Pub - Drink 8

Olhava para o teto com preguiça. Hoje era definitivamente um dia que ela queria ficar deitava sem fazer nada. Estava cansada, havia dormido mal, teria que editar as fotos tiradas no final de semana, depois teria que ir para o curso e depois para o pub. Com preguiça, levantou da cama e todos os pelos do corpo se eriçaram por conta do chão gélido. Seguiu até a janela enquanto coçava a nádega, abriu as cortinas, abriu a janela e quando a brisa da manhã bateu contra o rosto, um sorriso involuntário surgiu nos lábios femininos.


- Bom dia, mundo! - se espreguiçou e fechou os olhos sentindo o calor dos raios de sol tocarem-lhe as bochechas rosadas.


Sentindo-se animada, correu para o banheiro quase que na ponta dos pés, despiu-se rápido, ligou o chuveiro e se jogou em baixo da água... Só não estava pronta para aquela água tão fria.


- AAAAAAH... ÁGUA FRIA DA PORRA! - saltitou debaixo d'água para aquecer o corpo, por isso, o banho foi rápido.


Se enrolou no roupão de girafa que adorava e seguiu até a cozinha para preparar um café forte. O tomou enquanto assistia televisão e assim que terminou, ligou o notebook e começou a trabalhar nas fotos. Um ajuste de luz aqui, um ajuste de ângulo aculá... Pouco a pouco as fotos iam ganhando seus retoques finais, e em algum momento naquele ato de retocar, ela se pegou parada, olhando para a imagem do casal que estavam frente à frente, olho no olho. Era nítido naquela foto o amor entre eles, a cumplicidade, o brilho no olhar... E pela primeira vez ela sentiu uma pontadinha no coração.


Começou a se perguntar como seria ter alguém daquele jeito. Alguém para compartilhar seus medos, suas vitórias e derrotas, alguém para quem voltar no final do dia... Porque por mais que já tivesse tido alguém, nunca foi como aquele casal. Algo que fazia a pupila dilatar, as mãos suarem, o coração pulsar apenas em saber que está chegando. Inconscientemente, vagueou o olhar pela sala do pequeno apartamento onde morava, e o sentiu vazio. Engoliu seco por nunca ter sentido aquilo antes, por nunca ter sentido-se realmente protegida. Na mesma hora, lembrou das amigas, do modo como a Ino olhava para o Gaara, de como a Tenten olhava para o Neji.


- Aaaargh! - fechou os olhos com força e balançou a cabeça rápido, tentando afastar aqueles pensamentos.


Era uma mulher independente, não precisava desse tipo de coisa, não precisava de homens para ser completa. A matemática era simples: ela + homem = problemas. E bem, ela já tinha problemas demais na vida para adquirir mais um. Salvou todo o trabalho que havia feito até aquele momento e revolveu ir dar uma volta pela cidade antes de ir para a aula. Com isso em mente, vestiu uma calça jeans, uma regata, um tênis, prendeu os cabelos em uma trança, pegou uma bolsinha e saiu do apartamento animada. Enquanto descia as escadas, sentiu o celular vibrar na bolsa e acabou sorrindo quando viu que era a amiga.



                                                      

  

Oh God!


O Velhote Magya era Magya mesmo! Acabou suspirando para todo aquele corpo trabalhado na gostosura. Sorrindo, saiu do pequeno prédio onde morava. Não precisou andar muito para começar a se maravilhar com as coisas que encontrava pelo caminho. E quando já estava indo para o curso, viu algo que lhe chamou muito a atenção: Uma lente ultra nova, de alta tecnologia, que ha muito tempo desejava e que estava em promoção. Seu peito vibrou em felicidade, pois, finalmente iria comprar. Quando deu o primeiro passo para dentro da loja, ouviu o celular tocar e ao tirá-lo da bolsa, viu um número que conhecia muito bem. Sentiu um pequeno tremor nas mãos e quando atendeu, todo o mundo pareceu paralisar.


- Alô?


- Senhorita Haruno, aqui é da Clinica NeuroLife, gostaríamos que a Senhorita comparecesse aqui...


- - 

- Sabe o que eu acho?

- Não quero saber. - resmungou.

- Vou falar mesmo assim. - Ino deu de ombros - Acho que você deve tirar essa cara de morta. - a amiga tentou animá-la - Nem tudo está perdido Sasa.

- Hun... - resmungou enquanto limpava as mesas.

- Falo sério, tipo... Você ainda é nova sabe? Tem coisas que acontecem para nos fortalecer.

- Olha, vou virar o Hulk. - usou uma falsa animação.

- Tô falando sério, sua idiota. - joga a flanela na amiga - Acho que você precisa arrumar um bofe...

- Nem vem, Ino... - pegou a flanela e colocou sobre a mesa.

- Acho que até sei quem é. - mordisca o lábio inferior.

- Não... Não... Não... - balançou a cabeça vendo a outra caminhar toda pomposa em sua direção.

- Sakura Haruno! O boy delícia tá solteiro!!! Em nome de Nossa Senhora Santa Casamenteira, dessa vez você desencalha! - se jogou em cima da amiga abraçando-a.

 - Ino… ei… pera... você sabe que Nossa Senhora não é a santa casamenteira, não é? - fez careta por estar sendo apertada. - Em nome de Odin, cuidado para quem você faz pedido porque depois tá devendo ao santo errado e isso pode dar problema.

 - Sasa, presta atenção. - segurou a amiga pelos ombros olhando-a nos olhos - Seja lá quem for o santo, tenho certeza que ele vai me ajudar. Tenho fé!

 - Desde quando você virou devota? - franziu o cenho inclinando o corpo para trás.

 - Mandinga. Simpatia. Mapa astral. Tarô, búzio, Mãe Ohana… tudo isso já fiz para te ajudar, mas não tive resultado. - bufa frustrada - Agora vou partir para as promessas… - se afasta da amiga indo para o bar enquanto grita - OOOOOH TEMARI, QUAL O SANTO DAS CAUSAS IMPOSSÍVEIS, HEIN?

- QUÊ!? - a loira aparece na porta da cozinha - Quem, mulher?


- Como se chama o Santo das Causas Impossíveis? - pegou um copo e colocou sobre o balcão - Quero fazer pedidos para desencalhar a Sakura. - indicou a amiga como se aquilo não fosse nada demais.


- Aaaah! - se inclinou sobre o balcão - Eeee minha filha, então vamos fazer isso juntas, porque pra essa ai a reza tem que ser forte!


- EI! - gritou indo em direção as duas - Não estou encalhada!


- Tá sim! - as duas loiras respondem.


- Aaaaargh! - joga as mãos pra cima desistindo.


Não adiantava, quando aquelas duas botavam alguma coisa na cabeça, era melhor desistir, porque elas nunca desistiam. Com isso, preferiu apenas ficar limpando a mesa enquanto ouvia a batida de uma música qualquer ao fundo. O pub ainda estava vazio, e preferia que ele permanecesse assim, ao menos por hoje. Já estava com a cabeça cheia demais. Tudo o que precisava pensar era em como iria arrumar mais dinheiro e tempo, mas bem, se tem uma coisa que não espera por ninguém é  tal da doença.















Notas Finais:

Roupão de Sakura: