou um banho, vestindo em seguida uma roupa quentinha. Penteou os cabelos, pegou o material da faculdade e quando julgou ter pego tudo o que era necessário, jogou a mochila sobre o ombro e saiu do quarto. Ao chegar na sala, encontrou o Uchiha do mesmo jeito que havia deixado, com a diferença de que ele mexia despreocupado no celular.



Quando ela se aproximou, ele a olhou de cima a baixo vendo que ela havia tomado banho e trocado de roupa, vestindo agora um sobre tudo. Levantou e se aproximou dela, pegando a mochila e colocando no próprio ombro, depois rodeou a cintura dela com calma e aproximou o nariz da curva do pescoço feminino, respirando profundamente.



- Lavanda? - perguntou baixo.



- É. Gosto dele para dormir. - respondeu baixo, fechando os olhos.



- Como adivinhou que eu adoro lavanda? - deslizou o nariz pela curva do pescoço dela e afastou o rosto minimamente, apenas para poder olhar nos olhos verdes.



- Mesmo!? - perguntou surpresa - Não sabia.



- Nem eu. - dá de ombros - Acabei de descobrir.



- Idiota. - sorri, escondendo o rosto no peitoral masculino e ele beija o topo da cabeça dela - Vamos logo antes que eu durma aqui mesmo.



- De forma alguma! - se afasta minimamente e caminha até a porta, abrindo-a - Senhorita.



- Hun... - caminha e passa pela porta, virando para ele e fazendo uma breve mesura - Obrigada, Senhor.



- Disponha, Senhorita. - passou e fechou a porta às costas.



- 'Disponharei'. - brincou e caminhou na direção da escada, sendo seguida por ele. 



Fizeram todo o caminho de volta até o carro e ele abriu a porta para ela, e a jovem logo entrou, se protegendo do frio. Ele praticamente correu ao redor do carro e se jogou no banco do motorista, tentando se proteger também e quando o carro foi ligado, ambos gemeram baixo pelo aquecedor estar em boas condições.


Todo o caminho de volta foi silencioso e quando chegaram, a Haruno não conseguiu conter o assombro em observar o local onde o moreno morada. Olhou o prédio de baixo a cima e assobiou em aprovação. Quando ele estacionou o carro na garagem indicada para si, desceu do carro e deu a volta no mesmo, abrindo a porta e estendendo uma mão para ela que segurou na mão dele e desceu do carro. O moreno passou o braço em torno da cintura dela, puxando-a para si e dando um leve beijo na testa da jovem que sorriu e esfregou o nariz gélido no peito do homem. Ele pegou a mochila dela e jogou sobre o ombro novamente.


- Você é tão quentinho, Tio Mad. - ronronou contra o peito dele.


- Acho que já ouvi isso antes. - Sorriu contra os fios róseos e começou a caminhar, guiando-a até o elevador do sub solo, onde ficava a garagem.


Quando se aproximou do mesmo, colocou a palma da mão sobre o leitor que escaneou sua mão e depois ele digitou, muito rápido, uma senha numérica. No mesmo instante a porta do elevador abriu. Sakura arqueou as sobrancelhas para aquilo e ambos entraram no elevador. Não foi necessário apertar nenhum botão e o elevador começou a subir, mostrando na tela de led, que eles estavam indo para o último andar.


Algo que ela também admirou, afinal, o elevador estava trabalhando "sozinho". O moreno encostou a cabeça na parede do elevador e suspirou enquanto ela permanecia olhando meio deslocada a caixa metálica. Havia estado ali antes, mas estava sonolenta demais para focar em qualquer coisa, mas daquela vez, ela estava bem acordada e atenta a tudo. 


- Chegamos. - uma voz robótica anunciou e um "plim" se fez ouvir no mesmo momento em que as portas abriam e ela visualizava parte da sala de estar do apartamento do Uchiha.


O mais velho guiou a jovem até dentro do apartamento e as portas do elevador voltaram a fechar. De forma despreocupada, ele caminhou até o centro da sala e jogou a mochila dela sobre o sofá e começou a retirar o blazer. Já a jovem caminhou devagar, analisando tudo. Ainda não tinha acostumado os olhos aquilo tudo. Era surreal demais. Parou quando chegou no meio da sala e viu o moreno colocar o blazer sobre o sofá e retirar a gravata, jogando-a por cima do blazer. Ele virou e olhou para ela com as sobrancelhas arqueadas.


- Algum problema? - perguntou enquanto caminhava na direção dela, desabotoando os punhos da camisa social.


- Não. - respirou fundo - Só não consegui me acostumar com tudo isso. - indicou o local.


- Hun... - olhou ao redor também e franziu o cenho, sem conseguir compreender - Não compreendo, mas tudo bem. - começou a desabotoar a camisa social e quando terminou, jogou a mesma sobre uma cadeira e parou em frente a ela. A Haruno não perdeu a oportunidade e olhou o abdome do moreno, mordiscando o lábio inferior - Quero fazer algo.


- O que você quiser, Tio Mad. - respondeu baixo, arqueando as sobrancelhas lentamente.


- Que mente poluída, menina. - sorriu e segurou em uma mão dela, puxando-a levemente - Não estava pensando nisso.


- Duvido muito. - resmungou e ergueu o queixo, olhando-o com uma cara travessa.


Sorrindo, ele a guiou pela sala, passando em frente a cozinha, depois por uma porta fechada que só naquele momento ela notou a existência, dobraram em um corredor e havia outra porta. Ele deslizou a porta que era de correr e diante dos olhos de ambos apareceu uma área de serviço. Ainda sendo "puxada" por ele, ambos entraram na área e ela olhou que a mesma era ampla e muito bonita. Com suas duas lavadouras cromadas e pretas, os armários brancos fechados e as prateleiras bem organizadas com alguns materiais de limpeza. Uma espécie de cabide gigante comportava varias camisas sociais do moreno.


Ele caminhou até próximo de um dos armários e destravou um ferrolho, depois empurrou o armário e o mesmo deslizou com facilidade na parede. Sakura arquejou diante daquilo. Para a surpresa da Haruno, um painel eletrônico apareceu na parede e foi só o armário deslizar que ele "ligou". Madara aproximou a mão do painel, depois digitou uma senha e voltou a encostar o pulso no painel.


- Me dê sua mão. - pediu já segurando na mão dela e erguendo, colocando a palma da jovem sob um painel e um scaner, escaneou a palma dela.


- O que...? - perguntou perdida, mas foi ignorada.


- Agora a outra. - não esperou. Pegou a outra mão dela e repetiu o processo, depois que ambas as mãos foram escaneadas, ele virou para ela como se nada estivesse acontecendo - Me diga seis números.


- Han? - franziu o cenho.


- Seis números. - repetiu.


- Ah... 1,2,3,4,5,6. - falou rápido.


- Falo sério, menina.


- Eu também. - encolheu os ombros.


- É fácil demais.


- Exatamente. - arqueou as sobrancelhas.


- Não acredito nisso. - resmungou e virou para o painel, digitando os números. No mesmo instante a tela ficou verde e ele voltou a puxar o armário de volta, "guardando" o painel. Madara virou para a Haruno e sorriu - Pronto.


- O que foi isso? - inclinou a cabeça.


- Acabei de cadastrar você na minha casa.


- Oi!?


- Cadastrei você. - tenta ser curto, mas a cara de perdida dela deixava claro que a jovem não entendeu nada, com isso, o moreno respira fundo - É simples: Você só consegue acessar qualquer andar desse prédio se for cadastrado. Cada andar tem seu apartamento e cada apartamento seu cadastro. Esse é meu andar, meu apartamento, então só entra nele quem é cadastrado. O elevador é programado para levar a pessoa para o andar a qual ela é cadastrada. Esse andar é cadastrado comigo, meus sobrinhos, Itachi e Sasuke, Ayume e agora você. Então quando você vir aqui, é só colocar sua mão no leitor do elevador, digitar sua senha e ele vai te trazer direto para cá.


- Aaaaaaaaaah! - arqueou as sobrancelhas enquanto balançava a cabeça - Você é louco!


- Por quê? - franziu o cenho, encostando o quadril na máquina de lavar.


- Mal nos conhecemos e você acaba de me dar acesso livre ao seu cafofo. - faz um gesto com as mãos, indicando o local - Não é óbvio?


- Talvez. - coça a barba - Mas acredito que você não é o tipo de pessoa que me prejudicaria. Qualquer outra pessoa sim, mas você? Não. - dá de ombros - Tenho plena certeza disso. Eu confio em você, menina. Não sei porque, mas confio.


Em silêncio, a jovem ficou contemplando o homem a sua frente enquanto sua cabeça ficava dormente. Ele confiava nela. Um homem que pouco sabia sobre si, confiava ao ponto de lhe permitir entrar e sair de sua casa sem medo. Com um respirar profundo, a Haruno passou a língua entre os lábios e se aproximou do moreno, apoiando as mãos em seu peito nu e ficando na ponta dos pés, tomando os lábios masculinos em um selinho demorado. Sem perder tempo, mas com bastante suavidade, o moreno apoiou as mãos na cintura dela e a puxou para si, aprofundando em um beijo que começou com um roçar de línguas e logo se tornou uma deliciosa aventura exploradora.


As mãos dela deslizaram para cima, até a nuca e se prenderam nos fios negros. Madara suspirou contra a boca dela e apertou a cintura da jovem, fazendo-a arfar. Ambos os corpos estavam quentes e a jovem nem se deu conta de quando eles começaram a andar. Quando percebeu, o moreno afastava a boca da dela de forma ofegante - e ela não estava diferente - e sorria de canto, passando a língua entre os lábios. Com lentidão, o mais velho usou as mãos da cintura dela para fazê-la girar e ficar de frente para a casa. De onde estavam, ela conseguia vê a sala, cozinha, varanda e também o "biombo" que separava a sala do quarto dele. Sentiu quando ele se inclinou em suas costas e deslizou a barba de forma provocante por sua nuca, desde a base até o ouvido ela onde deu uma leve mordida. As mãos masculinas subiram pelas costas femininas e se apoiaram nos ombros dela, fazendo-a fechar os olhos brevemente.


- Olhe ao redor, menina. - murmurou ao pé do ouvido dela, segurando nas laterais do sobretudo, deslizando a peça negra pelos ombros, braços, mãos... fazendo-a cair com um baque surdo aos pés da jovem.


- O que tem? - sussurrou dando uma breve olhava ao redor, mas fechou os olhos quando a boca dele tocou com suavidade a base na nuca exposta, fazendo-a arrepiar-se.


- Todo lugar que seus olhos alcançarem, será onde vou te ter. - beijou atrás da orelha e lambeu de leve o lóbulo dela, deslizando a ponta dos dedos pelos braços, subindo, subindo... - Essa noite... Não haverá sono. - mordiscou bem embaixo da orelha dela, fazendo-a arfar.




Comentários

  1. Meu Deus, que ótimo capítulo esses dois são fogo, amos essa história e sinceramente gosto muito da sua escrita, muito envolvente e super me faz ficar ansiosa pro próximo capítulo....continua pfvr

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  2. Como assim acabou? Oiê? Ah não dona Bruna, pode voltar aqui! Sua ruim como vc faz isso 😭💔
    Obs: tio Mad é um fofo 😍🌋

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  3. Eu tô apaixonada continuaaaaaa 😍😍😍😍😍

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  4. Continuação logo por favor ��������������������������

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