Pub - Drink 7
Obs: O capítulo possui música, para ouvi-la é só clicar no nome dela quando a mesma aparecer.
Enquanto ouvia a música de fundo, cantarolava animada, dramatizando. Estava empenhada em enxugar os talheres. Recebia sorriso dos cozinheiros e a música entrava abafada por conta das portas da cozinha. Hoje era a vez dela ficar atendendo as mesas, mas como o movimento estava fraco, decidiu ajudar na cozinha.
Whitney Houston - I Have Nothing
Estava tão entretida no que fazia que nem percebeu quando a porta abriu e fechou, só se deu conta de que alguém havia entrado quando uma mão pequena segurou-lhe pela cintura e ela deu um pequeno pulinho, vendo Ino ao seu lado. Arqueou as sobrancelhas no momento em que a amiga se inclinava para falar algo em seu ouvido.
- Seu cliente chegou. - sussurrou.
- Meu? - olhou com o cenho franzido.
- Uhum. O bonitão. Tá com cara de defunto. - fez careta.
- Eu falei que ele era cheio de problemas. - sorriu - Mas hoje é seu dia de atender no balcão e eu atendo as mesas.
- Eu sei. Por isso falei pra ele ir para uma mesa. - sorriu marota - A mesa 9.
- Ai Ino... - suspirou.
A amiga não tinha jeito. Revirando os olhos, a Haruno secou as mãos num paninho e seguiu para fora da cozinha. Alí a música estava mais alta, a luz mais baixa e ao olhar para o canto esquerdo, viu a silhueta do homem alto. Ele estava com as mãos cruzadas em minha da mesa, a cabeça baixa e parecia olhar para as mãos. Parecia depressivo. Ela pegou um bloquinho de notas, uma caneta, deu a volta no balcão e seguiu na direção do mesmo. Quando chegou ao lado da mesa, percebeu que ele estava pior do que parecia. Com um pigarreio, a garçonete deu um pequeno sorriso.
- Iaê da deprê. - apoiou o quadril na mesa. Ele levantou a cabeça lentamente e ela viu que os olhos negros estavam opacos - Iiiih... Que cara de morto é essa?
- Nada - murmurou e voltou a olhar para as mãos.
- "Nada" uma ova! - deu a volta e sentou na cadeira em frente à ele - Nem defunto na missa de sétimo dia tem uma aparência tão ruim como a que você tá agora. - cutucou uma das mãos dele com a caneta - Desembucha.
- Não é nada, menina. - suspirou - Apenas...
- Problemas que eu não vou poder resolver. Já sei disso. - revirou os olhos - Mas ao menos posso ouvir você se lamentar, te ajudar a encher a cara e ainda por cima ganhar uma gorjeta por isso.
- Você é tão sincera que chega a assustar. - a olhou com o cenho franzido.
- É... faz parte do meu charme. - pisca brincalhona, depois fica séria - Desembucha vai.
Ele voltou a olhar para as mãos. O que estava fazendo ali? Porque havia ido para aquele lugar sem nem saber como tinha chegado? Como havia dirigido por quilômetros e nem ter percebido? E porque estar com ela diante de sí parecia feri-lo ainda mais? A voz da Kurenai voltou como uma bala em sua cabeça " prostituta de boteco". Seu estomago girou com força e sua cabeça latejou. Definitivamente, aquela menina não merecia ser chamada daquele jeito, e só porque estava se corroendo de culpa, resolveu conversar com ela.
- Meu noivado... acabou. - murmurou.
Silêncio...
Silêncio...
- Ai porra. - murmurou soltando a caneta e o bloquinho de notas sobre a mesa - Ai caralho.
- É... eu sei. - sussurrou jogando a cabeça para trás e fechando os olhos - Acho que é exatamente isso ai.
- Tipo... caralho...- ela não sabia o que dizer. Não esperava que fosse algo do tipo e por isso, levou alguns minutos para poder voltar a realidade - Tá... Pera aê... Me conta isso direito.
- Só... - suspirou ainda com os olhos fechados - Não sou o suficiente.
- Como é? - inclinou o corpo na direção dele - Para de falar por enigmas que eu sou de humanas. Seja direto porque somar 2+2 nesse momento não é uma boa coisa para mim.
Sem querer, ele acabou dando um sorriso nasalado. Aquela menina era muito doida. Ele abriu os olhos sentindo o "astral" ficar mais leve e olhou nos olhos verdes que estavam curiosos e intrigados. Se estavam conversando, era melhor que falasse logo tudo.
- Ela disse que eu não era homem suficiente para ela. - respirou fundo.
- Quêêêê??? - inclinou o corpo para trás, surpresa - Tá de putaria com a minha cara, né? - o olhou de cima à baixo. Que não era homem oque? Aquilo tudo alí era homem até demais.
- Resumindo, fui até o apartamento ajudá-la com algumas escolhas de aniversário, ela não gostou porque eu não sabia a diferença entre bordô e vinho... Acabamos nos desentendendo, ela falou sobre minha vinda ontem no pub e depois disse que eu não era homem suficiente para ela.
- Vixe... - encostou as costas na cadeira e ficou olhando para o homem à sua frente.
Ele parecia meio perdido, meio arrasado, como se não fosse ele mesmo. O modo como o mesmo a olhava parecia que ele estava pedindo ajuda, mas ela não sabia como ajudar. Só sabia dizer " que merda", porque era tudo o que vinha em sua mente. A Haruno mordiscou o lábio inferior pensando no que falar, mas não conseguia. Não conseguia pensar em algo que não o deixasse mal, mas ela precisava saber. Se ele estava alí, era porque queria a verdade. Respirando fundo, ela decidiu que iria fazer o que vinha em sua mente, pedindo para que ele não ficasse mais magoado.
- E... você foi homem suficiente para ela?
- Bem... - olhou para as mãos novamente. Era tão estranho não ter o peso da aliança alí - Eu não sei...
- Iiiiiiiiih, cara... - deu um tapinha na mesa - Se você não sabe, significa que a resposta é "não".
- Pois é... - murmurou e inclinou a cabeça para frente, suspirando - Acho que no fim das contas, ela estava certa.
- Olha só, eu acho que antes de ficar ai se lamentando, você deve pensar bem se foi ou não. Talvez tenha sido algo bobo, sabe? - tentou ajudá-lo - Pensa direito, não fica ai se lamentando não.
- Como não? - olhou para ela confuso.
- Sinceramente, você sendo homem ou não, a culpa não é 100% sua, afinal, você estava com ela ha...
- Cinco anos.
- Isso! Cinco anos. - estalou os dedos e ele sentou reto na cadeira - Se ela deixou as coisas chegarem nesse ponto foi poque quis, porque na boa, se um cara começasse a deixar de dar no coro comigo, eu mandava logo a real antes de estragar tudo.
- Espera ai. - franziu o cenho ficando com uma postura invejável. A garota estava duvidando de sua masculinidade? - Quem aqui citou "deixar de dar no coro"?
- Ué, você. Afinal, "não ser homem suficiente" tem que ignificar isso, não é? - arqueou uma sobrancelha.
- Não! - balançou a cabeça - Nunca faltei com "minhas obrigações".
- Qual é cara, eu entendo... a idade chega para todo mundo, mas olha... - segurou no braço dele de forma solidária - Existem alguns remédios...
- Pode ir parando, menina! - puxou o braço e balançou a cabeça - Eu não preciso de remédios e, certamente, "não ser homem suficiente" não tem nada a ver com sexo, tá legal? - ele estava ficando bravo - Disso ela não pode reclamar.
- Agora você vai me dizer que é tipo um Kid Bengala! - cruzou os braços com ironia. - Qual é, todo mundo broxa uma vez na vida.
- Eu... - soltou um rosnado enquanto jogava a cabeça para trás - Eu não broxo, entendeu? - a olha sério.
- Uhum... - tentou ficar séria, mas o sorriso que desenhava os lábios femininos deixava o Uchiha irritado.
- Você acredita se quiser! - pegou a carteira, abriu a mesma, tirou uma nota de dinheiro e colocou sobre a mesa - Me vê uma bebida.
- Qual? - ainda sorrindo, ela pegou o dinheiro.
- Qualquer uma. - gesticulou com a mão.
- Tá...
A garota levantou e seguiu para o balcão enquanto o Uchiha fechava os olhos e respirava. Só podia estar ficando doido, havia ido alí para relaxar, mas estava ficando mais estressado. Em poucos minutos, a garota voltou com uma bandeja e sobre ela, uma bebida de cor azul. Ele franziu o cenho quando ela colocou o copo em frente à ele e sentou novamente.
- Saindo uma azulsinha. - zombou.
- O que é isso? - deu um gole sentindo o líquido descer queimando pela garganta. Apesar da cor inocente, o líquido queimava como fogo.
- Céu do inferno. - deu de ombros enquanto se ajeitava na cadeira - Mas fala ai, se o problema não era você dar no couro, qual é então?
- Eu não sei. - suspirou
- Hun... - apoiou os cotovelos na mesa e apoiou o queixo nas mãos, olhando-o - Então você precisa pensar bem para saber se o problema era mesmo você.
- É... Mas não é só isso. - olhou para a bebida entre as mãos.
- O que, então? - colocou os pés em cima da cadeira, enquanto o olhava.
- Ela acha que eu a estou traindo.
- Eita. - arqueou as sobrancelhas - E... você tá?
- Não. - franziu o cenho olhando-a - Desde que comecei com ela, nunca olhei para outra.
- Jura? - ela estava surpresa.
- Não tenho porque mentir para você. - virou a bebida de uma vez só.
- E agora você vai convencê-la de que não é assim e vai tentar voltar para ela. - tentou adivinhar.
- Não... - suspirou - Não acho que seja o ideal para se fazer... Ela não sabe compreender meu lado.
- Ah... Olha, na boa, manda essa mulher ir para a puta que pariu, enche a cara, vai curtir a vida. Você é velho, mas não é tãããão velho, entende? - se ajoelhou na cadeira e inclinou o corpo por cima da mesa para poder olhá-lo profundamente nos olhos - Foram cinco anos, então vai curtir a vida, beijar muito, vai pra balada... Deve ter alguma balada que aceitam idosos, sei lá! - deu um tapa na mesa e depois aponta para ele com determinação - Levanta essa bunda da cadeira e vai viver, homem!
- O... que... - pisca atordoado enquanto inclina o corpo para trás, olhando-a assustado. Ela estava reclamando com ele?
- "O que" nada! Para de ficar ai sofrendo. O mundo é grande, com várias pessoas... - segura ele pela gravata e o puxa para junto de sí, ficando a um palmo de distância enquanto o olhava como se fosse uma mãe dando uma bronca no filho - Existem pessoas com problemas de verdade. Pessoas com doenças incuráveis, com situações financeiras terríveis, pessoas que estão enterrando entes queridos e você tá ai se lamentando por alguém que não tá nem ai pra você!? - enrolou a mão na gravata enquanto ele mantinha a boca aberta, espantado- Engole o choro!
- T-tá... - sussurrou engolindo seco.
- Muito bem! - soltou a gravata dele e sentou na cadeira como se nada tivesse acontecido. Passou as mãos nos cabelos, ajeitando-os - Agora fala ai, fora esse relacionamento fodido, o que teve de bom por hoje?
- Ah... - ele continuava atordoado, por isso, piscou várias vezes enquanto pigarreava e ajeitava a gravata - Eu... Consegui aprovação para um projeto. - murmurou ainda sem entender porque havia deixado ela falar consigo daquele jeito.
- Que legal! - bateu na mesa animada - Quer dizer... é legal, né?
- Muito. - suspirou e acabou dando um sorriso de canto, porque sim, era muito legal.
- Tá, me conta mais sobre isso ai.
- Bem... - olhou para o copo depois para a garota - Verifiquei que estamos com bastante lucro e estoque. Nosso centro de custo anda equilibrado, e temos disponibilidade de terreno em...
- Pera. - ergueu as mãos pedindo-o para parar - Você tá falando em códigos novamente e eu sou de humanas.
- Desculpe. - sorri balançando a cabeça - Deixe-me pensar... - coça a barba - Hun... Certo. Resumindo: Estamos com dinheiro no caixa, estamos com material no estoque, temos mão de obra, local disponível e tempo. Então sugeri a abertura de uma nova franquia.
- Aaaaah... - inclina o corpo para trás sorrindo - Agora entendi. E ai, foi aprovado...
- Sim. - empurra o copo vazio para o lado - Dei minha palavra de que se não desse certo, pediria demissão.
- Caralho! - inclina o corpo para frente, apoiando os cotovelos na mesa e o queixo nas mãos, curiosa e entusiasmada, piscando várias vezes - E ai? Vai dar ?
- Claro que vai. - cruza os braços encostando as costas no encosto da cadeira de forma relaxada - Estudei muito sobre a possibilidade de dar errado. Claro que há chances, mas são mínimas. - gesticulou - Sem falar que podemos reverter caso algo dê errado.
- Então você só colocou seu trabalho em risco porque sabia que daria certo... - deu uma piscadela marota - Filho da mãe esperto você hein.
- Acho que sim. - sorri olhando ao redor e depois olhando para ela - Sem falar que isso dando certo, vou ficar mais tranquilo com algumas coisas, porque uma parte da produção vai para ela.
- Deixa vê se entendi: Você está tirando o seu da reta. É isso? - franziu o cenho.
- Estou tirando 25% da reta. - ele leva as mãos à gravata, retirando-a e colocando-a sobre a mesa e desabotoa o primeiro botão da camisa social que ficava no pescoço - Esses 25% vão ficar sob os cuidados do meu sobrinho mais novo, os outros 25% já estão com meu sobrinho mais velho e os outros 50% vão ficar sob meus cuidados.
- Então, 25% já estão sob os cuidados do seu sobrinho mais velho... - continua olhando-o curiosa.
- Sim. Ele já cuida de uma parte, e isso é muito bom... Ambos tem capacidade. - puxa as mangas da camisa social mais para cima. Estava tão empolgado que nem percebeu as ações que fazia. - Então não vejo motivos para ficar com toda a responsabilidade só para mim. Entregando outros 25%, vou ter mais tempo para criar projetos novos, coisa que não tenho ha muito tempo.
- Foda! Muito foda! - abre um sorriso enorme - E claro, você também vai aproveitar para descansar, não é? Porque tipo, você ta com cara de defunto, tô falando sério.
- Talvez eu tire. - sorri. Estava relaxado, nem lembrava mais da dor de cabeça ou do relacionamento recém acabado - Mas não agora... a franquia vai ser em outra cidade, então vou ter que ir para lá, ao menos no inicio.
- Vixe! - faz careta.
- Pois é, mas amo o que faço então vai ser como tirar férias.
- Aaaaah não. Nem vem.
- Sakura!? - ouviu alguem chamar e quando olhou para trás viu o Gaara acenando .
- Já vou! - fez sinal com a mão e olhou para o moreno com um bico, estava realmente empolgada com a conversa - Foi mal, da deprê, mas o dever me chama.
- Tudo bem. - sorriu minimamente - Acho que está na minha hora de ir também... - olhou para o relógio no pulso - Amanhã começo o projeto, então...
- Hun... Boa sorte então. - sorrindo, levantou vendo-o levantar também .
- Obrigado. - pegou a gravata e guardou no bolso da calca social.
- Não agradeça... - dá de ombros enquanto caminhavam lado a lado até próximo a entrada do Pub - Gosto de ouvir as histórias alheias.
- Você é bem curiosa, menina.
- Todos dizem isso. - da de ombros novamente enquanto suspira - Mas faz parte do meu charme... Enfim... Até mais. - segue na direção do balcão.
- Hun... Até... - ele acena com a cabeça e segue até a entrada do Pub, até que lembra de algo, então vira rápido - Menina?
- Oi? - vira quando ele lhe chama.
- Qual sua idade?
- Que deselegante. - estreita os olhos.
- Como se você se importasse com isso...
Não. Ela não se importava, por isso, abriu um sorriso enorme enquanto caminhava de costas e levava os bracos para trás do corpo, juntando as mãos ali.
- 22.
Ele meneia a cabeca e ela da um "tchau" com uma mão. Ele segue para fora do Pub e ela segue até o chefe... Ao chegar no carro, o Uchiha dirige para seu lar, sentindo-se tao leve que teve uma ideia sobre o novo projeto. Estava se sentindo esperançoso, animado até... Talvez fosse correr na praia pela manhã, praticar algumas atividades físicas... É, era isso! Fazia tempo que não dedicava um tempo para sí. Sim... Iria correr um pouco amanhã e depois, começar a desenvolver sei mais novo projeto.
Essa Sa-sa é fodaaaaaaa, só por isso q o tio Mad não vai levar murro meu cm essa história "De não ser suficiente" como ele se atreve a pensa q aqla lambiscoia tem razão?! Ainda bem que a Sa-sa está aí p abri os olhos dele e olhem só ela tbm é a cura dele 😍😍😍😍
ResponderExcluirEle nem sentiu mais dor de cabeça 😍❤️💘
Mais vou ti contar qnd q Sakura duvidou da masculinidade do Mad fiquei torcendo p ele pegar ela e levar p um lugar e mostra a masculino dele kkkkk mais tudo tem seu precioso tempo 😍❤️💘
Cara tu é fodaaaaa Bruna, sorrir muito 😂😂😂😂😂
Essa Sa-sa é uma comédia ri q fiz xixi kkkkkkk
SUPER HIPER MEGA ANSIOSA PELO PRÓXIMO CAPÍTULO POR FAVOOORRRR POR FAVOOORRRR POR FAVOOORRRR POR FAVOOORRRR POR FAVOOORRRR POR FAVOOORRRR POR FAVOOORRRR POR FAVOOORRRR POR FAVOOORRRR POSTAAAA LOGOOOOOOOO OUTROOOO CAPÍTULO
Amo a Sasa, mas Tio Mad ta d+ viu... Te que ser homem.
ExcluirKurenai.quem? Ameiiiii ja quero mais
ResponderExcluirKurenai siiiim... Divosa
ExcluirAmando mais e mais.
ResponderExcluirEsses dois roubaram meu coração.
Próximo por favor.
♥
ExcluirO meu tbm