Projeto Ampulheta - Capítulo 25




O salto ecoava pelo piso gélido enquanto caminhava animada, assobiando uma música qualquer. Aproximou-se do leitor e a porta deslizou permitindo sua entrada. O laboratório estava cheio com todos trabalhando e foi inevitável não olharem para ela. Os amigos arquearam as sobrancelhas quando viram a mesma sorrir e mandar beijinho enquanto seguia até a sala técnica do laboratório. Ao entrar viu Konohamaru e Tenten empenhados em seus afazeres.


- Bom dia, docinhos. - cumprimentou enquanto guardava a bolsa no armário.


- Bom dia, Doutora. -ambos responderam com um sorriso.


- Como estamos?


- Tudo dando certo até agora. - A morena foi a primeira a responder enquanto ajeitava os óculos sobre o nariz.


- Da minha parte também. - o moreno informou enquanto dava uma giradinha na cadeira em que estava sentado.


- Maravilha! - bateu palminhas e vestiu o jaleco - Qualquer mudança, me informem.


Eles assentiram e ela saiu de lá indo até a cúpula. Aproximou o olho do leitor e a porta de vidro deslizou. Assim que entrou e a porta tornou a fechar, os dois loiros pararam o que estavam fazendo e cruzaram os braços.


- Chegando atrasada e com um sorrisão do tamanho do mundo, Dona Sakura!? - Naruto arqueou as sobrancelhas.


- O Uchiha deve ser um leãozinho na cama hein. - Ino sorriu de canto.


- Raw. - a Doutora soltou um rugido o que arrancou uma gargalhada dos amigos - Meus amores, aquele homem é a savana toda.


- Opaaa… - Naruto encosta o quadril na mesa - Então vossa santidade é um pecador?


- Nem 10000 Ave Marias e 20000 Pai Nosso tirariam a culpa que ele tem. - vai até a máquina e abre a tampa dela.


- Quero detalhes. - Ino levanta da cadeira e caminha até a amiga.


- I’m sorry, baby. I can not speak.


- Bitch! - resmungou ao obter uma resposta negativa. - Te odeio!


A rosada não responde, apenas manda beijinho para a loira e fica analisando a parte interna da máquina. Ligou a luz interna e viu todos os fios conectados. Nesse momento, percebeu que faltava pouco, muito pouco para o Uchiha voltar para seu tempo e ela teve que respirar fundo quando sentiu a garganta fechar. Justo agora, justo quando estava aproveitando a estadia dele em seu mundo ele tinha que partir… Mas era assim mesmo, tinha que se acostumar ao fato de não tê-lo por muito tempo.


- Saky? - virou ao ouvir Ino chamá-la - Quantos anos o Uchiha tem mesmo?


- Ah… 27. - Fecha a tampa da máquina - Qual o motivo da pergunta?


- E quando ele completa ano? - Naruto é quem indaga dessa vez.


- Sei lá gente. - coloco as mãos no bolso do jaleco - Por que tanta curiosidade?


- É só que… Eu queria vê o mapa astral dele. - Ino dá de ombros.


- Por Odin, mulher! -reviro os olhos e caminho pela cúpula e vou até o painel de energia central. Começo a analisar as correntes elétricas alí. - Acho que você tem que parar com isso.


- Não tem nada demais em querer saber qual o signo do bofe! - se defende colocando as mãos na cintura.


- Parando o assunto em: 3,2,1. - Naruto avisa e quando ele termina de contar, um “toc-toc” se faz ouvir na cúpula. Olho para o lado e vejo o Kabuto na porta de vidro.


- Que sacooooo. - cantarolo enquanto dou um sorriso falso.


A Ino solta um palavrão baixo e o Naruto solta o mesmo, só que duas vezes. A loira vai até a porta de vidro e abre a mesma permitindo a entrada do Kabuto. Ele olha tudo ao redor meticulosamente, até que me abre um sorriso enorme.


- Bom dia.


- Bom dia. - respondemos.


- Como estamos? - com as mãos no bolso da calça social, ele cainha até a máquina e a analisa rapidamente.


- Tentando reparar erros. - dou de ombros.


- Ainda? - arqueia as sobrancelhas em minha direção - Há quanto tempo está reparando os erros?


- Há menos tempo do que se espera.


- Os mesmos erros. - olha para a Ino e para o Naruto depois olha para mim novamente. - Estamos mesmo progredindo, Doutora?


- Está duvidando de minha capacidade? - tiro as mãos do jaleco e cruzo os braços.


- Só estou achando que está demorando demais em algo tão simples. - dá de ombros enquanto caminha em minha direção.


- Se acha tão simples, porque não resolve você mesmo? - arqueio as sobrancelhas.


- Você é paga para isso afinal de contas. - para a alguns metros de mim. - E eu sou o diretor.


- Diretor de Marketing e relacionamentos. Não de produção e projetos.


- Você anda bem desaforada, Sakura.


- Acho que é a TPM. - dou um sorriso falso.


- Hum… - estreita os olhos em minha direção e abre um sorriso- Venha depois em minha sala. Precisamos conversar.


- Como desejar. - caminho até a porta e abro-a - Mais alguma coisa?


- Não. - ele olha para a Ino e o Naruto que continuavam do mesmo jeito desde que ele havia entrado - Tenham um bom dia.


O Naruto e a Ino não respondem, apenas meneiam a cabeça enquanto ele sai da cúpula, passa pelo corredor e sai do laboratório. Assim que a porta fecha às costas dele, fecho a porta de vidro e solto um gritinho histérico por conta dele. Ai que ódio ficar duvidando do meu trabalho! Tudo bem que ele estava certo, nosso “reparo” estava levando tempo demais, mas pow, a máquina havia funcionado! Mesmo ele não sabendo disso.


- E agora, Saky? – Ino murmurou.


- Agora? Eu vou lá. – viro para eles e passo as mãos por meu rosto – Seja lá o que ele quer tratar, tenho que enfrentar a fera logo.


- Boa sorte. – Naruto suspira.


Com um aceno, retiro o jaleco e saio do laboratório respirando fundo. Dentro do elevador, troco o peso da perna enquanto escuto a música-chata-ambiente. Alguns andares à cima e então as portas do elevador abrem, e eu saio do elevador caminhando pelo corredor comprido até uma ilha onde ficava a secretária do Kabuto. Ela me vê e faz um aceno com a cabeça indicando que eu podia entrar na sala dele. Provavelmente ele havia dito que eu estava indo. Quando estou em frente à porta de madeira, dou duas batidas e não demora muito para que ela seja aberta e o Kabuto me olhe de cima à baixo com um pequeno sorriso de canto. Ele dá um passo para o lado e eu entro ouvindo-o fechar à porta atrás de mim.


A sala dele era como toda sala de chefe: Grande, bem organizada, com móveis caros, muitos papéis, uma estante cheia de livros, diplomas e prêmios sem falar na vista incrível que ele tinha de Tókyo daqui de cima. Antes que eu virasse, sinto uma mão dele segurar meu quadril enquanto a outra mão dele vai para minha cintura. Meu corpo fica rígido bem no momento em que ele aproxima o nariz de minha nuca e respira fundo.


- Desculpe pela grosseria há pouco. - murmura.


- Não precisa pedir desculpas. – Me afasto dele e caminho pela sala depois viro ficando de frente para o Kabuto que estava me olhando tranquilo – Você é o chefe afinal.


- Sim, mas não devia ter agido daquela forma. Como você bem falou, não sou o chefe de sua área. – caminha em minha direção e ergue uma mão para tocar meu rosto, mas seguro seu braço impedindo-o de completar o ato, o que faz ele franzir o cenho.


- Não, não é, mas acontece... O que exatamente quer falar comigo? – Mais uma vez volto a caminhar pela sala e paro próximo à sua mesa.


- Apenas pedir desculpas... Você me parece com raiva.


- Um pouco, mas logo vai passar. – viro para ele e acabo inclinando meu corpo para trás ao perceber que ele estava colado em mim.


- Que tal desestressar? – passa as mãos pela lateral do meu corpo e as apoia na mesa, me fazendo inclinar mais sobre a mesa, e ele, consequentemente, inclinado por cima de mim.


- Não. Obrigada. Já o tenho feito. - apoio minhas mãos nos ombros dele e o empurrou levemente, mas ele não se afasta - Dá... Licença.


- Como anda desestressando, Sakura? - inclina mais o corpo.


- Minha vida pessoal não lhe diz respeito. Agora se me dá lic...


- Então agora não me diz respeito(?) - aqueia as sobrancelhas - Imagino que há outro homem...


- Sim, Kabuto. Se quer mesmo saber eu ando saindo com outro. Agora me deixa sair. - o empurrou novamente com mais força e ele se afasta um pouco. Desencosto da mesa e ajeito minha blusa.


- Interessante... - estreita os olhos em minha direção - É aquele seu amigo, não é?


- Quê! ? - paro minha ação e olho para ele.


- O maluco... - cruza os braços - Ele me pareceu bem ciumento... Ou seria respeitoso?  - coça o maxilar - De onde ele é mesmo?


- Para quê quer saber? - estreito os olhos também.


- Nada demais... Estou apenas... Pensando. - dá um sorriso perigoso.


- Você pensa demais, Kabuto. - Caminho pela sala e respiro fundo - Algo mais para falar?


- Nada. - ajeita a gravata - Só... Tome cuidado, Sakura.


- Por quê? - seguro na maçaneta da porta.


- Porque existem coisas que você faz que não são saudáveis... e me parece que se apegar à ele também não é.


Sustento o olhar do Kabuto por um tempo e então abro a porta e saio de lá. Ao passar pela ilha, a secretaria me olha com o cenho franzido. Sigo à passos pesados pelo corredor até o elevador. Enquanto o elevador descia até o andar em que trabalho, sinto minha boca formigar e meus dedos ficarem dormentes. Quando as portas abrem, caminho meio tonta até meu laboratório e quando entro e dou de cara com a máquina, meus olhos queimam. Caminho pelo corredor vendo todos ali me olharem preocupados. A Ino abre a porta da cúpula para mim e quando entro o Naruto é o primeiro a se pronunciar.

- O que houve? Você está pálida.



- O Kabuto... - olho para os loiros - Ele sabe sobre o Sasuke.



~> Continua



Comentários

  1. Ow Odin 😱😱😱😱😱
    Kabuto está mais preocupado com andamento do trabalho da Sakura que o diretor responsável por ela 😤
    Ele tá louco pra o meu Uchiha vá embora 😭😭😭😭😭
    Cara não vou aguentar Sasuke ir embora não viado, eles não podem se separar 😭😭😭😭
    NAO SE ACOSTUME SAKURAAAA, LUTE PELO UCHIHA 😭😭😭😭😭😭
    SUPER HIPER MEGA ANSIOSA PELO PRÓXIMO CAPÍTULO
    #TheBest
    #NumberOne

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  2. Mulheeeer pelo amor de Alá att logo isso .. Mal acabei de ler e já to sofrendo ����������

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  3. Como q o Kabuto descobriu a verdade? Andou examinando a máquina?

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