Projeto Ampulheta - Capítulo 6
Abro os olhos lentamente sentindo uma preguiça gigantesca.
Me espreguiço na enorme cama, sentindo o calor agradável das cobertas. Olho ao
redor e levanto lentamente. Vou até a persiana da porta de vidro que dava
acesso à varanda e abro-a, vendo que o sol estava tímido. Volto minha atenção
para o quarto e vejo, no relógio em cima do criado mudo, que era 5:55 da manhã.
Vou até o banheiro e tomo um banho quente rápido, visto um
roupão fofinho e vou até o closet, pego uma calça legging cinza, um top nadador
também cinza e um cropped preto de ombro caído, folgadinho. Calço um tênis,
faço um rabo de cavalo alto e pego meu ipod shuffle, colocando os fones nos
ouvidos.
Saio do quarto e encosto o ouvido na porta do quarto de
hospedes e escuto o barulho do ar. Ele ainda estava dormindo. Caminho o mais
silenciosa possível e então saio de casa. Ainda em frente ao jardim externo,
faço um alongamento rápido e então começo a correr pelo caminho de
paralelepípedos da propriedade.
A música soando em meus ouvidos era animada e me deixava
disposta a correr mais. Eu não fazia o tipo atleta, mas apreciava bastante uma
corrida pela manhã nos dias de folga. Depois de alguns minutos, alcanço a estrada
do condomínio, era um local pouco movimentado, mas a essa hora da manhã haviam
umas pessoas aqui e alí praticando alguma atividade física e sempre que alguém
passava por mim falava um educado “bom dia” ao qual eu também respondia
educadamente.
Corri por aproximadamente três quilômetros, o suficiente
para chegar em um parque botânico e então voltei. Eu já sentia meus pulmões
queimarem e minha boca estava bastante seca, mas eu tinha que chegar em casa.
Assim que entrei pelo caminho de paralelepípedo, vi ao meu lado esquerdo umas
flores que chamaram minha atenção. Eram as flores que estavam outro dia em cima
da mesa que o Uchiha havia preparado.
Então ele as tinha pego aqui.
Quando finalmente avistei minha casa, ví, na varanda
frontal, a imagem do Uchiha. Ele estava com as mãos no parapeito da varanda,
vestia um blusão cinza e uma calça de flanela preta. Eu não pude deixar de
sorrir com a ironia entre as cores de nossas vestes. Os cabelos dele pareciam
uma bússola louca: Apontavam para todas as direções. Assim que me aproximei,
ele inclinou um pouco para a frente e eu parei em frente à garagem aberta, com
as mãos nos joelhos, inclinei o corpo para frente respirando.
- Bom Dia, Senhorita Haruno. -a voz dele ainda era bastante
rouca, acho que acabara de acordar-
- Bom... Dia... Senhor Uchiha. -respirei fundo e então
levantei. Com uma mão sobre os olhos, tentei focá-lo - Acordou cedo.
- Sempre acordo, mas a Senhorita acordou REALMENTE cedo.
Sente-se bem? -o vi franzindo o cenho-
- Hai. Ótima!
Com um aceno de cabeça, voltei a caminhar agora entrando
pela porta de madeira, quando cheguei na sala, o vi descendo as escadas. Tirei
os fones dos ouvidos e quando ele finalmente estava na entrada da sala, seus
olhos me avaliaram e eu vi suas bochechas corarem.
- A Senhorita não deveria sair assim. -resmunga, desviando
os olhos-
- Oras, o que tem demais? – vou até a cozinha, pego um copo
com água e bebo – Estou vestida, vê?
- Não... Não mesmo... Perdão, mas... não em cima e em baixo
está... -ele respira fundo- colado... demais. – e então pigarreia.
- Bobagem. – coloco o copo na pia e caminho na direção dele
– Você não espera que eu pratique exercícios de jeans não é?
- C-Como? – seus olhos vem na minha direção, mas quando ele
vê que eu estou me aproximando, desvia o olhar novamente.
- Esquece. – assim que chego ao lado dele, dou uma batidinha
em seu ombro direito – Vou tomar um banho, já volto.
E então subo as escadas, mas ainda ouvi um resmungo dele,
algo relativo a “manter as partes cobertas”. Dessa vez o banho é de cabeça e
demorado. Visto um short que batia na metade das coxas e uma regata. Calço um
chinelo e então penteio os cabelos. Quando chego no mezanino, vejo que a mesa
estava arrumada e eu procuro pelo local a presença do Uchiha, mas ele não está
em lugar algum.
Vou para a cozinha e preparo um café leve, afinal, por volta
das 8:00 o pessoal iria chegar e então as comidas seriam bem pesadas. Coloco os
ovos em cima da mesa. Vejo as sacolas de compra em cima do sofá então decido
colocar tudo para lavar. Pego-as e destravo a porta, indo para a area do
jardim. Passo pela churrasqueira e então por trás dela, entro na área de
serviço. Abro a porta e entro. Abro a porta da máquina e começo a tirar as
etiquetas e colocar as roupas lá dentro. Seria uma lavagem rápida. Quando está
tudo pronto, ligo a máquina ativando a secagem rápida.
Enquanto a máquina trabalhava, volto para dentro de casa me
deparando com o Uchiha sentado no sofá. Seus olhos caem em minhas pernas
expostas e ele solta um murmuro, olhando para o teto. Faço uma careta e sigo
para a cozinha pegando a jarra com suco e também o café e coloco em cima da
mesa.
- Vem comer?
- Sim, obrigado.
Ele levanta e eu não o espero se aproximar e sento. O Uchiha
senta na cadeira à minha frente e comemos em silêncio. Em momento nenhum ele me
olhava, parecia perdido em pensamentos. Só agora notei que o mesmo havia tirado
o blusão e vestia uma camisa confortável.
- Senhor Uchiha? – O chamo e ele me olha – Hoje teremos
visita.
- Oh... – Ele limpa a boca e inclina levemente a cabeça –
Isso é maravilhoso... Eu acho.
- Sim é, mas é uma festa na piscina.
- Não compreendo, desculpe. – franzi o cenho.
- Bem, vem a Hinata, Naruto, Ino e o Gaara. E... hun... devo
lhe dizer para se preparar.
- Por qual motivo? – sua voz sai curiosa.
- É que, os trajes para banho são... um pouco pequenos.
- Defina pequeno.
- Tipo... – respiro fundo – menos que isso. –indico minha
roupa.
- Ah meu Deus. – Ele resmunga e eu o vejo suspirar –
Senhorita, quanto as roupas diminuíram nesse espaço-tempo entre eu e a
Senhorita?
- Você ficaria assustado. – mordo meu lábio inferior,
nervosa.
Ele não fala mais nada, mas passa o restante do café
desconfiado. Quando finalmente terminamos, o Uchiha me ajuda a recolher a mesa.
Lembro das roupas e corro até a área vendo que a máquina havia acabado. Tiro
todas as peças da máquina vendo-as secas, mas amassadas. A pior parte. Eu odeio
fazer isso. Escuto a campainha tocar.
- Senhor Uchiha, atende pra mim por favor? – grito.
- Certamente, Senhorita. – Ele informa e só então eu percebo
que sua voz estava perto. Piscina? Churrasqueira? Em baixo da marquise?
Coloco as roupas dentro do cestinho e volto para dentro de
casa. A cena que se segue é no mínimo inusitada. O Naruto estava junto à porta,
vestia uma bermuda e uma camisa regata. A sua frente estava a Hinata, ela
vestia um vestido de renda, mas que era decotado e pelo o que percebi, costas
nuas, o vestido batia pouco à cima da metade de suas coxas e a cena épica: O
Uchiha estava de costas para ambos com o rosto da cor de um tomate extremamente
maduro e os olhos esbugalhados.
- P-p-perdão, S-Senhor Uzumaki... – ele engasga.
- O que você fez para estar se desculpando, cara? – Naruto
franzi o cenho.
Eu não me aguento e explodo numa gargalhada. Todos os olhos
se voltam para mim. Coloco a cesta em cima da mesa e me apoio na cadeira para
não cair de tanto rir. Minha barriga doía e meus olhos estavam cheios de
lágrimas. Com muita luta, consigo me acalmar aos poucos e depois de respirar
bastante, dou um tapinha no ar.
- Nada Naruto, ele só viu as pernocas da Hinatinha e os
seios dela.
- Ah... – A Hinata olha para sí mesma. – Algum problema?
–ela olha pra Naruto.
- Pra mim tá tudo no lugar. – dá uma conferida na esposa.
- Oh Deus. – o Uchiha sussurra.
- Acalme-se, Senhor Uchiha. Eu lhe avisei que as roupas
diminuíram.
- Perdão, Senhorita, mas isso são... Oh Deus. – Ele dá um
passo em direção a sala.
- Fiquem tranquilos, se ele ainda não morreu, significa que
vai viver. – Vou até o casal Uzumaki e dou um abraço em cada um – Mas Hina...
com essas peitholas ai é bem capaz de ele morrer.
- Saky! – Ela ofega.
- Para de chamar a atenção de outro homem para os seios da
minha esposa, por favor? – Me olha ofendido, mas ainda assim, sorrindo.
- E-e-eu realmente não... não pretendo... olhá-los, Senhor
Uzumaki. – O Uchiha estava próximo ao sofá, ainda de costas.
- Ah deixem de frescura, vamos, podem entrar e se acomodar.
Eu vou guardar essas roupas aqui, colocar meu maiô e volto.
- E-Eu vou lhe ajudar. – o Uchiha corre e pega a cesta com
as roupas e sobe as escadas em tempo recorde.
Tanto a Hinata quanto o Naruto sorriem e vão para a area da
piscina. Subo as escadas e encontro o Uchiha em frente à porta do meu quarto.
Ele estava branco igual um papel.
- Vamos, você não precisa ficar assim... Ao menos espere a
Ino e ai sim, você vai poder surtar. – Vou até a porta do meu quarto, abrindo-a
– Entre. –eu não espero a resposta dele e entro.
- Senhorita... – Olho para o Uchiha e ele estava mordendo o
lábio inferior, parecia estar travando uma batalha interna.
- Venha, não precisa ter medo. – incentivo.
Ele respira fundo algumas vezes e então entra: Primeiro o pé
direito e com mais uma respirada profunda, o esquerdo. Reviro os olhos para
aquilo e então aponto a minha cama. Ele caminha até ela, relutante e coloca a
cesta em cima, depois fica parado com ambas as mãos atrás das costas. Vou até o
cesto e pego uma bermuda, entregando para ele, depois pego meu maiô.
- Você pode vestir isso ai. E não precisa ficar com vergonha
ou algo do tipo, como viu, o Naruto está de bermuda.
- Senhorita, não é adequado...
- Que não é adequado oque... Faz assim, você veste a bermuda
e... – mexo no cesto e pego uma camiseta, entrego – aqui, vista isso.
- Indecente. – Ele resmunga.
- Você ainda não viu o indecente, mas ele vai chegar logo...
Ou melhor, ela e se chama Ino Yamanaka. Agora vá se trocar, pode usar meu
banheiro, enquanto isso, eu vou arrumando essas roupas.
Seguro seus ombros e começo a empurrá-lo para meu banheiro.
Ele reluta e resmunga, mas eu finjo não escutar e fecho a porta do banheiro.
Volto para a cama e começo a dobrar as roupas.
Depois de alguns minutos, todas já estão dobradas e nada dele sair do banheiro.
Sento na beirada da cama e pego meu celular vendo uma mensagem da Ino dizendo
que já estava chegando. Suspirando, deixo o celular de lado e levanto indo até
a porta do banheiro, dando duas batidas.
- Senhor Uchiha?
-S-Sim? – sua voz soa trêmula.
- Está tudo bem? – me inclino na direção da porta.
- Na verdade... – o escuto suspirar – Eu não vou sair,
Senhorita.
- Oras, vamos, pode sair... – incentivo.
- Isso está... Oh Deus. – escuto ele gemer em reprovação.
- Deixe de bobagens. Venha deixe-me lhe ver. Se estiver
indecente para você sair do quarto eu prometo que lhe informo.
- Se estiver indecente, está até mesmo para eu sair desse
banheiro, Senhorita.
- Você escolhe, prefere que uma pessoa veja sua indecência
ou cinco? -cruzo os braços.
- Prefiro que uma Senhorita não veja.
- Ai, ai. Venha logo. Deixe disso! – Dou dois socos leves na
porta.
- T-tudo bem... – escuto-o respirar fundo – Ai meu Deus...
Me afasto um pouco da porta e ainda com os braços cruzados,
rolo os olhos esperando, pacientemente, o homem criar coragem. A porta
finalmente abre um pouco e ele coloca a cabeça para fora. Seu rosto estava
corado e eu me seguro muito para não sorrir. Ele abre um pouco mais à porta e
finalmente passa. Suas mãos estavam ao lado do corpo, paralisadas e fechadas em
punho, ele não me olhava. Faço uma análise rápida e vejo suas pernas bem
torneadas à mostra. Involuntariamente dou uma respirada funda imaginando como
deve ser bom passar as pernas por entre as deles.
- Ficou bom. – decreto, olhando seus braços à mostra naquela
camiseta.
- E-eu não sei... – ele ainda não me olhava.
- Deixei disso. Eu vou me trocar. – Vou até a cama e pego
meu maiô, depois vou até o closet e pego um short de renda preto.
Ignorando totalmente as reações do Uchiha quanto a sua
roupa, entro em meu banheiro e coloco rapidamente meu maiô. Era pouco cavado
com uma abertura em forma de gota abaixo do busto, costas nuas, mas com a
calcinha comportada. Em cores celestes e confortável. Visto logo meu short e me
olho no espelho do banheiro. Escolhi um maiô comportadinho para o homem não se
chocar tanto, eu sabia que a Ino pegaria pesado no quesito biquíni. Abro a
porta do banheiro e quando saio ele estava de costas para mim, olhava para as
portas de vidro que davam acesso à varanda. Ao escutar a porta abrir, ele vira
e seus olhos passeiam por meu corpo tão lentamente que parecem não se mover.
A boca dele cai em um “O”, mas ele não parece perceber,
pois, estava analisando meu corpo. Pela primeira vez na vida, senti vergonha de
alguém me analisando desse jeito. Era como se eu tivesse passando por um
scanner minimalista, mas então, o rosto dele começou a ficar rosado, corado,
vermelho, purpura e então roxo. Ele piscou algumas vezes e então seus olhos
chegaram nos meus.
De forma muito rápida, ele corre até à porta trancando-a.
Tomo um susto achando que ele se tornou um total pervertido, ele tira as chaves
da porta e então corre até minha cama e pega meu cobertor vindo em minha
direção, dou um passo para trás, mas ele é mais rápido e joga o cobertor em volta
do meu corpo.
Enlouqueceu!
- Senhor Uchiha!
- Não. Definitivamente não. – o cobertor da tantas voltas em
torno de meu corpo que eu não consigo nem mexer minhas mãos – A Senhorita não
vai sair assim! – o homem não me olhava, mas fazia tudo muito rápido.
- Deixe disso! É festa na piscina, eu não vou tomar banho de
burca! – esbravejo, tentando me soltar da amarra.
- NÃO! EU NÃO PERMITIREI QUE A SENHORITA SE EXPONHA DESSE
JEITO, PELO AMOR DE DEUS.
- MAS EU AINDA NEM TIREI O SHORT! – grito de volta e então
ele me olha, paralisado.
- A SENHORITA PRETENDE TIRAR MAIS? – ele dá um passo para
trás e eu aproveito para começar a me soltar.
- Deixe disso, homem!
Ele é mais rápido e segura o lençol, me enrolando novamente.
- DE FORMA ALGUMA, NÃO IREI PERMITIR TAMANHO CÚMULO. EU JÁ
FALEI QUE IREI CUIDAR DE SUA INTEGRIDADE E ASSIM FAREI. – ele estava realmente
irritado.
- MAS EU NÃO ESTOU DESFAZENDO MINHA INTEGRIDADE!
Em uma luta, eu consigo soltar minhas mãos e aproveito que
ele fica sem reação quando o lençol escorre por meus ombros revelando o decote
do maiô, afasto o lençol de meu corpo e então corro na direção do criado mudo
para pegar a chave reserva, mas antes de alcançar o objeto, sinto minha cintura
ser segurada e meu corpo é elevado do chão, começo a me debater o que foi
inútil, ele era bem mais forte que eu. O Uchiha caminhava pelo quarto me
carregando suspensa, enquanto eu ainda me debatia e dava socos em suas costas.
Ele me segurou com um braço só e com a outra mão ele pegou o lençol jogando por
cima de mim (fiquei parecendo um fantasma).
- ME SOLTA SASUKE UCHIHA! – esbravejei.
- DE FORMA ALGUMA. NÃO VOU PERMITIR TAMANHA VULGARIDADE!
- EU NÃO ESTOU VULGAR, SEU IDIOTA!
- VAMOS MANTER O NÍVEL DO DIÁLOGO, POR FAVOR?
- PRA PORRA O NÍVEL DO CARALHO À QUATRO!
- SENHORITA HARUNO, MANTENHA SUA COMPOSTURA! – o Uchiha me
joga em cima da cama e aproveita que eu estou atrapalhada com o lençol e pega o
forro da cama e começa a me enrolar nele também.
- AI MEU DEUS EU TÔ SENDO MUMIFICADA VIVA! – me debato ainda
mais – PARA COM ISSO SEU MALUCO!
Quanto mais eu me debatia, mais ele conseguia me enrolar
naquele monte de pano. O homem havia esquecido completamente dos trajes que
vestia e seu único objetivo era me mumificar, literalmente. Comecei a me
arrastar pela cama, mas gemi em frustação quando ele subiu em minha cama e me
puxou pelos pés, voltando a enrolar o lençol ainda mais apertado e por fim,
pegando duas pontas dando um nó, me deixando por fim, presa.
- Pron-to. – ele suspira, cansado, passando o dorso da mão
na testa.
- Me... solta. – exijo, estávamos muito ofegantes.
- A Senhorita... Não sai daqui... Assim... – decreta,
sentando ao meu lado na cama e então respirando fundo, tentando controlar o
cansaço.
- Ai meu Odin... homem é uma piscina... eu não vou entrar
nela vestida de burca! – me debato, mas estava tão cansada que soa ridículo.
- E vai se expor assim? Despira desse jeito? – Ele balança a
cabeça freneticamente – Não mesmo. Não permitirei.
- EU TÔ VESTIDA, CACETE!
- Senhorita... – ele fecha os olhos tentando se controlar –
Sem palavras indecentes.
- INDECENTE É O CARALHO... EU TÔ VESTIDA!
- NÃO ESTÁ!
- ME SOLTA AGORA, UCHIHA, OU EU VOU NADAR REALMENTE,
LITERALMENTE, CERTAMENTE, NUA NAQUELA PORRA DE PISCINA.
- AGORA É QUE EU NÃO SOLTO MESMO! – Ele levanta rápido da
cama e então vai até a porta de vidro, trancando-a e coloca a chave no bolso
também. – Vai ficar aqui de castigo! A Senhorita precisa repensar muito sobre
seus comportamentos e palavreados.
- AI MEU DEUS, AI MEUS DEUS, AI MEU DEEEEEEEEEUS!!! – grito
igual uma louca. Infelizmente, todos os quartos da casa eram à prova de som, ou
seja, nem o Naruto nem a Hinata conseguiriam me ouvir. Infelizmente – EU VOU
ENLOUQUECER COM ESSE HOMEM!
- Eu já falei. – ele respira fundo e então senta na poltrona
que havia próximo ao closet – Só depois que a Senhorita repensar que eu lhe
soltarei.
- VÁ PRA MERDA, SASUKE UCHIHA! – grito e começo a me debater
igual uma louca na cama. Eu me sentia uma lesma e foi me debatendo que eu quase
cai da cama, mas ele foi mais rápido e se jogou em cima da cama, me segurando
pelos pés e me puxando de volta para o centro da cama.
- Fique quieta ou vai acabar se machucando. – ralha comigo.
- Eu juro que vou te matar. – Ameaço entre dentes e então me
debato mais, mas ele usa o peso do próprio corpo para me imobilizar. Senta em
cima de mim e segura meu tronco com as mãos.
- Isso não está ajudando. – informa com as sobrancelhas
erguidas.
- QUE SE DANE! – grito voltando a me debater e ele faz mais
força, me imobilizando.
- A Senhorita tem muitos maus modos. – ele faz uma careta.
- Eu.Não.Quero.Saber. – olho furiosa para ele.
- Deveria. – arqueia as sobrancelhas.
Mas só então eu percebo a situação. Ele estava em cima de
mim, com o corpo sobre o meu, nossos rostos estavam próximos. Definitivamente
as roupas não eram apropriadas (para ele) e ai eu percebo minha chance.
- Então o Senhor acha correto um homem solteiro estar no
quarto de uma mulher também solteira, com a porta trancada e ele estar em cima
dela com esses trajes? - desafio.
Seu rosto fica sem expressão, mas depois ele começa a ficar
corado, e mais corado, e mais corado, até que suas mãos me soltam e ele salta
de cima de mim rapidamente, se encostando na parede ao lado da porta. Seus
olhos estavam esbugalhados e seu peito subia e descia rápido.
- E-e-eu... – balbucia.
- Vamos lá Senhor Uchiha... ou melhor, Sasuke. – Sussurro
seu nome.
- N-não me chame com tamanha intimidade.
- Hun... Sasuke... O que meus convidados vão pensar hein? –
desafio vendo-o vacilar. Aproveito e faço impulso ficando com o corpo virado
para ele.
- E-eu estou...
- Sim, está no meu quarto, com as portas trancadas. A um bom
tempo.
- E-eu... – ele abre e fecha a boca várias vezes, seus olhos
vagueiam pelo meu quarto e eu percebo o terror passar por eles. Seu rosto
estava da cor de um tomate.
- Tsk, tsk. – balanço a cabeça – Olha... Eles devem estar
pensando nesse exato momento que estamos fazendo várias coisas aqui. – Insinuo
com a voz sibilosa. Ele me olha espantado.
- Ai Deus. – Sussurra. – Mas... – engole seco – Não estamos.
- Hum... Você tem como provar? – arqueio as sobrancelhas –
Eles vão achar que sim. Será sua palavra contra a minha.
O Uchiha me olha por um tempo, depois desvia o olhar
novamente. Seus olhos estão trêmulos e ele abre e fecha a boca várias vezes.
Ele está tão prensado contra a parede que eu chego a pensar que pode
atravessá-la.
- Pense bem Sasuke – sussurro novamente seu nome e eu o vejo
estremecer – Estamos morando aqui sozinhos, você é homem, eu sou mulher. Somos
desimpedidos... Na flor da juventude e cheio de hormônios.
- Não seria verdade. – balbucia sem me olhar.
- Hum... E então eu diria que tudo aconteceu ontem, depois
que o Kabuto foi embora... Você me agarrou e me beijou de forma voraz e MEU
DEUS! – finjo entusiasmo – QUE BEIJO!
- PARE SENHORITA. – ele leva às mãos aos ouvidos.
-E então eu senti toda sua virilidade e começamos a nos
pegar ainda na sala da minha casa, porque, UAU QUE HOMEM É O SENHOR! – eu
começava a gritar demonstrando desejo.
- PARE! – ele balança a cabeça em negativa.
- E então sem conseguir mais aguentar, você, Sasuke, me joga
no sofá e então nós dois temos uma noite louca de prazer intenso e OOOOH –
solto um gemido alto – COMO VOCÊ É VIRÍL!
- PARE, PARE, PARE. – Ele escorrega pela parede e então fica
ajoelhado no chão pressionando ainda mais as mãos contra os ouvidos.
- E então eu falaria sobre como suas mãos foram quentes e
astutas ao passearem por meu corpo... – me rastejo mais na cama, querendo fazer
ele perder o controle e me soltar logo – e falo de seus beijos quentes e
molhados e NOSSA COMO O SENHOR É UM HOMEM BEM DOTADO! - vejo que em sua
bermuda, um pequeno volume começava a se formar entre suas pernas.
EEEEEPA... PERA AI!
GENTE O QUE É ISSO!?
O UCHIHA ESTÁ REALMENTE PERDENDO O CONTROLE DO PRÓPRIO
CORPO?
- EU JÁ FALEI PARA PARAR! – ele grita e seu corpo tomba para
frente. Ele apoia as mãos no chão e estava ofegante, suado e descabelado.
Fico observando o homem caído em meu quarto, por um momento
senti pena dele, afinal, não era nada comum para o coitado estar passando por
isso, mas me mumificar era algo inaceitável. Ele não tinha esse direito. Uma
coisa que me espantou foi ele começar a ficar excitado comigo apenas falando.
Vejo sua respiração começar a voltar ao normal e então ele passa as mãos nos
cabelos e levanta sutil. Seus ombros estavam arriados e ele não me olhava.
Lentamente, caminhou até minha cama e se ajoelhou nela. Suas mãos vão para o nó
que ele havia dado e lentamente ele vai tirando o cobertor da cama, depois
começa a soltar o lençol e então se afasta, me deixando terminar de soltar.
Ele vai para a parede ao lado da porta novamente, mas sua
cabeça estava abaixada. Levanto da minha cama e passo as mãos nos cabelos e
depois balanço os braços me sentindo livre. Faço um breve alongamento com as
pernas e então caminho até o Uchiha. Ele olha para o lado quando eu paro à sua
frente e estendo a mão esquerda.
- As chaves por favor.
Ele não responde, apenas coloca a mão no bolso e pega ambas
as chaves e me entrega. Jogo a da varanda na cama e volto meu olhar para ele.
Suspiro alto.
- Relaxa tá, não vou falar para ninguém o que se passou
aqui. Vou dizer que eu apenas vim me trocar e que o Senhor está no seu quarto.
– O Uchiha não responde, mas seu pomo sobe e desce quando ele engole em seco –
Vamos lá, não precisa ficar tão nervoso. – seguro seus ombros e ele encolhe com
meu toque, fico na ponta dos pés e dou um beijo demorado e sua bochecha. Ele
fica ainda mais corado – Não fica encucado com isso.
Dou um tapinha no seu ombro direito e então me afasto,
abrindo a porta e saindo do quarto, mas antes de sair, dou uma olhada e o vejo
olhando fixo para o piso do meu quarto. Coitado, acho que ele é quem vai
precisar de um rivotril.
Kkkkkkkkkkkkkkkkk peeerfeeeitoooo kkkkkkkkkkk nao consigo parar de sorrir kkkkk tadinho do Senhor Uchiha kkkkkkk continuar continuar continuuuuaarr kkk ansiosa pelo próximo capítulo kkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirControle-se mulher. Ainda teremos mais.
ExcluirViadaaaaaa o que foi isso!!!!! Coitado do Sasuke, mais vamos falar a Sakura pegou pesado com o pobre coitado. Ri d+. Ansiosa pelo próximo!!!!!
ResponderExcluirPegou pesado mesmo, mas ao menos ele já sabe que não deve mumificar ela
ExcluirQuanta crueldade!!!
ResponderExcluirDeixando o Uchiha de barraca armada! Kkkkkkk
Mas depois ela foi até que gentil <3
Amei o capítulo....
Viu, ele ganhou até beijinho kkkkkkkkkkkkkkkkk
Excluir"barraca armada"
xD
Tamanho choque de realidades só poderia terminar de forma desastrosa. Acho q a Sakura traumatizou o coitado do Sasuke, pobrezinho!
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