Pub - Drink 24




~ No Capítulo Anterior ~


- Kurenai!? - parou na soleira da porta vendo-a descruzar as penas de forma lenta enquanto levantava. Ela deu um pequeno sorriso de canto enquanto caminhava na direção dele como uma felina. Parou a pouco mais de meio metro erguendo uma sobrancelha.



- Olá, Madara.




~Agora ~



Os olhos negros ficaram na mulher por um tempo enquanto ele tentava compreender o que a mesma fazia ali. A forma como ela olhava para ele deixava claro que o assunto era sério, bem como deixava claro que ela não sairia dali sem resolver seja lá o que fosse. O Uchiha entrou na sala e fechou a porta as costas enquanto colocava a pasta sobre uma mesinha que havia próximo. Enquanto fazia tudo, os olhos dele estavam nos olhos dela.



- O que... ?- franziu o cenho.



- Bom... - respirou fundo erguendo as sobrancelhas - Primeiro, vim saber como você está. Segundo, acho que precisamos conversar.



- Estou bem e você? - indicou o sofá e ela sentou. Ele puxou uma cadeira e sentou em frente a ela.



- Bem, obrigada. - cruzou as pernas fazendo a fenda se destacar ainda mais. A mulher passou a língua entre os lábios percebendo que algo nele estava diferente.



- Sobre o que deseja conversar? - ajustou a gravata percebendo o olhar analítico dela sobre si. Kurenai não era do tipo de mulher que deixava um detalhe passar. Ela sempre fora minuciosa e não seria diferente naquele momento.



- Mi and you. - com um gesto de mãoela indicou a ambos.



- Continue. - encostou as costas na cadeira.



- Acho que precisamos expor algumas coisas, Madara. A forma como terminamos foi no minimoapressada. Estávamos alterados, nervosos...



- Hun... - passou a língua entre os lábios e olhou para o lado, depois voltou a olhar para ela - Quem fez a tempestade num copo d'água?



- Ai, Madara. Você sabe que sempre fui assim... Impulsiva. - passa uma mão pela saia, ajeitando algo que nem sequer havia saído do lugar - Estava nervosa, de TPM, com um desfile se aproximando...



- E descarrega em mim!? - levantapassando uma mão na boca.



- Foi uma explosão! - levanta também.



- Me chamando de insuficiente!? - vira pra ela com certa raiva.



- Um erro. - caminha na direção dele e apoia as mãos no peitoral masculino enquanto ergue a cabeça para poder olhá-lo nos olhos - Você é um homem fabuloso. Sabe disso.



- Sei? - franzi o cenho olhando para as mãos dela em seu peito - Não sei se isso estava claro.



- Claro que estava, meu bem. - deu um pequeno sorriso enquanto arranhava de forma sorrateira o peito dele por cima do paletó de corte reto - Você sabe o homem que é, Madara. 



- Não sei. - ergueu os olhos para ela - Não acho que o que te dava era suficiente.



- Claro que era. E ainda é! - colou o corpo ao dele e deu um sorriso de canto enquanto deslizava as mãos para os ombros dele - Você sabe como me satisfazer.



Ele ficou olhando para ela por um tempo. Os olhos da mulher brilhavam, a boca vermelha exibia um sorriso charmoso, os cabelos castanhos estavam presos de um jeito elegante. As unhas perfeitas dela arranjavam a pele dele mesmo ela estado protegida. Kurenai era uma mulher que deixava qualquer homem desestruturado, mas ali estava ele, firme, forte, inabalável, como se suas estruturas tivessem sido reforçadas e ele fosse vacinado contra todo o charme dela.



- Sinto muito, Kurenai. - com um suspiro ele segurou ela pelos pulsos, afastando as mãos de si e caminhou pela sala, afastando-se dela - Mas acho que nunca te satisfiz de verdade.



- Como não!? - a voz feminina saiu aguda.



- Não acho que te dei tudo o que tinha e a oportunidade passou. - deu a volta na mesa e sentou apoiando as mãos no tampo de vidro.



- Eu não estou te entendendo, Madara Uchiha. - parou em frente a mesa colocando uma mão sobre o tampo - O que aconteceu com você? - balançou a cabeça.



- Nada. - franziu o cenho.



- Você esta diferente...



- Apenas quero trabalhar, Kurenai. Esse aqui não é o lugar para tratar de nosso ex relacionamento fatídico.



- Fatídico!? - esbugalha os olhos dando dois passos para trás - Te cansa me ter ao seu lado?



- Não, Kurenai. - suspira - Apenas me cansa assistir a mesma novela todos os dias.



- Aconteceu algo sim. - estreita os olhos - Você não é assim, Madara.



- Que seja, Kurenai, mas quero trabalhar. - olha para os papeis na mesa e volta a olhar para ela - Estou bem demais para me estressar com nosso ex relacionamento agora.


- Hun... - ela inclinou a cabeça analisando-o e depois ergueu uma sobrancelha - Por onde você andou?


- Perdão? - olhou brevemente para ela, voltando os olhos para os papeis.


- Onde passou a noite? - foi direta.


- Na cama, Kurenai. - resmungou.


- Na cama de quem? - mais uma vez foi direta. Não era dada a enrolação. Nunca foi.


- O que está insinuando, Kurenai? - deixou os papeis e olhou para ela com os olhos estreitos.


- Apenas perguntando. - estreita os olhos também - Você está transando com alguém. - chegou a conclusão.


- Não sei do que está falando...


- Está sim! - deu um tapa na mesa e na mesma hora ele estreitou os olhos ainda mais para ela. Odiava quando a ex dava aqueles showzinhos - Você está saindo com alguma vagabunda! Eu sabia! Sabia!


- Kurenai... - alertou em um tom baixo e lento - Controle suas palavras.


- E não é!? - voltou a caminhar pela sala - Por favor, Madara. Me trocando por uma...


- Basta! - deu um tapa na mesa também e levantou - Eu acho melhor você ir embora, Kurenai. Não vou permitir ofensas.


- E já esta defendendo a putinha. - abriu a boca.


- Da mesma forma que lhe defendo. - inclinou o corpo na direção dela. Sua voz era baixa e lenta, algo controlado e calculado - E acho bom você parar de falar agora mesmo e se retirar. Não aceitarei ofensas de você nem de ninguém. - inclinou a cabeça para o lado - Não há "Putinha" nenhuma. Não sou desse tipo de homem. Agora é melhor você se retirar da minha sala, porque eu realmente não vou manter a calma por muito tempo.


- Você está me ameaçando? - estava abismada. Não conhecia aquele homem.


- Estou tentando manter o respeito com você, apenas por causa dos anos que passamos juntos, mas se você insistir em ser desagradável, devo dizer que também serei.


- Isso... Você... Não é o homem por quem me apaixonei. - sussurrou.



- Não... Não sou. Agora que constatou isso, acho melhor você sair e me deixar trabalhar. - apontou para a porta.



A modelo ficou olhando para o Magnata com a boca aberta. Cadê aquele homem dedicado, submisso, que fazia seus gostos e tolerava seus chiliques? Definitivamente, ele estava se envolvendo com alguém. Isso era um fato que não dava pra negar, mas não ia deixar barato. Ela era Kurenai Yuhi, modelo brasileira extremamente famosa, atual Miss Brasil e candidata preferida para levar o Miss Universo. Ela possuía uma bela coroa, uma faixa de rainha e também a beleza e conta bancária digna de uma diva. 


Não seria qualquer uma que chegaria e levaria seu homem, seu Magnata embora.


Ela havia trabalhado duro para conquistar tudo o que conquistou.


Empinando o queixo, a mulher meneou a cabeça de forma positiva enquanto caminhava até o sofá e pegava a bolsinha de lado que havia levado consigo, colocou-a sobre o ombro, caminhou até a mesa novamente parando em frente ao Uchiha que a olhava nos olhos o tempo todo. Com um arquear de sobrancelhas e um sorriso de canto, ela inclinou brevemente o corpo.


- Tudo bem, meu bem. - deslizou os dedos pelo tampo de vidro até tocar no punho do paletó dele e brincou com o botão - Só não esqueça que minha generosidade tem limite e prazo de validade.


- O que quer dizer com isso, Kurenai? - murmurou olhando para os dedos dela que brincavam no punho da camisa e depois voltando os olhos para ela.


- Nada, meu bem. - dá uma piscadela para ele e de forma charmosa dá as costas, caminhando pela sala balançando os quadris até que sai por completo, fechando a porta às costas.


Enquanto caminhava pelo local, mantinha a cabeça erguida enquanto as pessoas a olhavam. Mei meneou a cabeça com um pequeno sorriso que foi correspondido pela rainha. Chamou o elevador e quando o mesmo chegou, entrou e apertou o botão do estacionamento garagem. Foi só as portas do elevador fecharem que ela abriu a bolsa e tirou de lá o celular, desbloqueou o mesmo e discou um número já conhecido. O telefone chamou três vezes e a voz de sua assistente pessoal soou através do aparelho.


- Shizune.


- Dear. - virou olhando o próprio reflexo no espelho, com o indicador, ajeitou no canto da boca o batom que ameaçava sair do contexto - Preciso de seus serviços.


- À disposição, Kurenai. - sempre atenta, Shizune trabalhava há bastante tempo com a modelo para saber quando deveria ou não ir de encontro com as ideias dela.


- Preciso para ontem que você descubra quem é a putinha que o Madara anda saindo. - olhou nos próprios olhos e ergueu uma sobrancelha.


- Ele assumiu? - a voz da assistente saiu surpresa.


- Claro que não, baby. O Madara tem amor a vida dele. - virou quando as portas do elevador abriram e com a destreza de uma tigresa, ela caminhou sob os saltos agulhas na direção do carro - Mas ele não me engana. O Madara está dormindo com alguém e eu preciso deixar umas coisas claras para essa substituta.


- O que você pretende, Kurenai? - perguntou com cautela.


- Nothing, Baby. - parou ao lado do carro, pegando na bolsa as chaves e desativando o alarme - Só quero deixar claro para essazinha que The Queen ainda está na área. - abriu a porta do carro e entrou, jogando a bolsinha no banco do carona, fechou a porta e colocou a chave na ignição.


- Não mate a talzinha, Kurenai.


- Não vou matar, Dear. - baixou o porta luvas e pegou os óculos de sol, colocando no rosto - Só quero deixar claro quem é a Rainha. - com um sorriso de canto ela ligou o carro - Essa é uma missão nível máster, Shizune. Conto com você.


- Considere feito.


- Beijos, Dear.


Desligou o celular e colocou sobre o banco do carona, dando partida. Não era do tipo malvada... tá talvez fosse, mas só algumas vezes... com pouca frequência... com um pouquinho mais de frequência talvez... mas ainda assim, uma Rainha era Rainha e nenhuma plebeia ia montar em seu Rei sem ser avisada dos riscos de vida. Estava na hora de fazer uma limpeza no reino. Havia muita boba da corte se sentindo a princesa.







Comentários

  1. Eu amo,amo,amo,amo essa fic, para mim é a sua melhor história, não achei ela no Spirit, e me obriguei a comentar aqui. Amo voce

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  2. Uiuiui adorando The Queen 😍
    Caracaaaaa tô cm medo de torcer pela Kure 🙊

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