Pelotão 28 - Capítulo Trinta
Assim que voltou para onde estavam todos, sentiu-se envergonhada, pois, certamente todos ali sabiam o que estava rolando entre ela e o Capitão, mas foram todos muito discretos, não sendo pelo Kiba que lançava olhares acusadores entre eles. O dia havia passado bastante agitado, afinal, estavam preparando os primeiros feridos para serem levados para a base militar. Isso a deixou bastante animada, pois, significa que estava tendo avanços... mesmo que poucos.
Passou o antebraço na testa, enxugando o suor e respirou profundamente, vendo que havia imobilizado o último a ser transportado. Colocou as mãos na cintura e jogou o quadril para frente e inclinou o corpo para trás, estalando as costas. Como estava cansada! Olhou ao redor e viu que todos observavam o seu trabalho. Encontrou os olhos azuis em si e respirou fundo.
- Acho que por hoje já deu.
- Ótimo trabalho, Doutora. - Kiba sorri, dando uma piscadela.
- Obrigada. - caminha na direção deles.
- Vá descansar. - Naruto estudava as feições dela - O dia hoje foi puxado.
- É... foi sim. - respira fundo - Boa noite, Senhores. - cumprimenta todos os que estavam no local.
Todos respondem a médica e ela retira o jaleco, colocando-o num canto, depois segue para a escada, subindo-a até chegar no corredor onde ficava seu quarto. O mesmo estava vazio, silencioso, e ela agradeceu mentalmente por isso. Iria dormir muito. Satisfeita com os feitos do dia, ela adentrou o quarto e preguiçosamente, foi até uma tina, pegou água com as mãos e lavou o rosto, retirando o suor. Espreguiçou-se e colocou as mãos na cintura. Como sentia falta de casa, mas ainda assim, parecia estar acostumando-se com o ambiente em que estava.
Preguiçosamente, retirou a calça camuflada, ficando apenas de calcinha, depois retirou o blusão, ficando apenas com a regata branca que vestia por baixo, passou as mãos nos cabelos, prendendo-os em um coque e caminhou pelo quarto procurando por um short quando ouviu batidas na porta. Com o cenho franzido, caminhou até a porta e ficou atrás dela, inclinando o corpo e entreabrindo a mesma, deixando apenas uma brecha. Colocou a cabeça para fora.
- O que...?
Não teve tempo de terminar a frase. A porta foi empurrada com brusquidão e ela cambaleou para trás, até que tropeçou nos próprios pés e caiu no chão do quarto, batendo a cabeça com força no chão. Um gemido de dor foi soltado por ela e a Haruno levou uma mão a parte de trás da cabeça, sentindo-a latejar. Tentou levantar, mas sentiu o peso de um corpo sobre o seu. Sua visão estava embaçada devido a pancada na cabeça e quando abriu a boca para protestar, sentiu uma mão cobrir-lhe a boca e ela piscou com mais força enquanto tentava se soltar.
- Quieta! - A voz masculina ordenou com raiva - Fica quietinha sua puta!
- Hun... huuuun... - ela resmungou enquanto se debatia.
O homem pressionou ainda mais o corpo contra o dela, mantendo-a presa ao chão. Ela continuou se debatendo enquanto sentia o cano fino da arma ser pressionada contra sua têmpora. Então ela paralisou. A visão ainda estava embaçada, mas ela conseguia distinguir o homem pálido, com cabelos ruivos e olhos negros. Ele emanava ódio e ela não conseguia compreender. Ambos estavam ofegantes, mas ela estava com muito medo. Ele engatilhou a arma enquanto tirava a mão da boca dela.
- Agora a vadia vai ficar quietinha enquanto eu te faço pagar por tudo o que você cansou. - lambeu o rosto dela desde o queixo até a têmpora, fazendo-a estremecer.
- Eu não sei do que...
- Sabe sim... - sussurrou, olhando para o rosto dela de forma detalhada - Por sua causa, meu amigo morreu e agora eu vou te fazer pagar por isso... Estou a horas escondido esperando pelo momento exato, e ele chegou, não é? - sorrio mostrando os dentes e então segurou na alça da regata dela, puxando de uma vez, fazendo o tecido rasgar devido a pressão e a médica gemeu pela dor de ter o tecido rasgado em sua pele - Xiiiiu... Você vai gostar... Vadias como você adoram isso!
- Para... - pediu baixo enquanto a cabeça latejava, os olhos embaçavam devido as lágrimas que começavam a surgir e a pancada - Por favor... Eu não tenho culpa se seu amigo...
- Calada! - o estalo que ecoou pelo quarto deixou claro o tamanho da força a qual ele desferiu o tapa no rosto dela.
Ele mantinha a arma colada em sua têmpora, sua cabeça parecia que ia explodir, seu ombro e seio direito ardiam por conta da camisa rasgada. Ela sentiu quando ele começou a baixar a alça do sutiã e nesse momento, ela viu uma oportunidade, quando ele apontou a arma para cima, para poder abrir o zíper da própria calça enquanto puxava o pênis para fora.
- ME SOLTA! - Sem pensar muito, a médica levantou o joelho de uma vez só, acertando-o bem nos testículos, fazendo o homem gemer de dor. Ele rolou para o lado, no chão.
- PUTA DESGRAÇADA! - gritou, levando ambas as mãos para o membro.
Sem esperar, ela aproveitou que ele gemia de dor e levantou rápido, mas quando pensou em dar um passo, sentiu uma mão segurar-lhe o tornozelo, e a puxar e ela cambaleou para trás. Tonta, a médica acabou caindo de joelhos no chão e gemeu de dor enquanto o homem erguia a mão da arma em sua direção e ela percebeu um vacilo dele enquanto tentava levantar e jogou o corpo contra o dele. No mesmo momento, a arma disparou. A Haruno ficou esperando a dor, a inconsciência, mas esta não veio. Em vez disso, ouviu um gemido de dor vindo do homem.
Quando piscou, ela percebeu que ele estava com a mão no braço enquanto a arma jazia no chão. Aproveitando a distração do homem, a Haruno levantou cambaleando até a porta e a abriu, passando por ela. A visão escurecia e voltava, vezes embaçada, vezes pouco embaçada, a cabeça pulsava desenfreada e ela começou a sentir algo quente escorrendo pela nuca, mas não havia tempo para preocupações. Tudo o que fazia era correr.
- VOLTA AQUI SUA PUTA! - ouviu o grito do homem e ao olhar para trás, viu que ele saia do quarto com a arma em punho enquanto ela corria para o final do corredor.
- NARUTO!
Gritou o primeiro nome que veio em sua mente e quando já estava chegando no final do corredor, viu o loiro surgir tão rápido quanto uma bala, com a arma em punho e em fração de segundos, ele atirou duas vezes, enquanto o corpo dela se chocava contra o dele. Sentiu um braço dele rodear-lhe a cintura enquanto ela desfalecia, muito zonza. Mais homens apareceram e tudo o que ela fez foi se agarrar ao Uzumaki enquanto ele desferia ordens que ela não conseguia compreender.
- Sakura... Sakura, olhe pra mim. - a voz dele estava preocupada e ele segurou o rosto dela com uma mão, tentando fazer ela olhar para si - Calma... Calma...
- Meu Deus! Meu Deus! Meu Deus! - balbuciava enquanto as lágrimas escorriam.
- EU QUERO ESSE FILHO DA PUTA VIVO! - ele gritou em puro ódio por cima da cabeça dela e voltou a baixar a cabeça para poder olhá-la nos olhos - Ei, ei... olhe pra mim. O que ele te fez? - guardou a arma no coldre e afagou as costas feminina com uma mão enquanto a outra a mantinha de pé. - Calma...
- Ele... eu não... dai ele... então eu... ai meu Deus! - balbuciou, enterrando o rosto contra o peito dele. O corpo da médica tinha espasmos.
- Tudo bem... calma... calma... - a apertou ainda mais contra si e sentiu algo quente em sua mão que estava nas costas dela e quando olhou para a própria mão, viu o sangue - Porra... você está ferida.
A médica recusou-se a afastar dele. Ouvia barulhos, ouvia os gritos do homem que há pouco a perseguia, mas tudo o que fazia era agarrar-se ao Capitão enquanto o corpo tremia e as lágrimas escorriam. Ouvia os protestos do loiro informando que ela precisava cuidar do machucado na cabeça, que precisava se acalmar, mas era complicado.
Tudo o que ele queria era matar o homem com as próprias mãos, e iria fazê-lo, mas no momento, precisava cuidar da médica que estava extremamente assustada. Sentindo o lado protetor falar mais algo que o lado militar, ele se abaixou e passou um braço por baixo das pernas dela, pegando-a no colo e caminhando com ela até a escada, descendo uma a uma enquanto a sentia tremer em seus braços. Com o peito apertado, ele chegou na sala principal, onde todos costumavam se reunir, colocando-a sentada em cima da mesa que costumavam usar para montar as estratégias de combate.
Ele afastou o tronco dela e a Haruno gemeu em protesto. Ele a analizou: os cabelos bagunçados, a camisa rasgada deixando o sutiã à mostra, vestindo apenas uma calcinha, no ombro havia um arranhão... O ódio só fez aumentar dentro do loiro mas ele ignorou, em vez disso, retirou o blusão camuflado e vestiu a médica, cobrindo-lhe a nudez. Carinhosamente, segurou o rosto dela entre as mãos e encostou a testa na dela, fazendo-a olhar nos seus olhos pela primeira vez.
- Ele te machucou? - perguntou baixo. Ela entendeu a pergunta dele.
- Não. - sussurrou balançando a cabeça rapidamente - Mas... meu Deus... eu fiquei com muito medo, Naruto. Meu Deus!
- Tudo bem... - sussurrou de volta, deslizando os polegares pelas bochechas dela, beijando-lhe a testa.
- Naruto? - a voz de Kiba veio de algum lugar atrás do Capitão - O que vamos fazer com ele?
O loiro fechou os olhos e respirou profundamente. Depois abriu os olhos e deu um pequeno sorriso para a médica, deu um beijo na testa dela e se afastou minimamente.
- Kiba... Cuida dela pra mim, por favor.
- Naruto! - a médica chamou, segurando-o pelo braço no mesmo instante em que ele se afastava.
- Hun... - ele virou para ela e retirou a mão feminina do seu braço com delicadeza - Não se preocupe.
Kiba meneou a cabeça e foi em direção a Haruno. Ela olhou para o moreno com medo, temor, mas ele lhe lançou um sorriso gentil e passou o braço por cima dos ombros dela, abraçando-a com cuidado. Ambos voltaram a olhar para o loiro que retirava o coldre e colocava sobre uma cadeira, depois retirou as luvas, colocando-as sobre a cadeira também, retirou o colete e colocou sobre a cadeira, ficando apenas com o coturno, calça e camiseta verde musgo. Ele estala o pescoço e olha para o homem por alguns minutos. O mesmo estava sentado em uma cadeira com a perna e braço baleado. A perna estava com dois tiros, a boca sangrava e os olhos eram um misto de ódio e medo.
- Sabe... - caminha na direção do homem de forma tranquila - Eu sempre quis ficar frente a frente com um desgraçado filho da puta como você. - para próximo ao homem e inclina o corpo na direção dele, ficando com o rosto à centímetros. A tranquilidade do Capitão era tanta que fazia os pelos da nuca de todos que assistiam a cena, arrepiar-se - Agora, meu sonho se torna realidade... e começa seu inferno.
O Uzumaki fica ereto e faz um sinal com a mão e um soldado retira a algema que mantinha as mãos do homem presas atrás do corpo. Sem esperar, o homem fica de pé e quando tenta correr, o loiro estica o pé, fazendo-o tropeçar e cair no chão, gemendo. Os risos ecoaram pela sala. Calmamente, o Capitão ficou de pé ao lado do homem e se abaixou. Ele estalou os dedos e levou uma mão aos cabelos ruivos do homem, segurando-os.
- Tá vendo aquela mulher ali? - puxou os cabelos do homem com força, fazendo-o erguer a cabeça e olhar para a Haruno, apontando para ela - É a minha mulher. - sussurrou no ouvido do homem - Pois é... Você mexeu com a mulher errada, parceiro.
- Vadia. - o ruivo murmurou com ódio. Sabia que iria morrer, então não iria adiantar muito pedir perdão ou qualquer outra coisa.
Ouviu o sorriso nasalado do loiro e depois a mão dele deixar seus cabelos. O ruivo inclinou a cabeça para o lado e viu o loiro ficar de pé, com as mãos na cintura. Ele se afastou um pouco e inclinou a cabeça para o lado, arqueando uma sobrancelha.
- Fique de pé. - esperou, mas o ruivo não se moveu - Vamos... fique de pé.
- Para quê? - murmurou.
- Não gosto de covardia. - passou uma mão pelos cabelos, impaciente - FIQUE LOGO DE PÉ, PORRA!
Relutante, o homem fez força para poder ficar de pé. Sua perna latejava, mas o local onde tinha tomado um tiro estava enfaixado. Os soldados conheciam bem o Capitão do Pelotão 28 e por isso, não iriam permitir o homem morrer de uma hemorragia. Quando estava de pé, ele ofegou e olhou nos olhos do loiro que arqueou as sobrancelhas.
Eles ficaram frente a frente, olho no olho por longos segundos, até que tudo aconteceu muito rápido. Como um felino, o Uzumaki desferiu o primeiro soco no homem que tentou revidar, mas teve o braço segurado e torcido. Um gemido de dor ecoou pelo local no mesmo instante em que o loiro deu uma rasteira no ruivo e quando o outro caiu, o Capitão começou a chutá-lo com violência e raiva.
O barulho abafado dos chutes arrepiavam os pelos da médica que estava estasiada diante do que via, mas os soldados e até mesmo Kiba, pareciam não se importarem. O homem se arrastou pelo chão a fim de se afastar do Capitão Uzumaki, mas o loiro segurou o homem pela perna, puxando-o de volta para junto de si e o chutou novamente. Entediado, o Uzumaki girou o homem no chão e sentou em cima dele, o abdome e então começou uma sessão de socos.
- DESGRAÇADO! - soco - FILHO DA PUTA! - soco - COVARDE! - soco. Naruto segurou o homem pelo colarinho e ele se debateu, tentando sair ou até mesmo revidar, mas já estava muito machucado. Puxando-o até próximo ao rosto, o loiro trincou os dentes com ódio. O loiro ficou de pé e segurou o homem pelo colarinho novamente, erguendo-o do chão. O homem se debateu, mas já estava sem forças. O Uzumaki o jogou contra uns destroços de concreto e o homem gritou de dor. - EU VOU FODER COM VOCÊ SEU DESGRAÇADO FILHO DA PUTA! - gritou enquanto caminhava na direção do homem e o segurava pelo colarinho novamente, levantando-o e o jogando contra o concreto novamente. - E você vai implorar pela morte. - sussurrou e abriu um sorriso sombrio. Ele ergueu a mão para desferir mais um soco.
- Naruto... - a médica sussurrou com os olhos esbugalhados.
O loiro parou com a mão no ar e olhou para o lado. Seus olhos azuis estavam escuros e estreitos, o punho com sangue, a roupa manchada, ofegante, descabelado. Tudo nele exalava ódio. Ela sentiu o peito apertar diante daquilo. Não queria que ele estivesse daquele jeito. Os olhos azuis foram dela para Kiba e ele estreitou os olhos ainda mais.
- Tire ela daqui. - murmurou.
- Pra…
- Não! - balançou a cabeça rápido - Naruto…
Com um grunhido, o loiro levanta rápido, segura na parte de trás do colarinho do homem e o arrasta pela sala. O homem solta um gemido baixo de dor, mas o loiro ignora. Ele apenas continua arrastando o homem, passa pela médica, passa por Kiba e depois pela soleira da porta. A médica vira a tempo de vê o homem sendo puxado com brusquidão até que some de sua visão. Alguns segundos se passaram até que ela escutou um barulho alto de algo quebrando e então um gemido forte. Depois mais um baque e então ela leva as mãos à boca, horrorizada. Kiba vira e a abraça, escondendo o rosto dela em seu peito.
- Ele vai matá-lo. - sussurra contra o peito do Capitão que afagava suas costas.
- Não tão cedo. - respira fundo - O Naruto não daria essa colher de chá... - os segundos se arrastaram enquanto todos ouviam os barulhos do homem sendo torturado - Você está com pena dele?
A voz do Capitão sai baixa, como se vacilasse diante da resposta que ela poderia dar.
Estava com pena? Aquele homem havia tentado estuprá-la, certamente já o tinha feito outras vezes mediante a frieza a qual ele demonstrava. Ele a havia machucado, queria machucá-la ainda mais. Tinha atacado a base onde soldados feridos estavam... e ele não mostrava arrependimento em nada... Ela estava com pena?
- Não. - respondeu com segurança, fechando os olhos, sentindo pela primeira vez a frieza da guerra.
- Tá vendo aquela mulher ali? - puxou os cabelos do homem com força, fazendo-o erguer a cabeça e olhar para a Haruno, apontando para ela - É a minha mulher. - sussurrou no ouvido do homem - Pois é... Você mexeu com a mulher errada, parceiro.
ResponderExcluirMorri...
Eu quero um desse pra mim😍😍😍😍😍
Autora Chan vc é foda
Eu amo de paixão todas as suas fics sério vc é demais
SANGUUEEEEEEEEE 🍿😍
ResponderExcluirMUITOOOOO SANGUEEEEEEEE 🍿😍
CARACAAAAAAAAA q capítulo foi esse 🍿😍
Amei ❤️🍿😍
Ansiosa pelo proxpró capítulo 🍿😍
Cm mais sangue por favor 💁
Alguma previsão de quando será a próxima atualização?
ResponderExcluirPoxa,desistiu da história???
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