Pub - Drink 6




Escutou o despertador tocar e pela primeira vez em toda sua vida, não quis levantar da cama. Estava com preguiça, havia dormido muito e sentia-se bastante relaxado. Coisa que nunca tinha acontecido antes. Desligou o aparelho e com pouca vontade, levantou e fez sua rotina matinal de jornal, café e e-mail. Em pouco tempo, estava dirigindo para a empresa e nem se importou com os motoristas ruins, com o trânsito caótico nem com a chuva que caía, e olha que ele nunca foi fã de chuva, mas não se importou. Não naquele dia. Algo estava diferente, talvez fosse o sol menos quente, ou o fato de ter dormido bem... Não sabia, mas estava bem. Muito bem.




Assim que chegou no trabalho, estacionou o carro e pegou o elevador até o andar que trabalhava e nem mesmo os sorrisos nada discretos, ou algumas caras feias o fizeram ficar cabisbaixo... Ao sair do elevador, deu de cara com a secretária que o lançou um sorriso amigável (talvez fosse a única alí que sorria verdadeiramente) e dando um "bom dia", ele seguiu até a sala de CEO, jogou a pasta sobre a mesa, ligou o notebook, ajeitou o paleto e começou a trabalhar, até que ouviu um "toc-toc" e sem tirar os olhos da tela, e já sabendo quem era, apenas pediu para que a pessoa entrasse.




- Fique à vontade, Mei.



- Obrigada...



- Algum problema?



- Não, só lembrando que o Senhor hoje tem uma reunião com o Senhor Fugaku, também vai ter uma vídeo conferência com a franquia de Dubai e EUA, e ligaram da Sonhos e Realizações para o Senhor... provar sua... roupa. - falou a última palavra lentamente.



- Não conheço nenhuma "Sonhos e Realizações". - gesticulou enquanto respondia a um e-mail. - Deve ser engano.



- Na verdade foi a Kurenai... - mordiscou o lábio inferior sabendo que o chefe não iria gostar nem um pouco daquilo.



- Ela... - olhou para a secretária.



- Posso resolver se o Senhor desejar. - adiantou-se



- Não... - suspirou cansado- Mais alguma coisa?



- N-não, Senhor.



- Certo, obrigado.



Ela se retirou rápido. O Uchiha passou as mãos nos cabelos e respirou fundo algumas vezes. Odiava quando a noiva fazia esse tipo de coisa, tomar decisões por ele. Com um suspiro, começou a procurar na internet o que era essa tal de "Sonhos e Realizações" e sentiu um amargo na boca quando, ao abrir o site, um casal apaixonado apareceu vestido para um casamento. Praguejou baixo e sem pensar muito, ligou para a tal loja e precisou de alguns minutos para desmarcar, afinal, a atendente extremamente feliz tentava convencê-lo de que era "normal o nervosismo pré casamento". Ele precisou usar todo o auto controle que tinha para não seguir o conselho da menina do pub e mandar a mulher se foder.



Sabe o dia maravilhoso? Esquece! Foi por água abaixo.



Girou a cadeira e olhou pela grande janela a cidade. Será que só ele passava por esse tipo de situação ou mais alguém tinha o azar de passar por isso? Instintivamente, olhou para o lado oeste da cidade, onde ficava localizado o subúrbio da Inglaterra, mas claro que ele não via o bairro, apenas sabia que ele estava alí, com todas as suas pessoas, lugares, pub's e garota de cabelos róseos e língua solta.



E ele sorriu.



Um sorriso contido, mas algo que o fez franzir o cenho logo em seguida, afinal, porque estava lembrando tanto daquela menina? Talvez seja o fato de ela ter a coragem necessária para falar tudo o que era necessário na cara dele, talvez a rebeldia que o levasse para a adolescência dos sobrinhos... Não sabia exatamente, mas era como estar em casa...



- - 



Já estava a quase duas horas na vídeo conferência e nada havia sido resolvido. Sentía-se cansado, 10 anos mais velho, com o peso de uma vida sobre as costas, fazendo-o sentar um pouco inclinado até. Por sorte, a reunião com o irmão tinha sido mais tranquila, e os problemas se resolveram rápidos. Mais cedo, tinha recebido uma mensagem de Kurenai dizendo que eles precisavam conversar sobre a festa de aniversário dela que seria daqui ha quatro meses, mas tudo bem, ele prometeu que quando largasse, iria até o apartamento dela. Por isso, queria resolver logo aquela vídeo conferência para descansar a mente, mas estava difícil.



- Eu já falei, Senhores. Podemos investir nessa franquia sem medo. O local é bom, tem pouca concorrência, temos material e mão de obra suficiente para cair com tudo. - informou pela milésima vez.



- Não podemos arriscar, Madara. - o grisalho alertou através da tela compartilhada - Precisamos ter 100% de certeza.



- Você nunca nos decepcionou, Uchiha, mas precisamos ficar alertas. Uma franquia alí seria bom, mas apenas se o investimento valesse a pena. - o rosto do outro lado da tela também alertou.



- Mas vale! - pegou os papéis e colocou sobre a mesa olhando fixo para a câmera, como se olhasse nos olhos dos homens - Por minha conta em risco. Se a franquia não der certo, eu me demito. Coloco minha profissão como moeda de troca. - falou sério.



Os homens ficaram em silêncio. Sabiam que o Uchiha era responsável, que amava a profissão e que era muito bom no que fazia. Se ele estava colocando o próprio cargo em risco é porque sabia o que estava fazendo.



- Se isso der errado... - o grisalho murmurou.



- Não vai! - apoiou os cotovelos na mesa - Estou dando minha palavra.



- Tudo bem, Uchiha. - o outro suspirou - Você tem meu "sim".



- O meu também.



- Obrigado, Senhores. 



A conversa finalizou e o video foi desligado. O Uchiha jogou o corpo para trás, suspirando. Estava cansado, mas satisfeito. Finalmente seria investido em uma nova franquia, e ele tinha 100% de certeza quanto ao sucesso dela. Levou a mão à gravata e a afrouxou um pouco, sentindo-se fadigado. Só então percebeu o quanto que a cabeça doía. Odiava ter enxaquecas como aquela e pelo visto, essa estava pronta para matá-lo. Inclinou o corpo para frente, apoiou os cotovelos na mesa e massageou as têmporas fechando os olhos.


Respirou fundo e resolveu focar no trabalho esperando a dor passar, mas foi algo impossível. Olhou pela janela e viu que a tarde já estava chegando ao fim, por isso, decidiu ir embora.  Desligou no notebook, ajustou o paletó no corpo, ajustou a gravata, pegou a pasta e saiu do escritório vendo a cara de espanto dos funcionários, afinal, quase nunca ele saia antes do horário. Entrou no elevador e deu uma conferida no celular, havia recebido uma mensagem do sobrinho mais novo que estava com duvidas sobre uma das planilhas que ele enviou. Respondeu rapidamente e quando as portas do elevador abriram novamente, seguiu para o estacionamento, alcançando o carro rapidamente e dando a partida dalí o mais rápido possível.


A cabeça ainda latejava descontrolada, sem falar que sentía-se um pouco enjoado por conta da enxaqueca. Tudo o que queria era tomar um remédio e dormir, mas não podia, havia prometido a Kurenai que iria na casa dela conversar sobre o aniversário e sabia que se não fosse a enxaqueca pioraria porque a noiva daria um show. Enquanto dirigia, retirou o paletó jogando-o no banco traseiro do carro, passou uma mão nos cabelos e respirou fundo. Quando sua vida tinha caído nessa rotina exaustante? Desde quando ir na casa da noiva havia se tornado uma obrigação e não uma satisfação? Por qual motivo ele continuava adiando o casamento? Talvez, todos os problemas relacionados a noiva se desse a esse motivo: A falta de comprometimento dele.


É. Com certeza era isso.


Havia tomado uma decisão. Iria falar para a Kurenai escolher uma data para o casamento, porque já estava na hora de darem um passo à diante.


Ela iria surtar!


Ele também... Mas não pelo mesmo motivo que ela. Sabia que a partir do momento que falasse sua decisão, a noiva o tentaria eternamente sobre os preparativos para o casamento, mas tudo bem, ele havia escolhido ela para si, então teria que arcar com as consequências.


Não precisou se pronunciar para que o porteiro do prédio abrir a garagem para que ele estacionasse, por isso, estacionou ao lado do carro da noiva, desceu do carro, ligou o alarme e seguiu para o elevador, afinal, não iria subir 25 andares pelas escadas. Não com aquela dor de cabeça infernal. Agradeceu aos céus por o elevador ter chegado logo e 25 andares depois, as portas abriram mostrando o extenso corredor à sua frente, de chão polido e decoração atual. Seguiu até a porta do apartamento onde a modelo morava e tocou a campainha. Esperou alguns minutos e a porta abriu revelando a morena com um vestido longo de seda, os cabelos soltos e uma sobrancelha arqueada.


- Boa noite, Senhor Uchiha. - cumprimentou indiferente.


- Boa noite, Kurenai. - deu um passo à frente e segurando o ombro dela, lhe deu um selinho, entrando no apartamento. - Como foi seu dia? - massageou a nuca rapidamente vendo que o apartamento dela estava "uma bagunça" com vários panfletos aqui e alí do que ele notou ser lojas de festa.


- Agitado. - indicou os panfletos e suspirou enquanto andava pela sala recolhendo alguns - Estou tentando decidir entre bordô e vinho, mas não sei qual escolher. - mordiscou o lábio inferior mostrando para ele uma paleta de cores. - São tão diferentes!


- Hun... - estreitou os olhos. Ok. Qual a diferença entre as duas cores? Para ele era a mesma coisa. Havia realmente alguma diferença entre elas?- Ah... Escolhe a que você gosta mais.


- Bordô ou vinho? Gosto das duas. Me ajuda. - fez bico.


- Tá... - coçou o queixo.Para ele era a mesma coisa, onde estava a diferença? Decidiu apontar para qualquer uma - Bordô.


- Isso é vinho, Madara! Bordô é essa! - indicou a outra mão.


- Pode ser. - franziu o cenho e sentou no sofá - Qualquer um dos dois está bom.


- Não está, Madara! - ela caminhou até o mesmo e sentou no colo dele dando um selinho demorado - Vinho ou bordô? - mostrou as paletas novamente.


- Certo. - sentiu uma pontada na cabeça, mas ignorou. Envolveu a cintura da noiva com um braço enquanto com a outra mão pegava as paletas deixando-as lado a lado - Essa aqui. - indicou uma.


- Vinho! - sorriu satisfeita - Viu, não foi tão difícil assim.


- Você sabe que sou péssimo com esse tipo de coisa, Kure. - jogou a cabeça para trás, apoiando-a no encosto do sofá.



- É mesmo. - envolveu o pescoço dele com os braços - Por isso que estou aqui, para lhe explicar isso.


- Obrigado pela aula. - murmura e toma os lábios dela.


Ela correspondeu ao beijo, algo lento e deles. Era comum trocarem carícias daquele tipo, por isso não houve nada de muito diferente. As mãos dele rodearam a cintura dela suavemente enquanto o mesmo mordiscava o lábio da morena, já ela, acariciava o pescoço do moreno. O beijo encerrou pouco depois com ela olhando para outra pilha de panfletos e pegando alguns. Ele limpou a boca por estar melada de batom e voltou os olhos para os novos panfletos.


- Agora preciso decidir sobre as comidas. - revirou os panfletos nas mãos - Estou pensando em colocar mais doces dessa vez.


- Salgados. - murmurou.


- Já tem bastante. - fez careta - Acho que um pouco mais de doce...


- Você sempre pede doce demais e deixa os salgados faltarem.


- Eu não deixo faltarem. - repreendeu olhando-o torto - As pessoas que comem demais!


- É um aniversário, você quer que elas façam regime? - franziu o cenho.


- Que sejam educadas! - levantou e começou a caminhar pela sala - É um aniversário e não um open bar!


- Qual a lógica em convidar tanta gente e não ser comida liberada? - coçou a nuca, cansado.



- A mesma de uma joalheria. A joia fica exposta, mas nem todos pegam, ou compram! - pegou outro panfleto - Deixa pra lá, você não entende disso mesmo.


- Pensei que fosse me ensinar. - arqueou uma sobrancelha.


- Cansei de ser professora. Agora tenho um aniversário para me preocupar.


- Então qual o sentido de vir até aqui lhe ajudar se não entendo nada disso e você não está mais disposta à me ensinar? - arqueou as sobrancelhas, apoiando os braços no sofá.



- Eu também não sei. - arqueou as sobrancelhas o olhando - Talvez eu devesse ligar para o Utakata.


- Creio que ele deva saber a diferença entre vinho e bordô. - murmurou com desgosto.


- E borgonha. - sorriu de canto. - Ele seria mais útil mesmo.


- Ok. - suspirou levantando. Não queria entrar em uma briga. Não com tanta dor de cabeça - Já que vamos entrar no mérito "conhecedor de cores" aproveita e procura alguém que possa te ajudar com tudo isso porque eu estou cansado e só quero dormir. - caminha em direção ao corredor que dava acesso ao quarto dela.


- Você sempre quer tudo, menos me ajudar. - alfinetou pegando o celular e mexendo no mesmo. O Uchiha para de caminhar e olha para a noiva.


- Eu tentei, mas já que sou um "inútil", apenas achei melhor não atrapalhar. - solta os botões do punho da camisa social e sobra as mangas até os cotovelos.


- Sinceramente, Madara, o que você veio fazer aqui hein? - colocou as mãos na cintura - Jogar seus problemas do trabalho em cima de mim?


- Quê!? - franziu o cenho olhando-a incrédulo. - Tá ficando maluca?


- Maluca? - gargalhou - Agora eu sou a maluca? Você fica ai cheio dos problemas e só porque eu te pedi uma ajudinha você simplesmente está "cansado demais".


- Eu tentei lhe ajudar, lembra? - sentiu uma pontada na cabeça - Sinceramente, Kurenai, você está com algum problema psicológico.


- AGORA VAI ME CHAMAR DE DOIDA!? - gritou desesperada.


- Não grita. - murmurou fechando os olhos  levando as mãos as têmporas.


- GRITO SIM! ESTOU CANSADA DE FICAR EM SEGUNDO PLANO NA SUA VIDA, MADARA! - jogou os panfletos para o lado, dramatizando. Uma cena digna de novela mexicana.


- Fale baixo. - pediu entre dentes, cerrando os olhos.


- NÃO! - deu um passo na direção dele - PRIMEIRO VOCÊ FICA ME ENROLANDO POR ANOS. A-NO-S, NÃO QUER ME AJUDAR COM MEU ANIVERSÁRIO, IGNORA MINHA FAMÍLIA DIZENDO QUE ESTAVA CHEIO DE TRABALHO, MAS É FLAGRADO EM UM PUB. ME EXPLICA ISSO, UCHIHA!


- Como é? - abre os olhos minimamente.



- Ráaaaa... Te peguei, não é? - dá um sorriso vitorioso - Me diz, Madara. Quem é a vadia que tá te fazendo ir lá naquele lugarzinho... - arqueou as sobrancelhas - Ela realmente é melhor que eu?


- Você ficou louca. - murmura. Estava cansado. Deveria ter ido para casa.


- Vai negar? Porque está lá no blogger de fofoca, uma bela foto sua entrando num pub qualquer. - o olhou de cima à baixo como se estivesse com nojo - Francamente, Madara, achei que se algum dia você me traísse, seria com alguém do nivel da Gisele Bündchen. Não com uma prostituta de boteco.


- Kurenai... - falou o nome dela lentamente. Se algum dia na vida havia PENSADO estar sem paciência, estava enganado. Naquele momento ele ESTAVA sem paciência de verdade - Você ouviu o que acabou de dizer?


- E posso repetir se quiser. - cruzou os braços.


Certo. Ela estava louca. Ele estava cansado e agora era acusado de traição e de estar com uma "prostituta de boteco". Onde ela iria chegar com aquela conversa, ele não sabia, mas sabia que não queria chegar. Ele não estava disposto à um show gratuito, mas estava cansado daquilo. De alguma forma, sentiu-se mal pela garota do Pub estar sendo chamada daquele jeito. Não que ele estivesse traindo a noiva, mas a única mulher que ele havia conversado naquele local era a adolescente, e ela não merecia ser chamada daquele jeito. Não mesmo. Por isso, sentiu o sangue ferver dentro das veias e quando a cabeça latejou fortemente, ele perdeu o controle.


- Qual o seu problema, hein? - caminhou na direção dela - EU NÃO SOU HOMEM SUFICIENTE PARA VOCÊ?



NÃO! - gritou exasperada - NÃO É!


O silêncio que se fez pelos próximos segundos foi digno de um velório. Os dois se olhavam olho no olho, deixando tudo aquilo que queria dizer sair através do olhar. Ela o olhava com raiva... ódio até, e ele a olhava com incredulidade. Não ser homem suficiente para uma mulher era como levar uma punhalada. Principalmente porque essa mulher era a mulher que ele se relacionava ha cinco anos, aquela que era sua noiva, aquela que ele havia decidido alguns minutos atrás, que deveria marcar o casamento.


De repente, ele não a conhecia. De repente, aquela mulher diante de seus olhos era alguém que ele não desejava para sí. Estava com o orgulho ferido. Com o ego pisado. Com todos os princípios jogados no lixo da forma mais desumana possível. A garganta havia fechado, o peito havia pesado, não sabia mais quem era e nem o que estava fazendo alí. Engoliu seco e olhou para a mão direita onde a aliança jazia brilhante, e sem pensar, levou a outra mão até o dedo anelar e retirou a aliança lentamente, depois olhou para a mulher à sua frente que observava tudo sem entender. Ele caminhou até a mesa de centro e depositou a aliança alí depois caminhou até a mulher olhando-a nos olhos.


- Então se não sou homem suficiente para você, Kurenai, não tenho mais nada para fazer aqui.


- O... quê!? - olhou para a aliança em cima da mesinha e depois olhou para ele - Você está... terminando?


- Passar bem. - passou por ela e seguiu para a porta.


- MADARA UCHIHA! - a ouviu gritar antes de passar e fechar a porta.


Pegou o elevador no automático. "Não. Não é". Era tudo o que ocupava a mente do Uchiha enquanto o elevador descia andar por andar como se o mundo estivesse em câmera lenta. Não ser homem suficiente para aquela à quem ele dedicou os últimos cinco anos era algo realmente inaceitável. Havia sido dela nos últimos anos, nunca tinha olhado para outra mulher desde que a tomara para sí, mas alí estava ela, dizendo que ele não era homem suficiente.


As portas do elevador abriram e ele seguiu para o carro sentindo o corpo dormente. Nem mesmo a cabeça parecia doer tanto devido ao estado de torpor que dominava o moreno. Tudo o que se passava era que tipo de pessoa ela era e que tipo de pessoa ele era, afinal, para ela não o achar suficiente, ele deveria ter feito alguma coisa, não é?


Entrou no carro e apoiou as mãos no volante sem saber o que fazer. Estava sentindo-se pesado, cansado, destruído, como se uma montanha tivesse caído sobre os ombros de uma vez só. Queria poder voltar no tempo e tentar analisar onde havia errado, mas não conseguia, sua mente estava paralisada desde o momento em que ela o havia denominado como insuficiente. Ligou o carro e começou a dirigir para longe daquele lugar, sem prestar atenção para onde ia, sem prestar atenção em qualquer coisa. Apenas dirigia, e enquanto se mantinha desligado à tudo, suas mãos dirigiam o carro levando-o de forma inconsciente para o único lugar onde ele poderia fugir de quem realmente era.






Comentários

  1. Ixi perdeu kure.Fica dando show ai perde o Boy. Ansiosa pelo próximo.

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  2. ISSOOOOOOOO TIO MAD 🎆🎇🎉🎊
    Ah tô fazendo a dancinha da felicidade no meu salto agulha de 15cm pensando q tô dançando na cara da Kurenai 🖕😍
    Até q enfim vc abriu os olhos velhote, cm vc aguentou tanto tempo essa semana sal kkkkk
    Já qro outro capítulo Bru 😍❤️💘

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  3. Aaaaaaaaah! Surtandooooooo!
    Agoraaaa as coisas vão ficar boas.
    Louca pelo próximo. Não demoraaa!

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