Reencontros - Capítulo 23


Dizem que a dor ajuda o ser humano a crescer... ou a cair de uma vez por todas, mas nunca, nunca mesmo, sabemos qual caminho vamos tomar até que estejamos caminhando por ele, sem chances de volta.


E no momento, o caminho tomado por ambos era um só: Superar!



                                                  ~//~ Um Mês Depois ~//~



Os dedos ágeis digitavam sem parar no teclado do notebook enquanto os olhos negros mantinham-se distraídos nas palavras que iam se formando na tela. Estava naquilo já fazia algumas horas, mas não iria parar. Faltava muito pouco para terminar e quanto mais via o fim se aproximando, mais digitava... Porque no fundo, ele era um Uchiha. Ouviu o som do telefone tocando pela sétima vez em menos de uma hora e com um muxoxo, apenas afastou os dedos do teclado para poder atender a ligação colocando-a no viva voz.


- Sim?


- Senhor Uchiha, desculpe incomodá-lo, mas é que o Senhor Uzumaki está ligando sem parar. Sem falar que está ameaçando vir aqui assim que possível.


- Aaaargh... - soltou um resmungo alto e incômodo - Vou dar um fim no Naruto. Obrigado.


Sem falar mais nada, o moreno voltou a digitar freneticamente até que por fim terminou aquela linha. Ele inclinou o corpo para trás e suspirando, analisou o que havia escrito. Juntou as mãos por cima da mesa e uniu os dedos, estalando-os. Preguiçosamente, levantou e desabotoou os botões do blazer que vestia, deixando-o aberto. Cansado, ele caminhou até o bebedouro, pegou um copo de vidro que estava sobre uma mesinha e o encheu com água, sorvendo o liquido rapidamente.


Voltou a caminhar pela sala e parou próximo a uma estante repleta de livros e utensílios decorativos. Ele analisou um por um, tentando encontrar ali alguma coisa que situasse que aquela sala pertencia a ele agora, mas nada parecia ser exatamente seu. Cansado, ele colocou a mão dentro do bolso da calça e retirou o celular de lá, vendo várias chamadas do loiro. Relutante, resolveu retornar a ligação e no segundo toque, o telefone foi atendido.


- SEU FILHO DE UMA BELÍSSIMA MÃE! - gritou do outro lado e então a voz baixou a quase um sussurro - Que Deus à tenha em bons braços, Tia Mikoto.


O moreno revirou os olhos. Todas as vezes que o amigo falava de sua mãe, ele sempre repetia a mesma coisa.


- Fala, Naruto.


- FALA NARUTO? FALA-NARUTO? - respirou profundamente - O que porra você está fazendo, seu idiota? Primeiro você me manda uma mensagem informando que não vai para a aula. Depois diz ao Gaara que precisa que ele te arrume o endereço do diabo, depois não atende nenhum telefone. O QUE PORRA VOCÊ TEM NA CABEÇA!?


Com um gemido baixo, o moreno leva a mão ao rosto, apertando o nariz com o dedo indicador e com o polegar. O "diabo" era a Mebuki Haruno... Desde que descobrira sobre toda a história, o loiro passou a chamar a mulher desse jeito.


- Se você tivesse dormido no dormitório saberia de tudo.


- EU ESTAVA NO MOTEL, PORRA! - gritou exasperado e o Uchiha ouviu o barulho de algo caindo - Você acha que eu iria trocar uma noite com a Hina para ficar com você!? Sasuke eu juro, juro que se você não me explicar esse caralho direito...


- Eu vou falar com ela. - cortou o amigo.


Silêncio...



O mais profundo silêncio.


Se existe milagre no mundo, aquele era um. Naruto estava calado já faziam quase dois minutos... Um grande milagre. 


- Sasuke. Você está bêbado? - perguntou baixo.


- Estou trabalhando. - franziu o cenho e caminhou até a mesa - E você sabe que nunca mais bebi.


Mais silêncio.


- Certo. - ele respirou profundamente do outro lado e então pigarreou - Acho que não entendi muito bem... Pensei ter ouvido você dizer...


- Isso mesmo. - suspirou, voltando a caminhar pela sala até parar em frente ao notebook - Vou falar com a velha.


Um barulho de algo caindo, depois um pigarrear profundo e então um sorriso histérico.


- Cara... Você... Ai porra. Você... Caralho, Sasuke. Cara... Você...? Tipo, eu posso ir.... - ele balbuciava sem conseguir formar nada coerente, mas o Uchiha conhecia bem o amigo e mesmo que ele ficasse em silêncio, conseguiria compreender aonde ele queria chegar.


- Não, Naruto. - suspirou e afrouxou o nó da gravata, desligando o notebook - Eu preciso fazer isso sozinho.


- Certo... certo... - suspirou - Porra, Sasuke. Que merda... Você está realmente bem com isso?


- Não, mas preciso fazê-lo. - fechou o notebook e encostou o quadril na mesa, olhando para o teto - Não posso mais guardar isso sem saber o que fazer, sem falar que preciso resolver essa merda para poder pensar no caso do Itachi.


- Ele ainda não desconfia de nada, não é?


- Não... O testamento vai ser aberto logo, logo e eu temo pelo que tem dentro dele. - fechou os olhos e levou a mão livre até a nuca, massageando-a - O Itachi vem se dedicando por anos aos negócios... e não quero nem pensar como vai ser quando a porra do testamento for aberto.


- Foda... foda... Cara, na boa... nem sei o que fazer, mas se você pensar em qualquer merda, seja ela qual for, que eu puder fazer para ajudar é só dizer que eu faço, tá? - suspirou profundamente - Tô contigo, minha fêmea.


- Só falta você falar um "eu te amo" agora, Naruto. - resmungou, mas acabou sorrindo. O loiro era um irmão. Um irmão muito atrapalhado, mas ainda assim, um irmão.


- Te fode, Sasuke! - reclamou e desligou o telefone sem nem se despedir.


Sorrindo, o Uchiha desligou o telefone e o guardou no bolso do blazer. Ele ajeitou a gravata, pegou a pasta e saiu da sala, recebendo um olhar questionador da secretária, mas ele apenas fez um sinal com a mão e ela soube que ele não voltaria mais naquele dia. Fazia pouco mais de uma semana que o mesmo havia assumido o lugar do pai naquela filial, mas a secretária já conhecia seus gestos... Eram iguais aos do pai. 


Ele pegou o elevador e pacientemente, colocou uma mão no bolso enquanto a outra segurava a pasta negra, batucando o dedo indicador na alça. Quando finalmente as portas voltaram a abrir, ele caminhou pelo estacionamento até encontrar o carro negro. Desativou o alarme e jogou a pasta no banco de trás, colocou o cinto e arrancou com o carro. Por sorte, Mebuki Haruno ainda morava na mesma casa e isso facilitava as coisas, pois, ele conhecia muito bem o caminho. Naquela hora do dia, o trânsito não estava tão agitado e ele agradeceu mentalmente por isso.


Gaara havia feito um ótimo trabalho descobrindo a hora que a mulher estaria em casa e ele havia programado sua agenda para ficar igual com a dela, estando com o resto do dia livre. Enquanto dirigia, ele começava a relembrar das vezes em que havia feito aquele caminho, todas as vezes que ia encontrar a jovem Haruno. Lembrou de como sua barriga tinha calafrios todas as vezes que fazia aquilo, seu peito disparava e suas mãos suavam, até que ele parava em frente ao portão de ferro e ela aparecia com aquele sorriso que aquecia se coração e fazia seu mundo parar. E então toda aquela inquietação ia embora, deixando-o na mais perfeita paz.


Minutos depois, parou em frente ao portão de ferro e ficou olhando para a porta de madeira que o separava da grande verdade de sua vida. Era ou não era irmão da mulher que amava? Com um pigarrear, ele retirou o cinto de segurança, abriu a porta e saiu. Estava nervoso, as mãos tremiam, o suor escorria por seu pescoço. Ele retirou o blazer e o jogou no banco do carona, fechou a porta e ativou o alarme. Cuidadosamente, abriu o portão de ferro e caminhou até a porta de madeira, tocando a campainha e esperou pacientemente. Longos minutos se passaram até que a porta foi aberta e a mulher que ele se lembrava tão bem apareceu em sua frente... Parecia alguns anos mais velha, mas ainda era Mebuki Haruno.


Os cabelos loiros bem cuidados, a franja de lado, os olhos verdes e brilhantes iguais aos da filha... com uma única diferença: Os olhos da mais velha traziam uma ferocidade, uma experiência e um "quê" de perversidade que os da mais nova não traziam... Mesmo estando com ódio, os olhos de Sakura eram belos, suaves, puros, amáveis... A mulher o olhou de cima até em baixo e arqueando as sobrancelhas, cruzou os braços.


- Ora... menino Uchiha. - cumprimentou enquanto um sorriso de canto desenhava seus lábios - Estava me perguntando quando você viria me procurar.


- Senhora Haruno... - meneou a cabeça, respirando profundamente - Esperava por minha visita?


- Claro. - deu de ombros - Seu pai me contou que teve uma longa conversa com você. - sorriu abertamente dando um passo para o lado - Vamos, entre.


- A Senhora foi visitar meu pai? - perguntou baixo.


- Sim... Agora entre. - indicou o interior.


Ele estreitou os olhos para ela, mas mesmo assim, entrou na casa. Olhando rapidamente ao redor, percebeu que a mesma continuava exatamente igual. Com uma diferença: o ar sombrio.


Ao ouvir a porta fechando às costas, ele virou rapidamente encarando a mulher que caminhava em sua direção como uma felina, parando próximo ao sofá. Ela indicou o mesmo para o moreno, e ele sentou, apoiando as mãos nos joelhos. A mulher sentou no outro sofá, cruzando as pernas de forma lenta e mantendo aquele sorrisinho na cara de quem iria aprontar muita maldade.


- Como... como a Senhora está? - quis ser gentil antes de entrar no assunto pesado.


- Estou bem, obrigada. E você? - inclinou a cabeça.


- Bem, obrigado. - pigarreou - Eu... bom...


- Pode ir direto ao assunto, menino. Já sei para que veio aqui e não precisamos enrolar. - fez um gesto com a mão - Apenas pergunte.


Ele ficou olhando-a por um bom tempo, então respirou fundo, pigarreando várias vezes e esfregando as mãos nos joelhos. Estava nervoso, era um fato. Desde que soubera da suspeita do pai não havia dormido direito. Todas as vezes que pensava na Haruno, seu coração explodia em amor e depois apertava em desgosto. Estava ele apaixonado pela irmã? Não só isso, havia ele tocado, beijado, feito amor com a própria irmã? Aquilo era um caso gravíssimo de incesto... Certamente, Sakura enlouqueceria.


- Tudo bem. - passou a língua entre os lábios - Como bem sabe, vim aqui saber a verdade. Preciso que me responda, Senhora Haruno, se a Sakura é realmente minha irmã. - soltou de uma vez.


- Hun... - a mulher inclinou novamente a cabeça, dando um pequeno sorrindo de canto. Lentamente, ela levantou e foi até uma mesinha que tinha num cantinho, pegou uma garrafa que pela cor, ele reconheceu ser um wisky. Ela colocou gelo em dois copos, colocou o líquido âmbar e voltou para a sala, estendendo um copo para ele - Você parece nervoso... Que tal relaxar um pouco?


- Não, obrigado. - rejeitou, balançando a mão - Estou bem assim.


- Hun... Você que sabe. - deu de ombros, dando um gole na bebida e sentando no sofá novamente, fixando o olhar no moreno, estudando-o - Você parece cansado, Sasuke. Trabalhando muito?


- Um pouco. - suspirou, cansado - Mas diga-me, por favor. A Sakura é ou não minha irmã?


- Huuuun... - deu um grande gole na bebida, depois colocou o copo sobre a mesinha de centro e então abriu um pequeno sorriso para o moreno, estalando a língua depois - Sabe, Sasuke. Devo confessar que quando vi a Sakura com você eu fiquei muito, muito feliz... Você se parece muito com seu pai. - suspirou e olhou para as unhas, ficando um longo tempo em silêncio e então voltando a olhá-lo - Na tarde que antecipou a morte de seu pai, eu fui visitá-lo na cadeia e ele me contou que havia te contado... Eu não compreendo o motivo do Fugaku ter feito isso... Jogar essa história assim é maldade demais, você não acha? - o olhou com uma falsa inocência.


- Sinceramente? Acho que meu pai não estava nas melhores condições. - suspira, perdendo a paciência - Ele só queria uma resposta e você pode dar essa resposta, então por favor, Senhora Haruno, apenas me responda se a Sakura é ou não é minha irmã!


- Nossa, quanta impaciência para um rapaz tão jovem. - estalou a língua e ficou de pé. Ela começou a caminhar pela sala até que foi até a porta e segurou na maçaneta - Mas você perdeu seu tempo, garoto. - Com os olhos afiados, a mulher girou a maçaneta e abriu a porta em um pedido silencioso para que ele fosse embora - Não vai ser dessa vez que Fugaku Uchiha vai descansar em paz.


Abismado, o moreno ficou de pé, encarando a mulher. Ela estava realmente se negado a dar aquela simples informação? Que tipo de mulher ela era que não podia responder a algo tão simples apenas pelo gostinho de fazer alguém sofrer? Pior, alguém que já estava morto! Será que ela não compreendia a gravidade da situação? Ele estava enlouquecendo. Sakura iria enlouquecer e ela era a única que podia acabar com aquilo de uma vez por todas... Ou não. Mas ainda assim, ela se negava à passar qualquer informação apenas pelo gostinho da vingança.


Com o corpo trêmulo, o Uchiha caminhou na direção dela, parando em frente a mulher, olhando-a nos olhos. Ele estava tão chocado, que não conseguia pensar em nada coerente, nem debater, nem nada. Várias vezes os amigos haviam alertado que a mulher não iria falar nada, mas ele foi até ali. Precisava saber da verdade antes de falar com a Sakura, mas pelo visto não havia uma maneira mais fácil.


- Qual o prazer em fazer tanta gente sofrer, Senhora Haruno? Sua filha ela... ela precisa da verdade. - engoliu em seco.


- A Sakura é uma jovem muito forte, Sasuke... Sem falar que ela não precisa saber se você não contar. - deu um sorriso de canto, trocando o pedo da perna - Você não deveria se preocupar tanto com isso, afinal, já mentiu para ela uma vez, não é? Acredito que possa mentir dessa vez também. Deixa a garota viver do jeito que anda vivendo. Uma mentira a mais, uma mentira a menos... - deu de ombros, olhando para a rua e voltando a olhar para ele - Eu não me importo.


- Não pretendo mentir para a Sakura. - fechou a mão em punho.


- É uma escolha sua. - indicou a rua - Foi bom revê-lo, menino.


Ele estreita os olhos para ela e a passos largos, sai da casa, fechando o portão de ferro com mais força que o necessário quando passa. Desativa o alarme do carro, abre a porta e entra. Coloca a chave na ignição e arranca de lá com tudo. O ódio começava a consumir o moreno que dirigia de forma louca pelo trânsito, sentindo o corpo tremer e o peito apertar. Que tipo de mulher era aquela Haruno que sentia tanto prazer em fazer as pessoas sofrerem? Lembrava da época em que namorava com Sakura e ela lhe contava das coisas que a mãe fazia apenas por capricho. Aquela mulher era louca!


Depois de vinte minutos dirigindo, ele pegou um acostamento e parou. Os nós dos dedos estavam doloridos tamanha era a força com a qual ele segurava o volante. Com urgência, ele afrouxou a gravata, retirou o blazer e abriu as janelas do carro. Estava suando, seu corpo tremia, o peito dava pontadas. Ele precisava se controlar... E pensar... precisava pensar no que iria fazer. Havia ido ali com a ideia de acabar com aquela história de uma vez por todas, mas a mulher apenas havia piorado a situação.


Ele jogou a cabeça para trás, encostando-a no encosto do banco, fechou os olhos e começou a respirar fundo. Fechava e abria as mãos tentando manter o equilíbrio emocional, mas estava difícil. Certamente enlouqueceria antes dos 30. Bufando, ele levou as mãos ao rosto, esfregando-o e soltando um resmungo baixo. Baixou as mãos e olhou para o teto do carro por um bom tempo. E agora, o que iria fazer?


Como se tivesse um estalo, sua mente deu a resposta de forma rápida: Sakura.


Fechando os olhos e levando uma mão ao bolso, ele sabia que depois do próximo passo, não conseguiria mais voltar atrás, mas o que podia fazer? Estava de mãos atadas e não conseguiria mais segurar aquilo... ou iria pirar de vez. Com um suspiro, ele olhou para a tela do celular enquanto buscava pela pessoa desejada. Quando achou, apertou o botão de ligar e levou o aparelho ao ouvido, fechando os olhos enquanto escutava chamar por cinco vezes seguidas.


- Sasuke? - a voz feminina do outro lado se mostrou bastante surpresa.


- Oi, Tenten... desculpa incomodar, mas... - pigarreou - Onde posso encontrar a Sakura?




Comentários

  1. Aqui é a Kuhaakuv, lá do spirit.

    VIM MESMO PRA CÁ, E DEVO DIZER QUE MINHA MÃO ESTÁ COÇANDO PRA DAR NA CARA DE DONA HARUNO. AAAAAAAAH

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  2. Mebuki Haruno competindo com Fugaku Uchiha pelo troféu "pessoal mais vil e fria da fic"!!!! Sério, o que ela ganha omitindo essa informação sobre a paternidade da Sakura??? Só infelicidade para todos!!!

    O Sasuke está certo, a Sakura vai pirar com isso... mas não tem jeito, eles vão ter que fazer um DNA... aliás, Sasuke está se saindo muito bem, até assumiu o lugar do pai na filial da empresa! Isso mostra que ele está amadurecendo!

    Continuaaaaaaaaaaaaaa
    Bella

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  3. AAAAAAAAAAAAHHHHHHH QUE RAIVAAAAAAAAA
    Mebuki é mt filha de urubu 😡
    Como ela faz isso?! Não responde e fica numa tranquilidade cm se fosse uma amiga antiga q foi fofoca?! Cm se fosse algo banal?! Cara q odiiiooooo 😡😡😡
    E agora Sasu vai atrás da Sasa!!!! 🙊
    Aí SENHOOOOOR 🙊
    Cm vou aguentar?!
    BRUNAAAAAAAAA ESTOU SUPER HIPER MEGA POWER ANSIOSA PELO PRÓXIMO CAPÍTULO POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POR FAVOOOOOR POSTA LOGOOOOOOO OUTRO CAPÍTULO ❣️
    AAAAAAAAAAAAHHHHHHH 😭😭😭😭
    #TheBest
    #NumberOne

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